Artigos e Informações ligados ao Rosacrucianismo

quinta-feira, 5 de maio de 2011

CARTA Á MINHA MÃE! (Com saudades...)




                                                            CARTA  Á MINHA MÃE!

Ao escrever esta carta,
 usei a pena do carinho, molhada na tinta rubra do coração ferido pela saudade.

 As notícias, arrumadas como pérolas em um fio precioso, começaram a saltar de lugar, atropelando o ritmo das minhas lembranças.

Vi-me criança orientada pela sua paciência,  sabedoria e determinação.
As suas mãos firmes e seguras, que me ajudaram a caminhar.

E todas as recordações, como um caleidoscópio mental, umedeceram com as lágrimas que verteram dos meus olhos tristes.
Assumiu forma em meu pensamento voador, meus dois irmãos que brincavam comigo.
 Quantas saudades das brincadeiras com eles. Pelo mesmo brinquedo, pela mesma bola, pelo mesmo  lugar no carro do tio Antonio, no balanço de corda na cerejeira do pomar, do canteiro dos morangos vermelhinhos, do pão que você fazia e cuidavamos lá no forno da aldeia, da marmelada  dos marmelos do quintal, das maçãs joaninhas, dos pêssegos que o vovô escondia embaixo do loureiro, para que amadurecessem para mim.
E você calma, com tolerância nos corrigindo. Na hora do lanche, para a lição da honestidade, você dava  ora a um, ora a outro,  repartindo o pão e o bolo. Quantas vezes seu olhar me alcançou, dizendo-me, sem palavras, da fatia em excesso por mim escolhida.
 As lições da escola, feitas sob sua supervisão, as idas à casa dos tios e dos avós, as papas, as migas, os doces, as amêndoas.
 Quantas lembranças, mãe querida! Dos dias da adolescência, do desejar alçar vôos de liberdade antes de ter asas emplumadas.
Da viagem para o Brasil!
Que difícil foi esta separação, mãe!
Quanta saudade!
 Dos dias da juventude que idealizavam anseios muito além do que você,
lutadora solitária, poderia me oferecer.
 Lágrimas de frustração que você não enxugou.
 Lágrimas de dor, de mágoa, de tristeza, que você não limpou, nem minhas faces alisou!
Quantas vezes ouço sua voz repetindo, uma vez mais:
Tudo tem seu tempo, sua hora!
Aguarde!
Treine paciência! Persistência!
Você terá a sua vez!
 E de outras vezes:
Cada dia é uma oportunidade diferente.
 Tudo que você tem é dádiva de Deus, que não deve desprezar.
 A migalha que você despreza pode ser riqueza em prato alheio.
O dia que você perde na ociosidade é tesouro jogado fora, que não retorna.
Lições e mais  lições!
A casa de pedra, entre o nosso pomar, assomou minha emoção.
 Voltei aos caminhos percorridos para invadi-la novamente, como se eu fosse alguém expulso do paraíso, retornando de repente, somente após os trinta e três anos de separação.
Mãe,
Chegou um momento em que a carta me penetrou de tal forma, que eu já não sabia se a escrevera ou não!
E porque ela falava no meu coração dorido, voei, vencendo a distância.
E vim, eu mesma, a fim de que você veja e ouça as notícias vibrando em mim.
Mãe, aqui  estou!  Aí estive!
 Eu sou a própria carta viva que ia escrever e remeter a você.
 Entre as quadras da vida e as atividades que o mundo  envolve a cada um,
 reserve um tempo para essa especial criatura chamada MÃE.
 Não a esqueça!
Escreva,  telefone, mande uma flor, um mimo.
Enquanto ela está aqui e você pode fazer isto.
 Pense quantas vezes, em sua vida, ela o surpreendeu de tantas formas.
 E não deixe de abraçá-la, acarinhá-la, confortar-lhe o coração.
 Você, com certeza, será  sempre para ela,
o melhor e o mais caro presente!

2 comentários:

  1. Esta sou eu! Esta é minha MÃE!

    Amem com o maior AMOR possível sua MÃE!

    É o AMOR mais puro que temos!

    FELICIDADES, MÃES!

    ResponderExcluir
  2. Esta sou eu!

    Esta é minha MÃE!

    Amem profundamente sua MÂE enquanto está perto.

    É o AMOR mais puro que temos na vida!

    ResponderExcluir