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quarta-feira, 1 de março de 2017

ONDE ANDARÁ O MEU DOUTOR!!!???



ONDE ANDARÁ O MEU DOUTOR!?

Hoje acordei sentindo uma dorzinha,
aquela dor sem explicação,
e uma palpitação,
resolvi procurar um doutor,
fui divagando pelo caminho...
lembrei daquele médico que me
atendia vestido de branco
e que para mim tinha um pouco de pai,
de amigo e de anjo...
o Meu Doutor que curava a
minha dor,
não apenas a do meu corpo
mas a da minha alma,
que me transmitia paz e calma!
Chegando à recepção
do consultório,
fui atendida com uma pergunta:
QUAL O SEU PLANO? O MEU PLANO?
Ah, o meu plano é viver mais e feliz!
é dar sorrisos, aquecer
os que sentem frio
e preencher esse vazio
que sinto agora!
Mas a resposta teria
que ser outra...
o MEU PLANO DE SAÚDE...
Apresentei o documento do dito cujo
já meio suado, tanto quanto
o meu bolso, e aguardei...
Quando fui chamada corri apressada,
ia ser atendida pelo Doutor,
aquele que cura qualquer tipo de dor,
entrei e o olhei, me surpreendi,
rosto trancado, triste e cansado...
será que ele estava adoentado?
é, quem sabe, talvez gripado
não tinha um semblante alegre,
provavelmente devido à febre...
dei um sorriso meio de
lado e um bom dia...
sobre a mesa, à sua frente,
um computador,
e no seu semblante a sua dor,
o que fizeram com o Doutor?

Quando ouvi a sua voz de repente:
O que a senhora sente?
Como eu gostaria de saber
o que ELE estava sentindo...
parecia mais doente
do que eu, a paciente...
Eu? ah! sinto uma dorzinha na
barriga e uma palpitação
e esperei a sua reação,
vai me examinar, escutar a minha voz
auscultar o meu coração...
para minha surpresa apenas me
entregou uma requisição e disse:
peça autorização desses
exames para conseguir a realização...
quando li quase morri...
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA,
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
e CINTILOGRAFIA!
ai, meu Deus! que agonia!
eu só conhecia uma
tal de abreugrafia...
só sabia o que era
ressonar (dormir),
de magnético eu
conhecia um olhar...
e cintilar só o das estrelas!
estaria eu à beira da morte?
de ir para o céu?
iria morrer assim ao léu?
naquele instante timidamente
pensei em falar:
terá o senhor uma amostra grátis
de calor humano para
aquecer esse meu frio?
que fazer com essa sensação de vazio?
e observe, Doutor,
o tal Pai da Medicina, o grego Hipócrates,
acreditava que
A ARTE DA MEDICINA
ESTAVA EM OBSERVAR.
Olhe para mim...
bem verdade que o juramento
dele está ultrapassado!
médico não é sacerdote...
tem família e todos os problemas
inerentes ao ser humano...
mas, por favor, me olhe,
ouça a minha história!
preciso que o senhor me escute,
e examine!
estou sentindo falta de
dizer até aquele 33!
não me abandone
assim de uma vez!
procure os sinais da minha
doença e cultive a minha esperança!
alimente a minha mente
e o meu coração...
me dê, ao menos,
uma explicação!
o senhor não se informou se
eu ando descalça... ando sim!
gosto de pisar na areia e
seguir em frente
deixando as minhas pegadas
pelas estradas da vida,
estarei errada?
ou estarei com o
verme do amarelão?
existirá umas gotinhas de solução?
será que já existe
vacina contra o tédio?
ou não terá remédio?
que falta o senhor me faz,
meu antigo Doutor!
cadê o Sccot,
aquele da Emulsão?
que tinha um gosto horrível
mas me deixava forte
que nem um Sansão!
e o Elixir? Paregórico e categórico,
e o chazinho de cidreira,
que me deixava a
sorrir sem tonteiras?
será que pensei asneiras?
Ah! meu querido e
adoentado Doutor!
sinto saudades
dos seus ouvidos para me escutar,
das suas mãos para me examinar,
do seu olhar compreensivo
e amigo...do seu pensar...
o seu sorriso que
aliviava a minha dor...
que me dava forças para
lutar contra a doença...
e que estimulava a minha
saúde e a minha crença...
sairei daqui para um ataúde?
preciso viver e ter saúde!
por favor, me ajude!
Oh! meu Deus, cuide do
meu médico e de mim,
caso contrário chegaremos ao fim...
porque da consulta só
restou uma requisição
digitada em um computador
e o olhar vago e
cansado do Doutor!
precisamos urgente dos
nossos médicos amigos,
a medicina agoniza...
ouço até os seus gemidos...
Por favor, tragam de
volta o meu Doutor!
estamos todos doentes
e sentindo dor...
e peço, para o ser humano,
uma receita de calor,
e para o exercício da medicina
uma prescrição de Amor!

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