Artigos e Informações ligados ao Rosacrucianismo

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O EFEITO ÂNCORA

A imagem pode conter: céu, atividades ao ar livre e água


O EFEITO ÂNCORA
A âncora é um objeto comum em embarcações, cujo objetivo é o de fixa-las em determinados locais, não deixando que os fluxos de água as carreguem livremente.
Podemos refletir sobre a simbologia desse objeto em nossas vidas a partir de diversos aspectos diferentes, tanto construtivos, quanto limitantes e negativos.
Como aspectos positivos, por exemplo, podemos pensar em não deixarmos as inconstâncias da vida nos carregarem, sendo importante que estejamos ancorados em nossos objetivos. Podemos também refletir a respeito da importância de estarmos ancorados em bases firmes de nossas vidas (família, emprego, religião, entre outras que sejam relevantes para cada um), para que a partir desse “ponto de apoio” possamos explorar as águas desconhecidas ao nosso redor, sem perdermos nossas referências.
No entanto, se em determinados aspectos a ancoragem nos protege, impedindo de sermos carregados contra nossa vontade, a âncora também pode ser entendida como fator limitante do nosso campo de alcance e acesso em nossa vida.
Quantos são os fatores de crenças e vivências nas quais nos ancoramos?
O quanto essas ancoragens nos prendem e nos impedem de sairmos do lugar e alcançarmos novos mares, novos horizontes, nossos objetivos?
Será que temos consciência de onde jogamos nossas âncoras e no que estamos nos prendendo?
As âncoras mais limitantes e perigosas são aquelas que são mais justificáveis pela nossa razão!
“... ele me traiu com minha melhor amiga...”
“... não sei o que será da minha vida agora que ela morreu...”
“... eu confiei meus segredos à ela! Ela não podia ter falado para outra pessoa...”
“... dediquei minha vida a essa empresa. Não podia ter sido mandado embora...”
Traições reais, morte de pessoas que amamos, traumas de qualquer tipo nos marcam profundamente, sendo compreensível que fiquemos presos a eles por um determinado tempo. Essas são as piores âncoras, pois são justificáveis uma vez que a vítima realmente sofreu e ainda está sofrendo pelo ocorrido.
Claro que existem muitas situações que só existem no mental de algumas pessoas que se vitimizam, apenas para terem a atenção de outras pessoas, mas o fato é que tanto em um caso, quanto no outro, se nos ancoramos em qualquer acontecimento, passamos a ter esse “momentum” de nossas vidas como nossas referências, como nossas bases a partir das quais nos limitaremos.
A escolha sempre é de cada um! Mesmo que sejam justificáveis ou não, reais ou imaginários (sem entrarmos na discussão do que é real ou não), os locais em que ficaremos ancorados são sempre nossas escolhas. Essas escolhas geralmente ocorrem inconscientemente, pois somos inconscientes a respeito da maior parte do que criamos para nós mesmos. É imprescindível que passemos a nos conscientizar.
Essa conscientização só vem com o autoconhecimento, com a auto-observação, a autoavaliação e muita reflexão!
Onde estão meus pensamentos? O que ocupa minha mente geralmente? Sou obcecado pelo que, ou por quem?
Onde está meu coração? Quais são os sentimentos que geralmente me arrebatam? Tenho, recorrentemente, sentimentos negativos sobre mim, sobre minha vida ou sobre alguém?
O que faço para ocupar meu dia? Uso demasiadamente do meu tempo com whats app e redes sociais? O que concretamente eu produzi para mim e para minha vida no ultimo ano? E nas últimas semanas ou nos últimos dias?
Se eu me avaliar nos últimos anos, o que realmente consegui concretizar dos meus objetivos? O quanto consegui “sair do lugar”, rumo ao que desejo?
O quanto o avanço dos outros, as conquistas dos outros, as ações dos outros me incomodam e me fazem sentir mal comigo mesmo?
Quanto do meu dia eu uso com justificativas para eu não ter feito, para eu não ter conseguido, para minha raiva, minha mágoa, minha tristeza, minhas obsessões, minha preguiça?
Na hora em que simplesmente levantamos nossa âncora e nos deixamos levar rumo ao desconhecido, parando de arrumar desculpas “extremamente plausíveis” e assumindo a responsabilidade pelo navegar de nossa vida, é que as coisas realmente começarão a acontecer e que efetivamente cresceremos.
Caso contrário, podemos ter as melhores respostas, os melhores porquês, as melhores explicações, mas o fato é que o tempo mostrará que não saímos do lugar, ou avançamos só o pouco que nossas âncoras nos permitiram. E mesmo que continuemos negando enxergar, que nos enchamos de novos “porquês” que justifiquem tudo, o Universo estará a TODO momento, nos mostrando o quanto estamos fora do fluxo da vida. Seja com doenças físicas, mentais e emocionais, seja com doenças sociais, ou simplesmente com acontecimentos recorrentes e indesejáveis, mas nós sempre temos a oportunidade de percebermos que lançamos âncoras que já deveriam ter sido recolhidas.
Herman R. Assumpção / Elfo Lunar

