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quinta-feira, 13 de março de 2014

O AMOR REAL...!



O Amor  real...!

Professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.

O mestre disse que respeitava sua opinião e lhes contou a seguinte história:

Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarte. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.

Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou infelizmente ela já estava morta.
Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.
Eu e meus irmãos tentamos em vão, quebrar a
nostalgia recordando momentos engraçados.

Na hora do sepultamento, papai já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:

— Meus filhos,  foram 55 bons anos... Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo...

Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
— Ela e eu estivemos juntos em muitas crises.
Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade.
 Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.
Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal e perdoamos nossos erros...
Filhos, agora ela se foi e estou contente.
E vocês sabem por que?

Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida.
Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que ela sofresse assim...
Quando meu pai terminou de falar meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas.
Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:
"Está tudo bem  meus filhos, podemos ir para casa.”

E, por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor.
Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar, pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.
O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, dia-a-dia e por todos os dias.

O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe...

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