Artigos e Informações ligados ao Rosacrucianismo

quinta-feira, 18 de março de 2021

RESPONSABILIDADE...!

 



RESPONSABILIDADE ...!

 

A vida é quase de cristal, quase porque não se parte, porque é forte como o bambu mas,  não deixa de ser delicada e pura como um cristal.

 

Escolhemos o nosso caminho, ainda que muitas dessas escolhas nos façam sofrer, são as nossas ações que vão contar a primeira parte da nossa história.

A segunda parte é contada pelas reações, ou consequências das nossas ações.

Não existe certo nem errado, somos perfeitos em nós mesmos, seres maiores de uma autocriação…

Somos apenas responsáveis por nós próprios, árdua tarefa em si mesma para quem não se conhece…

Existe uma responsabilidade acima de todas as outras, a de tomar consciência de quem somos, do que fazemos e a certeza que a nossa maior responsabilidade é sermos felizes.

A felicidade está assim na simplicidade de sermos capazes de nos responsabilizarmos por ela.




QUANDO A TEMPESTADE PASSAR...!

 





QUANDO A TEMPESTADE PASSAR...!

 

*Achei cabível para o momento, a beleza desse poema escrito há 2 séculos.*

 

```Quando a tempestade passar,

as estradas se amansarem e formos sobreviventes

de um naufrágio coletivo, com o coração choroso

e o destino abençoado nós nos sentiremos bem-aventurados só por estarmos vivos.

E nós daremos um abraço ao primeiro desconhecido e elogiaremos a sorte de manter um amigo.

E aí nós vamos lembrar tudo aquilo que perdemos e de uma vez aprenderemos tudo o que não aprendemos.

Não teremos mais inveja pois todos sofreram.

Não teremos mais o coração endurecido, seremos todos mais compassivos.

Valerá mais o que é de todos do que o que eu nunca consegui.

Seremos mais generosos e muito mais comprometidos

Nós entenderemos o quão frágeis somos, e o que

significa estarmos vivos!

Vamos sentir empatia por quem está e por quem se foi.

Sentiremos falta do velho que pedia esmola no mercado, que nós nunca soubemos o nome e sempre esteve ao nosso lado.

E talvez o velho pobre fosse Deus disfarçado...

Mas você nunca perguntou o nome dele

Porque estava com pressa...

E tudo será milagre!

E tudo será um legado

E a vida que ganhamos será respeitada!

Quando a tempestade passar

Eu te peço Deus, desculpa, que você nos torne melhores. Como você "nos" sonhou.```

 

 

*(K. O ' Meara - Poema escrito durante a epidemia de peste em 1800)*



MUSEU GUARULHOS - Era virtual

 



MUSEU GUARULHOS - SP.

 

Você sabia que Guarulhos já teve vulcões?

Você pode não saber, mas um tipo de rocha chamada filito, existente nos bairros Tanque Grande, Cabuçu e também em outros pontos da cidade, mostra que Guarulhos já foi coberta há bilhões de anos por um oceano de pouca profundidade, o Adamastor Ocean.

Neste período, o território passou por muitos terremotos que estremeceram a Terra, a ponto de fazer com que o ouro do núcleo interno do planeta fosse trazido até a crosta terrestre, junto ao quartzo aurífero.

O quartzo é nada mais do que um mineral muito utilizado na fabricação de colares, brincos e ornamentos. Atualmente, pode ser encontrado com facilidade nos bairros Capelinha, Água Azul e Lavras! Já as rochas de fundo oceânico estão por todos os lados, inclusive no Morro do Nhanguaçu. Dá para acreditar?

Quanto ao ouro…

Já não se sabe se é possível encontrá-lo nos dias de hoje, mas uma lenda conta que o bandeirante Afonso Sardinha encontrou uma pepita no Córrego das Lavras e assim foi encontrada a primeira lavra de ouro do Brasil. Mas essa é uma curiosidade para outro dia…

 

Fonte: PÉREZ-AGUILAR, Annabel. et al. Geoparque Ciclo do Ouro, Guarulhos (SP): proposta. Guarulhos: 2012.


CERTAMENTE SEU PROFESSOR DE HISTÓRIA NÃO TE ENSINOU ISTO!

 


 

CERTAMENTE SEU PROFESSOR DE HISTÓRIA NÃO TE ENSINOU ISSO NA ESCOLA 🏴

 

✔Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris.

✔A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel.

✔A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos os imóveis da família. ✔D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.

✔D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.

✔A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.