domingo, 13 de janeiro de 2019

FRATERNIDADE!

FRATERNIDADE!

O Mahatma Ghandi disse certa vez: “Há dois aspectos das coisas: o exterior e o interior… O aspecto exterior nenhum significado tem, exceto na proporção em que contribui para o aspecto interior. Toda arte verdadeira é, assim, a expressão da alma. As formas exteriores apenas têm valor na medida em que se tomam a expressão da natureza interior do homem.”
A afirmação acima expressa um segredo da verdadeira fraternidade. Na Ordem Rosacruz, falamos de fratres e sorores em uma maneira especial para nos referirmos aos indivíduos que conosco participam no estudo e na prática dos princípios Rosacruzes. Além disso, em um outro sentido, a doutrina fundamental de nossa tradição que todos os homens são irmãos. Esse conceito mais amplo de fraternidade encontra expressão em toda a nossa amada Ordem em seu reconhecimento e em sua citação de homens e mulheres que se destacaram por atos altruístas com consciência da verdadeira fraternidade.
A fraternidade é, algumas vezes, mais fácil de ser praticada do que explicada. Quando a mente e o coração são devidamente orientados, a prática da fraternidade se torna um procedimento espontâneo. É muito mais fácil e mais simples agir como um irmão quando para isso somos condicionados, do que explicar os intricados processos psicológicos e o envolvimento emocional relacionado com a experiencia. Do mesmo modo, é mais fácil amarmos alguém do que definirmos a psicologia do amor. Muitas atividades profundas e complexas (físicas e mentais) têm sido realizadas muito tempo antes de para elas surgir uma explicação. Por exemplo, o raciocínio lógico era prática de alguns povos muitos séculos antes de tal prática ser explicada em termos de lógica formal ou tornada clara através de análise conceptual.
Há uma exortação antiga que diz: “Regozijemo-nos com aqueles que se regozijam, e choremos com aqueles que choram.” A fraternidade autêntica não restringe o amor e a preocupação ao pequeno grupo familiar, ao círculo de amigos, à comunidade, nem mesmo ao nosso país. O amor se propaga para abarcar todo o gênero humano, a despeito de raça, cor, condição social, nacionalidade, ou afiliações políticas e religiosas.
John Donne, poeta inglês do século dezessete, resumiu o espírito de fraternidade nestas  palavras: “Nenhum homem é uma ilha, completo em si mesmo; todo homem é parte do continente, parte do oceano; a morte de qualquer homem me enfraquece porque estou incluído na humanidade; portanto, nunca procuremos saber por quem dobram os sinos; eles dobram por nós.”
“Em sonho, vi uma cidade inexpugnável aos ataques de todo o resto da Terra; Em meu sonho, essa era a nova cidade dos Amigos…” – Walt Whitman.

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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

OS DOIS GRANDES MISTÉRIOS!



OS DOIS GRANDES MISTÉRIOS!

