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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A PIPA E A FLOR

A PIPA E A FLOR

Poucas pessoas conseguiram definir tão bem os caminhos do amor como Rubens Alves, numa fábula surpreendente, cujos personagens são uma pipa e uma flor.

A história começa com algumas considerações de um personagem que deduzimos ser um velho sábio.
Ele observa algumas pipas presas aos fios elétricos e aos galhos das árvores e sente-se triste por vê-las nesta condição: porque as pipas foram feitas para voar!
Ele acrescenta que as pessoas também precisam ter uma pipa solta dentro delas para serem boas.
Mas aponta um fator contraditório: Para voar, a pipa tem que
estar presa numa linha e a outra ponta da linha precisa estar segura na mão de alguém.
Poder-se-ia pensar que, cortando a linha, a pipa
pudesse voar mais alto, mas não é assim que acontece.
Se a linha for cortada, a pipa começa a cair.

Em seguida, ele narra a história de um menino que confeccionou uma pipa.
Ele estava tão feliz, que desenhou nela um sorriso. Todos os
dias, ele empinava a pipa alegremente.
A pipa também se sentia feliz e, lá do alto, observava a paisagem e se divertia com as outras pipas que
também voavam.

Um dia, durante o seu vôo, a pipa viu lá embaixo uma flor e ficou encantada, não com a beleza da flor, porque ela já havia visto outras até mais bonitas, mas alguma coisa nos olhos da flor a havia enfeitiçado.
Resolveu, então, romper a linha que a prendia à mão do
menino e dá-la para a flor segurar.
Quanta felicidade ocorreu depois! A flor segurava a linha, a pipa voava; na volta, contava para a flor tudo o que vira.

Acontece que a flor começou a ficar com inveja e ciúme da pipa.
Invejar é ficar infeliz com as coisas que os outros têm e nós não temos; ter ciúme é sofrer por perceber a felicidade do outro quando a gente não está perto.
A flor, por causa desses dois sentimentos, começou a pensar: se a pipa me amasse mesmo, não ficaria tão feliz longe de mim...
Quando a pipa voltava de seu vôo, a flor não mais se mostrava feliz... estava sempre amargurada, querendo saber com o que a pipa estivera se divertindo.
A partir daí, a flor começou a encurtar a linha, não permitindo à pipa voar alto.
Foi encurtando a linha... até que a pipa só podia mesmo sobrevoar a flor.

Esta história, segundo o autor, ainda não terminou e está acontecendo em algum lugar neste exato momento.

Há três finais possíveis para ela:

1. A pipa, cansada pela atitude da flor, resolveu romper a linha e procurar uma mão menos egoísta.

2. A pipa, mesmo triste com a atitude da flor, decidiu ficar... mas nunca mais sorriu.

3. A flor, na verdade, estava enfeitiçada... e o feitiço se quebraria no dia em que ela visse a felicidade da pipa e não sentisse inveja ou ciúme.
Isso aconteceu num belo dia de sol e a flor se transformou em
uma linda borboleta e as duas voaram juntas...

Ficou patente que a união é que faz com que ela seja duradoura e não os sentimentos menos nobres.
Cultivemos somente sentimentos nobres para com todos.
(transcrito)

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