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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

MINHAS REFLEXÕES...!



MINHAS REFLEXÕES...!

“Durante muito tempo caminhei pelo vale  de lágrimas e vaguei na floresta do erro.
Cometi erros de extrema gravidade e muitos sofreram por minha culpa. Meu próximo, eu o julguei e atormentei.
Julguei e atormentei a mim mesmo.
Orgulhoso, mentiroso, invejoso e ávido, tudo isso fui no curso de minhas vidas sucessivas.
 Seres choraram e perderam toda esperança por causa de atos nefastos que perpetrei.
Com meu comportamento indigno, semeei a dúvida e o horror entre aqueles que no decurso do tempo me eram mais caros.
Toquei o mais profundo do abismo e me acreditei para sempre perdido, para sempre condenado. Isto eu acabo de reviver aqui.
Conheci o sofrimento daqueles que tinham sofrido por minha culpa. Conheci seu julgamento e seu tormento, sua dúvida e horror.
Conheci os efeitos, os crimes de meu orgulho, de minhas mentiras, de minha inveja e minha avidez.
 Compreendi a causa dos terríveis sofrimentos que suportei durante minhas encarnações: era a ação da justa lei do carma, mas foram-me necessárias muitas provações e lágrimas para resgatar o mal que tinha sido feito, pois durante muito tempo, enganado pelo meu ego e optando pelas soluções mais fáceis, jogava sobre os outros a responsabilidade das minhas desgraças, querendo ignorar que eles decorriam de  ações por mim cometidas no passado, e que eu devia aprender, experimentar e compreender as lições da vida para me regenerar.
 Foi então que a luz veio, durante uma provação dificílima de suportar, tão difícil que jamais acreditei em poder superá-la.
No mais profundo de mim mesmo, enquanto toda esperança me abandonava, ouvi o apelo e me dirigi para a montanha que me era indicada para atingir a paz.
Ah! Como era difícil a estrada, quantas vezes me perdi  embora me houvessem mostrado o caminho.
 É que a desgraça resultante de minha conduta passada ainda me perseguia. Mas, desde o apelo, esta desgraça eu sabia justa e, em lugar de me lamentar, em vez de temer, comecei a partilhar o sofrimento dos outros, a ajudá-los, a sustentá-los, a tomá-los pela mão para conduzi-los ao pé da montanha da paz e da regeneração.
Não foi senão depois, após muitos retornos àqueles que gemiam nos vales, encurvado sob o peso de minhas próprias e justas provações, que por minha vez atravessei a porta estreita e entrei na senda. Naquele momento, já tinha compensado, muitos dos meus erros passados.
 A Lei que me havia imposto era: humildade e amor em todas as circunstâncias, em todas as situações.
Minhas dificuldades, eu as aceitava. Jamais fui resignado. Aceitava para compreender.
Foi subindo a senda que eu soube verdadeiramente e medi os sofrimentos que devo ter imposto a outros, para merecer esses que tinha que suportar então.
 Eu me alegrava por ter podido, antes mesmo de me ser permitido entrar no conhecimento libertador, impor-me a regra de vida cujo valor agora compreendia.
 Mas a esta satisfação misturava-se a dor e o arrependimento pelos atos cometidos no passado, atos que levaram a muitos tantas dor e tantas penas.
Assim meus pensamentos e meus atos carregaram-se de ainda maior amor e humildade.
E, finalmente, conheci a PAZ, não apenas progredindo em direção a um maior conhecimento, mas também pondo este conhecimento a serviço do próximo.
Esquecia-me de mim mesmo, diante dos outros.
 Nada mais podia atingir-me.
O amor que me animava transformava tudo e eu rendia graças a cada experiência vivida.
 A PAZ tinha descido sobre meu coração, minhas provações tornavam-se cada vez mais leves.
 Minhas reconciliações comigo mesmo, com o meu eu verdadeiro, estava começada.
 Devia em seguida reforçar-se e tornar-se total.
 “Depois de ter revivido o período obscuro, revivi, aqui mesmo, diante dos mestres, e do maior dentre eles, as etapas de minha regeneração. Aí que me foi dado o dom mais sublime.
 A PAZ PROFUNDA – esta paz por mim tão “desejada” e que eu mesmo tinha tantas vezes “desejado” aos outros – desceu sobre mim e tomou, para sempre, posse do meu ser.
 “Devo agora retornar ao mundo, para trabalhar, para servir”.
Minha responsabilidade é imensa.
 Fui advertido para guardar-me vigilantemente dos perigos aos quais sucumbira outrora, mas uma oportunidade me foi dada para servir mais e melhor.
Minha Lei é humildade e amor, e os maiores Mestres me assistirão.
 “Possa minha experiência servir a todos que me ouvem, que me compreendem”.
Não há circunstância, não há situação por mais trágica que seja que não tenha razão de ser.
Não há abismo por mais profundo de onde não se possa emergir para reencontrar a LUZ.
 A involução sucede à evolução, e dentro de cada um de nós reside este segmento da Eternidade Cósmica que está sempre pronto a responder ao menor apelo para ajudar a quem quer que realmente queira tomar o caminho da verdade.
 Avancem para o conhecimento, apliquem este conhecimento e lembrem-se de que o discípulo não deve tanto pedir para ser servido como para servir e que o serviço é cumprido em qualquer parte, principalmente onde nos encontramos, onde as circunstâncias e a existência nos colocaram, pois, é lá que devemos estar e assumir nossa função de servidor.
 Humildade e amor...
Amar sem nada pedir em troca, sem exigir nada.
Amar simplesmente... Amar! ”

Extraído do livro” Mensagens do Sanctum Celestial” (Raymond Bernard).


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