Harvey Spencer Lewis, FRC

Dois grandes mistérios deveriam chamar nossa atenção mais do que qualquer outra coisa no mundo: o primeiro é aquele do início e da dádiva da vida que recebemos, e o segundo é o da sua retirada e sua existência posterior.
Entre estes dois eventos – a criação da vida e a sua transição deste corpo terreno – estão todos os excitamentos e fascinações de importância menor, aos quais o ser humano dá proeminência, aos quais dedica a maior parte de seus pensamentos, e para a aquisição dos quais até sacrifica a si mesmo e à sua vida.
E quando falo da vida que nos é dada como seres humanos, eu deveria incluir e de fato incluo também a vida que é dada às flores, às árvores, à grama, ao trigo e aos outros grãos e a todas as plantações. A todas as coisas que vivem e crescem e nos dão sustento e nutrição em abundância. Nenhuma dessas dádivas de Deus, é controlável pelo homem, no que tange a origem de sua criação. Contudo, cada uma delas é um presente espantoso, miraculoso, a que raramente damos a devida atenção, apreciação e gratidão.
Por isso, lembremo-nos sempre de ser gratos pela mais abundante de todas as dádivas – a dádiva da vida e de tudo o que vive. E expressemos esse agradecimento não só nas igrejas e templos, ou nas cerimônias religiosas e festivas.
 Expressemos nosso agradecimento não apenas num único dia do ano, mas pela vida cotidiana.

Texto extraído do blog Rosacruz - A NECESSIDADE DE AGRADECER

MEDITAÇÃO!



meditação

MEDITAÇÃO!


Hoje a meditação é assunto comum nas conversas. Todavia, o assunto não pode ser tratado descuidadamente. Tem uma força e um sentido pouco apreendidos pelo estudante comum. A meditação é um dos mais importantes recursos para atingirmos o objetivo que buscamos. Há, naturalmente, quem ache que ela seja a única técnica necessária para se alcançar maior compreensão da vida, mas ela é um dos recursos e meios para isso, não o único.
Os ensinamentos Rosacruzes propõem uma técnica especial, desenvolvida através dos séculos, pela qual o Eu é inteiramente preparado para alcançar a completa harmonia e identificação com a Consciência Divina. Seria ilusório sugerir que apenas um único método poderia abrir caminho para essa realização. Contudo, a meditação nos prepara como nenhuma outra técnica, pois através de sua prática regular edificamos uma ponte entre nossa consciência e a alma interior.
Esse contato com o Eu Interior pode surpreender e mesmo contraria muitas das ideias que mantemos no momento sobre nossa vida ou assuntos específicos. O elevado padrão ético de conduta que ele nos infundirá poderá desapontar muitas pessoas. É por isso que muitos abandonam a prática mística da meditação, pois ela nem sempre justifica o que pensamos ser certo e bom para nós e para os outros.
Na meditação precisamos estar perfeitamente relaxados e desligados do nosso ambiente físico. Então, dirigimos nossa consciência para o íntimo através da concentração e, com o desejo sincero e profundo amor em nosso coração, harmonizamos nossa consciência com o Eu Interior. Devemos então nos manter completamente passivos e intimamente receptivos. Quanto maior a necessidade e quanto maior o amor em nosso coração enquanto meditarmos, maior será nosso proveito. A resposta ou a inspiração poderão vir no momento da meditação ou mais tarde. Isso não importa.
Devemos nos colocar em meditação apenas poucos minutos, uma ou duas vezes no dia, se possível. Períodos mais longos não aumentam a eficácia da meditação. O que importa não é a quantidade, mas a qualidade de nossa experiência.
Robert E. Daniels, F.R.C.

OS PRÓXIMOS DEZ ANOS...!!!


