A VIDA É... COMO UMA DANÇA CÓSMICA!
Tudo o que é vivo busca a vida, a expansão.
As plantas, ao crescerem em direção ao sol em busca
da luz, e ao mesmo tempo ao expandirem as suas raízes sob a terra procurando por
água e nutrientes, estão nesse movimento de manutenção e expansão da vida.
Quando
olhamos para os seres vivos separadamente, percebemos que todos estão num
movimento contínuo, movidos pela manutenção da vida.
Das moléculas do nosso corpo, ao nosso organismo
como um todo, da semente que fecunda, à planta que cresce em direção ao sol.
Quando, contudo, ampliamos o olhar sobre todos os
seres vivos vendo-os como parte integrante de um mesmo e único organismo, o que
percebemos é uma dança exuberante cujo sentido não é a sobrevivência, pois, na
unidade, a vida não se vê ameaçada.
O sentido é o encantamento.
Vista dessa maneira, a vida se torna um grande
jogo, uma eterna dança que cria formas e que, vibrante, está presente em tudo o
que vemos.
A vida, então, é uma grande obra a qual nos inclui,
não apenas como objetos, mas também como consciência e força criativa.
Somos a curva do universo sobre ele mesmo, olhos
que contemplam a própria criação.
Nesse sentido, o universo inteiro deve ser
reconhecido como sagrado, como uma grande arte.
E a nossa
própria vida, como parte dela, é a nossa contribuição pessoal, que construímos
dia-a-dia, com o pincel e as linhas desenhadas por nossas ações e pensamentos,
reconhecendo, a cada momento, o milagre que é viver e ter a oportunidade de
estar consciente, de contemplar a criação como parte integrante dela.
Não foi Deus que nos criou à sua imagem e
semelhança, nós o criamos, enquanto imagem, semelhante a nós.
Mas Deus é tudo, é o Todo, que nos inclui.
Tales Nunes
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