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terça-feira, 26 de março de 2013

O BALANÇO!




O BALANÇO!

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Um balanço ao vento se move suavemente.
Não se vê chão, não se vê céu... Apenas um movimento ritmado para frente...
 para trás...
Juliana tem 13 anos e está feliz como nunca.
Mais forte, papai! - Diz ela, eufórica.
Naquele momento inesquecível, a paisagem se apaga para ela. Some em meio à alegria de estar com quem se ama.
Seu sorriso de criança encontra o ar leve, perfumado.
Seus ouvidos se deleitam com a voz tranquila do pai amado. Ela se sente segura, como nunca antes se sentira.
O balanço vai diminuindo o ritmo, e quando está prestes a parar ela percebe que o pai está diante do seu rosto.
Como ele é bonito... - ela pensa. Uma beleza especial, que está mais dentro do coração da filha, do que nos olhos do mundo.
Filha... Você precisa voltar. - Diz o homem ternamente.
Mas eu não quero papai... - Responde ela com voz de cristal.
Eu sei meu amor... Mas você precisa voltar.
Ela começa a chorar... O choro da brincadeira que acaba tão cedo.
O choro da vontade de continuar ali.
A menina acorda em pranto.
Era um sonho! - Pensa ela. Mas parecia tão real...
Sente um aperto forte no peito e não consegue identificar o que é.
É a saudade... - Diz uma pequena voz em sua cabeça.
Sim, era a saudade do pai, do amor que havia partido quando tinha apenas 3 anos de idade.
Ela já havia sonhado com ele várias vezes, mas dessa vez foi inesquecível.
Tão especial que, a partir desse dia, ela aprendeu a chamar aqueles sonhos de visitas.
Todo balanço que vê, ativa sua memória, acelera seu coração, pois faz lembrar-se de um grande amor que esteve na Terra com ela, durante pouco tempo, mas que ainda a visita sempre.
Por onde andam os amores que não mais estão aqui conosco?
Se aprendemos  que o amor une ao invés de afastar,
Por  que crer na distância da morte?
Sim, a morte não nos separa.
 Talvez um breve afastamento físico, mas nunca o afastamento das almas.
Os que nos amam continuam ao nosso lado, e se partiram antes, quase sempre se tornam companheiros anônimos e invisíveis dos nossos dias.
São eles, muitas vezes, que nos trazem as forças que precisamos para continuar, o carinho dos bons conselhos ou os puxões de orelha amorosos.
Em espírito nos acompanham, oram e vibram por nós, da mesma forma que fariam se estivessem ainda  conosco.
A morte não muda o amor. A distância não é impedimento para o carinho.
Eles estão mais perto do que imaginamos, e neste grande ir e vir,  logo mais estaremos juntos uma vez mais.
Estaremos juntos lá, pois nunca sabemos quanto tempo ainda temos, ou mesmo aqui, lembrando que a reencarnação é uma das Leis maiores do Universo.
Isto é SAUDADE!

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