proximos-dez-anos

Os Próximos Dez Anos

Excerto do livro “Misticismo Prático” de Edward Lee, publicado pela AMORC
Um estudante fez um dia a seguinte observação: “Há dez anos, eu estava lendo no transporte coletivo de uma grande cidade e levei um choque que me tirou da minha letargia. Foi um cartaz que provocou esta reação. O anúncio mostrava a imagem de um homem que tinha má aparência e que estava suando; ele carregava uma pesada carga de tijolos. A legenda estava redigida mais ou menos nestes termos: “Você não vai conseguir o trabalho de amanhã com as técnicas de ontem”. Eu me vi de repente como o personagem dessa publicidade e compreendi que eu mesmo estava imerso, na minha vida, num estado de inércia. Aturdido e apalermado, comecei a mobilizar minhas forças interiores para progredir a todos os níveis”.
A profundeza do choque interior vivido por esse estudante, que era como eu, pode ser avaliada pelo fato de que ele não dissera simplesmente: “Oh, é preciso que eu encontre um trabalho melhor”. Embora isto fosse uma boa sugestão, ele compreendeu que uma melhor preparação para o futuro devia ser empreendida em todos os planos, físico, mental e espiritual.
Bem compreendida, a progressão pessoal pode ser percebida de maneira diferente conforme as pessoas. Uma estudante estava sentada no seu escritório durante uma pausa, numa administração muito grande e muito ativa; ela estava lendo um número da revista O Rosacruz, dedicada ao misticismo, à ciência e às artes. Um colega de trabalho se aproximou dela e lhe perguntou: “Que é que você está lendo?” Essa mulher, prudente e intuitiva, querendo dar uma resposta estimulante, olhou para o homem que estava diante dela, mas teve imediatamente um sentimento de aversão. Por isto ela respondeu simplesmente: “Isto diz respeito ao desenvolvimento pessoal”. Seu colega deu um sorriso de deboche e disse: “Dê-me um milhão de dólares e eu vou melhorar”.
Por banal que tenha sido sua resposta, ele tinha vivido sua convicção pessoal o melhor que podia, segundo o seu desenvolvimento interior.
Quando alguém efetua mudanças profundas na sua vida, pode ir a ponto de refletir sobre a próxima encarnação, caso se acredite na reencarnação. Mas eu lhe sugiro que avance progressivamente. Tenha diante de si, digamos, os dez próximos anos. Que é que você vê de si mesmo então? Terá elevado sua mente e sua personalidade a um nível superior?  Será uma pessoa mais calma, mais ordeira e mais honesta, alguém de quem as outras gostam de se aproximar? Terá descartado ideais ultrapassados e falsos em prol de aspectos mais nobres e belos da vida?
É importante estar consciente das diferentes épocas da vida, preparar-se para um adequado emprego futuro ou para períodos felizes de repouso no âmbito da aposentadoria. Porém, mais importante que tudo isto é a busca de uma realização pessoal e de harmonização com a sociedade em função da sua própria personalidade. Afinal de contas, cada um de nós é único e cada qual tem em si sua própria divindade, que pode guiá-lo e inspirá-lo na vida. Nem todo mundo pode ou deveria perseguir um objetivo no campo eletrônico, por exemplo. Assim como nem todo mundo deveria tentar se tornar um cantor de ópera. Olhando para dez anos por virem, diferentes pessoas podem nutrir esperanças e sonhos diferentes, em função de sua idade e de múltiplos fatores.
Como já dissemos, as pessoas que chegam à metade da sua vida podem se ver aposentadas nos dez anos seguintes. Que vamos fazer dos nossos dias quando tivermos nos afastado do mundo do trabalho? Pessoas muito mais jovens podem aspirar a se tornarem profissionais realizados, normalmente empregados nessa ou naquela empresa. Como chegar a isto? É agoraque é preciso se colocar estas questões, não daqui a dez anos.
Contemplemos por alguns instantes o filme da nossa vida sob um ângulo algo diferente. Que se passava há dez anos? O que você fazia? Melhor ainda, você poderia se perguntar porque fazia isso. Será que as pessoas, os objetivos, os planos e os ideais que você perseguia se traduziram numa melhoria da sua vida de hoje? Haverá algo que poderia ter sido feito melhor? Que fez você de bom? Em que você se enganou?
Com relação ao passado, não pleiteio que alguém sinta prazer no remorso ou nos pesares amargos. A vida acarreta sofrimentos suficientes para nós mesmos não acrescentarmos outros arbitrariamente. É sadio ter arrependimento pelas oportunidades que se desprezou, mas se deve também avançar mentalmente para o presente e fazer projetos para o futuro. É bom aprender as lições do passado, mas é perigoso viver constantemente nele.
E também, olhando para trás, concentremo-nos nos aspectos positivos, instrutivos, dos nossos atos e das nossas atitudes passadas. Mas, e o presente? Podemos ter agora a esperança de um futuro melhor? Deveríamos sonhar com um dia futuro glorioso? Vamos nós nada fazer e esperar uma vida melhor? Embora seja preferível conservarmos o Sol na nossa vida em lugar de anteciparmos com ansiedade um destino funesto e um desastre, é melhor fazermos planos para o futuro com toda consciência e com realismo.
O passado permanece na memória e nada pode modificá-lo; o futuro é o nosso potencial em imaginação e em visualização; mas o presente é tudo o que podemos realmente experimentar. Vivemos num eterno presente. O futuro se transforma permanentemente no presente e se torna então instantaneamente o passado, como a torrente que desce da montanha.
Para resumirmos, é para sempre uma lembrança. Deveríamos minimizar a importância dos nossos pesares e utilizar o que aprendemos para nos ajudar na nossa vida cotidiana. O presente é mais bem servido, não por sonhos ociosos, mas preparando o futuro de maneira prática.
Como já dissemos, quando consideramos o futuro, utilizamos a faculdade mental que chamamos de imaginação. Melhor ainda, podemos utilizar a técnica mística que consiste em tirar partido das forças cósmicas e determinar bem precisamente o objetivo específico que queremos alcançar. Feito isto, esse ideal deve ser dirimido de toda preocupação mental. Então, pouco a pouco, nosso objetivo será levado a bom termo, sob a condução e com a ajuda do Cósmico.
Com esta técnica de visualização, os místicos não só juntam seus pensamentos e os organizam num todo coerente e unificado, mas também submetem esse projeto, esse quadro realizado, ao julgamento e à sabedoria superiores de Deus.
Embora seja correto trabalhar para o futuro, prepará-lo bem e visualizá-lo a fim de viver melhores futuros, é também importante viver em harmonia com o presente. Viver plenamente o que cada dia nos oferece pode transformar a vida numa viagem maravilhosa.

