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terça-feira, 18 de outubro de 2011

LEMBRA... QUANDO CONVERSÁVAMOS!?



Lembra... Quando Conversávamos!? 
Autora: Edna Feitosa

Quando eu penso em quando conversávamos,
Quero  dizer,
Conversávamos  compridamente,
Sobre coisas sonhadas e sonháveis e eu me acostumei com o som de sua voz,
com o seu jeito amoroso de me falar de amor sem que eu pedisse e me sorrir numa cumplicidade
quase  sem palavras. 
Eu me acostumei com tudo, que mais tarde me faria tanta falta.
Enquanto conversávamos,
 eu  pensava que era bom que tudo acontecesse, que o futuro estivesse tecendo seus dias entre chuvas,
sóis  e luas cheias.
  
Eu tenho saudade daquele tempo;
eu sabia das suas músicas favoritas,
das suas inclinações e ambições.
Sabia dos planos, das conquistas, do cansaço, do filme que marcou, das alegrias e revoltas.
E a minha vida nem era essa coisa absurda que ficou.
 
 
 
 
Nela, os espaços eram preenchidos pelas suas palavras, sua ternura curta, dolorida e branca.
Depois veio o silêncio cruel.
Um silêncio que me devolveu a um mundo que eu havia esquecido que pertencia, trazendo de volta o não sentido das coisas.
  
Mas eu esperei...
Às vezes num contido silêncio;
Noutras  vezes, não agüentando, te procurava como que querendo manter a todo custo uma história que não existia mais...
( e eu nem me lembro direito mais
como  era  antes...)
  
Queria continuar aquela conversa que pensei, nunca terminaria;
Queria  continuar a trocar impressões de vida!
Depois veio algo bem maior que o silêncio, doendo muito mais que todas as palavras frias:
o vazio!
  
Hoje, todas as ruas. Cidades e até países nos separam.
Os homens continuam matando e sendo mortos nas guerras.
As crianças continuam nascendo,
gente  continua chegando ou partindo cheias de saudade.
  
Tudo igual pelo mundo, tudo absolutamente igual.
Só sua voz é que saiu de viagem e,
sem  explicação nenhuma,
não  voltou nunca mais! 

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