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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

BALADA DE NEVE...!



Balada de Neve...!

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:

Mas há pouco, há poucochinho,

Nem uma agulha bulia

Na quieta melancolia

Dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
Há quanto tempo a não via!

E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.

Pôs tudo da cor do linho.

Passa gente e, quando passa,

Os passos imprime e traça

Na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos...

A neve deixa inda vê-los,

Primeiro, bem definidos,

Depois, em sulcos compridos,

Porque não podia erguê-los...!

Que quem já é pecador

Sofra tormentos, enfim!

Mas as crianças, Senhor,

Porque lhes dais tanta dor...!?

Porque padecem assim...!?

E uma infinita tristeza,

Uma funda turbação

Entra em mim, fica em mim presa.

Cai neve na Natureza

E cai no meu coração. 

A queda da neve é um espetáculo da natureza belíssimo, deixando um manto branco por onde cai .

Mas ... isso também significa temperaturas baixas... O frio aperta..., mas não há nada que não se possa remediar com o calor de uma boa lareira com a lenha que anteriormente se teve o trabalho de cortar no monte, trazer para casa, pitá-la e arrecadá-la.

Todas as coisas belas também podem trazer "amarguras" ... dificuldades...!


Autor: Augusto Gil.


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