A SUA PARCELA DE CULPA...!

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A SUA PARCELA DE CULPA...!


Hugo De Paula FRC
Todos estamos escandalizados com a violência e as atrocidades que existem hoje no mundo. Toda essa barbárie nos faz duvidar que Deus é um ser de infinita bondade, minando nossa esperança. Alguns mais fatalistas acreditam que tudo isso é um castigo divino.
Tudo besteira! Deus não castiga, quem se castiga é o próprio ser humano. Deus apenas criou a lei do Carma para nos ensinar como usarmos nosso livre arbítrio, ou seja, para nos ensinar que temos nossa parcela de responsabilidade em tudo isso que está aí. Se você não sabe o que é Carma, entenda-o da mesma forma como a lei de ação e reação da física. Ela diz mais ou menos que para toda ação, há uma reação de mesmo tipo e intensidade, mas em sentido contrário. Na prática, isso quer dizer que se você fizer o bem, receberá o bem e se fizer o mal, receberá o mal. Simples, não? Logicamente, há alguns outros detalhes que não vou citar agora, mas em termos gerais, é isso. Tomando o Carma como base, fica fácil de entender nossa parcela de culpa. Acreditar que Deus castiga ou que não é tão amoroso é o mesmo que dizer que a culpa é dos outros e que nós estamos fazendo o melhor que podemos para mudar o que está aí.
Ok, talvez você esteja fazendo mesmo. De qualquer forma, sugiro um pequeno exame para você se certificar disso:
1- Quando foi a última vez que você dedicou pelo menos dez minutos para rezar pela paz do planeta?
2- Quando foi a última vez que você empreendeu algum esforço, mesmo que pequeno, para elevar seu espírito?
3- Quando foi a última vez que você se sentiu incomodado por estar reclamando de alguma coisa?
4- Quando foi a última vez que você se preocupou em fazer uma boa ação?
5- Quando foi a última vez que você procurou retirar uma pequena semente ruim de seus pensamentos e/ou hábitos?
6- Quando foi a última vez que você se esforçou para perdoar ou pelo menos compreender alguém?
7- Quando foi a última vez que você tentou ajudar alguém a pensar de maneira mais construtiva e consciente?
Eu poderia fazer outras perguntas, mas essas já são suficientes. Se você respondeu “faz mais de 24 horas” para mais do que 2 delas, você deveria se preocupar, pois está contribuindo para aumentar as mazelas da humanidade, por mais que você duvide disso. Contudo, você vai dizer que não dá para dedicar a vida para mudar o mundo e eu vou perguntar: qual dos esforços acima vai fazer mais bem ao mundo do que a você mesmo? Deixe-me ajudar a responder: todos vão fazer tão bem a você quanto ao mundo e esse é o grande segredo para evitar o sofrimento.
Procure agir e pensar com sinceridade e de forma a fazer tão bem a si, quanto ao seu próximo ou a natureza. Não há nada de errado em fazer algo bom para você mesmo, desde que isso seja igualmente bom para as outras pessoas. O vice-versa também funciona bem, talvez até melhor.
Acredite, você pode mudar o mundo mudando a si próprio. Além disso, você pode ajudar a si próprio ajudando as outras pessoas.
Ainda lhe parece tão difícil assim?