✔D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.

✔D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga.

✔Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.

✔Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.

✔Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.

✔D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições.

✔Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos.

✔Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica.

• Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta.

Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.

• A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).

• (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.

• (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.

• (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.

• (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.

• (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.

• (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra.

• (1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

• (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.

• A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador.

"Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho.

Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. "Imprensa se combate com imprensa", dizia.

• O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.

• Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.

• Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.

• A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.

• D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.

Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.

#BrasilRealTv


segunda-feira, 8 de março de 2021

GRANDES MULHERES NA TRADIÇÃO ROSACRUZ.

 



GRANDES MULHERES NA TRADIÇÃO ROSACRUZ.

 

Muitas foram as mulheres que desempenharam um papel preponderante na transmissão da Tradição Rosacruz. Entretanto, seus rastros são tênues, mais ainda do que os de seus homólogos masculinos, pois a necessidade de agir sigilosamente gerava toda uma dissimulação de suas ações. Não percamos de vista que, em muitas épocas, era a própria vida que os adeptos de movimentos místicos arriscavam.

Jane Lead (1623 – 1704)

Essa discípula inglesa de Jacob Boehme traduziu e difundiu a doutrina do sapateiro alemão. Mas não se contentou em simplesmente divulgar a teoria da alma do mundo e da Sofia, mas a expressou pessoalmente em múltiplos e volumosos livros de pensamento inspirado. Jane Lead tinha muitas visões. Isso possibilitou que ela descrevesse, em forma de alegoria, a senda interior que conduz o ser humano ao despertar espiritual. Ela insistia principalmente na necessidade de alimentar continuamente o fogo divino presente em cada ser.

Na verdade, o renome de Jane Lead era tão grande que os rosacruzes alemães e europeus em geral, que embarcaram para o Novo Mundo, em 1693, fizeram uma parada em Londres, onde receberam desta mística dinâmica os elementos que lhes permitiram fundar a primeira Loja na América.

Harvey Spencer Lewis qualificou Jane Lead como uma “mulher maravilhosa, de elevadíssima espiritualidade”. Esse julgamento nos permite imaginar a personalidade desta mística. Tudo indica que ela desempenhou um papel importante na transmissão da Tradição Rosacruz.

May Banks-Stacey (1846 – 1918)

O ideal Rosacruz sempre foi defendido vigorosamente por inúmeras mulheres. Entre elas, podemos citar May Banks-Stacey, cofundadora da AMORC, com o Dr. H. Spencer Lewis.

Pertencente à alta sociedade, a senhora Banks-Stacey tinha uma grande cultura, tanto acadêmica quanto espiritual. Estudou Direito e Medicina, mas também ocultismo e misticismo, incluindo quiromancia e astrologia, pois, curiosa de tudo, não desdenhava nada. Fez várias viagens a muitas partes do mundo, conhecendo diversas personalidades importantes, como, por exemplo, Helena Blavatsky, e por algum tempo foi adepta de Vivekananda. Além disso, elaborou um rito maçônico feminino, denominado Círculo Místico de Manhattan.