OS PERIGOS DA LAMENTAÇÃO



Os Perigos da Lamentação
Dr. Adilson Rodrigues, FRC
Aprendemos muitas coisas nesta vida com os nossos pais e orientadores. E é na infância que se formam certos padrões de pensar, falar e reagir. A satisfação em viver e sentir a vida é um dos mais formidáveis aprendizados que podemos ter. Isto constitui uma fonte de saúde.
Com frequência observamos e encontramos pessoas insatisfeitas, aborrecidas e mal-humoradas. Acumulando insatisfações as pessoas ficam críticas e intolerantes e manifestam-se através da lamentação.
Seria a lamentação também um problema de aprendizado? Uma influência do pai ou mãe? Lamentar pode ser um hábito inconsciente. A pessoa nem percebe que está lamentando.
Lamentar é olhar o que você não tem. Seu oposto é o agradecimento que significa: olhar o que você tem e dar valor ao que tem. É a força do louvor.
·         A lamentação causa desgaste.
·         Quando você realiza uma tarefa reclamando o desgaste é duplo.
·         A pessoa submissa (obediente) mas revoltada, tem duplo desgaste.
·         A lamentação mata a esperança.
·         Talvez este seja o pior perigo da lamentação.
·         A lamentação atrai o negativo. As pessoas se afastam.
·         Os amigos positivos e agradáveis são sempre procurados.
·         A lamentação pode levar as pessoas a se sentirem vítimas.
·         Este sentimento de coitadinha pode levar a pessoa a se achar a única ou a pior sofredora do mundo.
·         Neste papel de vítimas as pessoas podem correr outro risco: o de se sentirem crianças e dependentes.
·         É um grande perigo para o seu desenvolvimento quando a pessoa, se sentindo incapaz, não mobiliza suas energias próprias: “por favor, façam por mim, a minha vida”.
·         A lamentação pode nos tomar passivos, doentinhos, esperando dos outros uma palavra de conforto.
·         E quando esta palavra de conforto não vem? O que sentimos?
A lamentação pode nos tomar um colecionador: “sempre quer mais”. Sabendo que a lamentação é um grande ladrão de energia, vamos ficar atentos. O poder do louvor, do agradecimento, da gratidão, é o seu oposto. Você conhece um ingrato “feliz da vida”? E você conhece uma pessoa agradecida que seja “triste da vida”?


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

O APÓS VIDA!

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O APÓS VIDA!

A morte ocorre no momento da separação do corpo psíquico do corpo físico. Também aprendemos que durante alguns dias o falecido ainda continua preso aqui, no corpo psíquico e, posteriormente, haverá aquilo que podemos chamar de “segunda morte”, quando a consciência abandona o corpo psíquico e vai ocupar o plano de consciência correspondente ao seu nível de evolução. Assim como o corpo físico do falecido fica sem vitalidade, sem consciência, ocorre o mesmo com o corpo psíquico que também não possui consciência, já que esta é um atributo da alma
Se a vida é movimento e ação é óbvio supor que a vida espiritual seja exatamente o oposto, de quietude e contemplação. Assim, a nossa consciência, nos planos espirituais em que ocupamos (o nível em que nos encontramos antes de nos iluminarmos ao atingir a consciência cósmica), não é agitada pelos fenômenos e acontecimentos (fatos) como ocorre no contato com a matéria.
Estamos vencendo nossa condição animal para, assim, nos humanizarmos. E, temos esta oportunidade toda vez que encarnamos e nos deparamos com situações criadas pelo ego que nos obrigam a profundas reflexões para vencê-las, através do sofrimento dos erros causados por ele mesmo. Certamente que estamos ainda no processo de humanização e, para tanto, precisamos vencer e superar nossa condição e tendência animal.
A conclusão lógica deste raciocínio é que quanto mais vezes uma personalidade-alma tenha se encarnado, mais o domínio do ego sobre esta é menos acentuado, da mesma forma que uma personalidade que esteja apenas em suas primeiras encarnações estará completamente dominada por ele.
A ideia que concebemos em relação ao após vida determina o nosso modo de viver. Certamente são as nossas crenças que têm nos impedido de alcançarmos a bela simplicidade das leis que envolvem o nascimento e a morte.
Hideraldo Montenegro F.R.C.