Finalmente, devotou-se ao que foi a grande missão de sua vida: despertar a Tradição Rosacruz na América. Estando na posse de diversos documentos fundamentais, ela os transmitiu ao Dr. Lewis. Ao que parece, ela não se contentou com o papel de mensageira, mas trabalhou muito concreta e ativamente na organização da AMORC. Até a sua morte, ela ocupou uma função ritualística na Grande Loja americana, estimada por todos devido à sua imensa gentileza.

Ella Wheeler Wilcox (1850 – 1919)

Outra rosacruz eminente foi a poetisa americana Ella Wheeler Wilcox, que também se dedicou generosamente a desenvolver a Tradição Rosacruz que estava renascendo na América.

Considerada por muitos como uma escritora importante, essa mulher se distinguiu desde cedo pela orientação otimista de seus escritos. Sua obra exala uma esperança que transcende todas as dores, uma vontade absoluta de ver o bem, mesmo oculto, em todas as coisas. É classificada como mestre do claro-obscuro, e é bem disto que se trata: em todas as coisas, ela introduziu finas nuanças e uma sensibilidade delicada e simples que falam ao coração.

Ella Wilcox era também artista: cantava e tocava bandolim, não se separando jamais de seu instrumento. Mística, ela se interessava por todas as correntes religiosas, mas achava perigosa a tendência que algumas têm de se proclamarem a única válida.  Ella Wilcox fez parte do Conselho Supremo na fundação da AMORC, e se manteve no cargo até a sua morte, manifestando seu misticismo entusiasta até o derradeiro instante.

Não há nenhuma dúvida de que sua influência positiva deixou uma marca profunda no modo dinâmico como foram concebidos os ensinamentos escritos da AMORC.

Elena Roerich

Elena Roerich também esteve ligada à obra da Ordem. Descendente de príncipes tártaros, bela e inteligente, era uma jovem muito cortejada da alta sociedade russa. Tocava piano maravilhosamente bem e pintava. Sentiu-se em harmonia com Nicolas desde seu primeiro encontro, pois, como ela, ele era artista, idealista e muito ativo. Ele, por sua vez, viu nela a personificação da Harmonia, da Inspiração e da Força.

Na realidade, não se sabe se Elena participou na AMORC como membro ativo, mas, como está comprovado que seu marido foi afiliado a ela e como se sabe que dentro do casal Roerich era a dois que se entrava em todo e qualquer caminho, pode-se inferir que ela era, no mínimo, fortemente simpatizante. Com efeito, de 1926 a 1928, Nicolas Roerich fez parte oficialmente do “Conselho Mundial” (World Council), o Conselho Supremo Internacional da Rosacruz, instituído por Spencer Lewis e que visava instaurar uma paz espiritualista no mundo. Roerich era seu representante para a Ásia.

Se Nicolas Roerich tinha em tão alta conta o papel das mulheres, que ele considerava como as verdadeiras guardiãs da “bandeira da paz”, ou seja, como as únicas esperanças de o mundo chegar um dia ao conhecimento e à paz, foi, sem dúvida, graças à sua esposa. Com ela ao seu lado, sua esplendorosa inspiradora, ele se sentia invencível e, como escreveu um dia, “os obstáculos se transformavam em possibilidades”.

Jeanne Guesdon (1884 – 1955)

 Mais perto dos franceses, Jeanne Guesdon desempenhou um papel de primeiríssimo plano dentro do rosacrucianismo, como também do martinismo.

Essa mulher manifestou desde cedo um grande espírito de independência, que a destacava das mentalidades de sua época. Ela estudou e se engajou na vida profissional numa época em que o trabalho das mulheres não era forçosamente bem-visto. Inicialmente professora, mudou-se para a Inglaterra. Depois, estabeleceu-se em Cuba, onde sua inteligência e seu dinamismo fizeram maravilhas. Julgue por si mesmo: ela ocupou sucessivamente diversos escalões, de secretária até… diretora de empresa! E corriam então os anos 20!

Em 1926, afiliou-se à AMORC e logo serviu de intermediária entre Spencer Lewis e outras organizações. Contribuiu assim para estabelecer a Rosacruz e o Martinismo em vários países. Após a Segunda Guerra Mundial, de volta à França, foi ela quem viabilizou o ressurgimento da Ordem neste país. Notada por sua confiabilidade e seu entusiasmo, foi imediatamente nomeada Grande Mestre e trabalhou ardentemente para traduzir os inúmeros documentos do inglês para o francês, bem como para organizar a recém-nascida Grande Loja, que iria conhecer um progresso espetacular. Mas Jeanne Guesdon, apesar de suas altas responsabilidades e da eminência de sua função, permaneceu sempre uma pessoa de extrema modéstia, pois entendia que o bem é feito sem barulho e sem ostentação.

Entre as rosacruzes célebres, podemos citar também Edith Piaf (1915 – 1963). Essa famosa cantora, conhecida por seu enorme carisma e sua generosidade, afiliou-se à AMORC em 1955, data do falecimento do seu querido amigo, Marcel Cerdan. Ela continuou membro até a sua morte, tendo então atingido o Sétimo Grau. Muito entusiasta, consciente de ter encontrado uma maravilhosa via espiritual, falava da Ordem a todos que a cercavam, incentivando seus amigos a se afiliarem.

 


domingo, 7 de março de 2021

ENTRE AS ROSAS...

 





     ENTRE AS ROSAS...

 

 

Era final de inverno...

Mais um ano havia passado e não se chegara a nenhuma conclusão.

Os partidários das diversas facções, dia após dia, perdiam-se em longas e intermináveis discussões sobre esta ou aquela candidata, sem chegarem a um consenso.

Decantava-se a beleza da papoula, as qualidades das alfazemas, o perfume dos cravos, as virtudes de pureza e humildade de lírios e violetas.

Tudo em vão...

Num canto despretensioso do mundo, onde as espécies vegetais cresciam silenciosamente, um pequeno arbusto travava sua luta diária pela sobrevivência, alheio a toda sorte de discussões.

Conformado com sua forma tosca, retorcida, prenhe de espinhos pontiagudos e consciente de que nunca alcançaria a beleza de um dente-de-leão, acostumara-se a ser desprezado e humilhado sem, no entanto, deixar de prestar atenção nas pequenas criaturas que dependiam de sua existência para sobreviver.

A elas dedicava a sua vida, emprestando a segurança de seu tronco e ramos para abrigar insetos das chuvas e ventanias.

Era feliz pois, se não tinha a beleza, tinha a utilidade. E isso lhe bastava.

Naquela manhã fria de final de invernia, ainda não totalmente desperta da noite, a plantinha rude viu despregar do céu uma linda estrela cor de prata.

Sorrindo, acompanhou-lhe a trajetória em arco perfeito pelo céu escuro, descendo, descendo... em direção à floresta ainda adormecida.

Era tão suave e linda aquela forma que, instintivamente, todos na floresta, árvores, arbustos, pássaros e flores, acordados pela luz repentina, curvavam-se para vê-la passar.

A estrela flutuou entre sorrisos, agradecendo a simpatia da floresta, até chegar perto do arbusto cheio de espinhos.

Aproximou-se lentamente da plantinha e falou-lhe docemente:

Não te inscrevestes na eleição da rainha das flores, por isso vim pessoalmente buscar-te...

Mas, senhora... Gaguejou a planta. Eu? Como posso aspirar a ser rainha de qualquer coisa... Não vedes o quanto sou feia!!

O Senhor da Vida ordenou-me que viesse buscá-la...

Se este é o seu desejo... aqui me tendes, senhora...

E partiram em um rastro de luz, na direção do Conselho das flores.

As demais candidatas riram-se da pretensiosa intenção daquele feio arbusto.

A plateia silenciou quando entrou no ambiente a primavera, anunciada pelo som de mil clarins.

O arbusto, espantado, reconheceu a estrela que a trouxera até ali.

Então, senhores conselheiros - questionou a primavera - o Senhor da Vida deseja saber se já encontraram a legítima representante de seu reino.

Não, senhora. Estávamos para decidir-nos, quando fomos interrompidos pela vaidade dessa planta sem qualidades que aí está. Vede! Quanta ousadia...

A primavera voltou-se para a plantinha que chorava de vergonha e humilhação e perguntou:

O que mais desejas nesta vida? E a planta respondeu entre lágrimas...

Amar e ser amada...

A primavera, então, tocou os galhos espinhosos e, logo, botões surgiram dos galhos seminus, abrindo-se em mil pétalas sedosas, de perfume inesquecível...

Qual é o teu nome? Perguntaram todos.

Eu sou a rosa...

Quando o amor tocar os espinheiros do mundo, as rosas brotarão em cada alma. Tal é a Lei de amor, como ensinou Jesus...

E assim seja sempre!!!


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