RAIVA E
FRUSTRAÇÃO... QUEM NUNCA???
Apesar de ser um sentimento natural de alarme, que
nos mostra quando algo não está indo bem e que precisamos mudar alguma direção,
a raiva pode ser um sentimento avassalador que destrói relacionamentos e tira
completamente o nosso equilíbrio!
Alguns conseguem lidar com a raiva e a frustração
mais positivamente, mas a maioria das pessoas, quando diante desses
sentimentos, não conseguem um bom autocontrole e explodem ou se calam e
implodem!
Durval é o nome do personagem que criei para ajudar
na narrativa do livro -Raiva e Frustração - Como lidar -
na intenção de estudarmos esses sentimentos.
Durval é uma pessoa igual a tantas outras que lida,
com sua vida e seus sentimentos, da melhor forma que pode e busca o que supõe
necessitar para viver feliz. Procura agir dentro de seus mais altos princípios,
mas em alguns momentos, mesmo não gostando de reagir desse modo, algo
incontrolável ocorre em seus sentimentos e ele perde a cabeça e ferve de raiva!
Algumas vezes ele até consegue se controlar e
evitar a explosão, mas isso acaba fazendo com que se sinta mal durante muito
tempo, se cobrando que deveria ter feito isso ou aquilo, deveria ter dito isso
ou aquilo. E passa, às vezes, dias seguidos remoendo os pensamentos, como que
ensaiando como deverá agir na próxima vez em que aquele fato ocorrer.
A tal próxima vez chega, e ele esquece todos os
ensaios anteriores, repetindo o mesmo tipo de conduta emocional que tanto mal
lhe faz.
As explosões de Durval colocam em risco os seus
relacionamentos. Alguns amigos já se afastaram, pois não suportam viver ao lado
de alguém que mais parece uma bomba-relógio, pronta para explodir a qualquer
momento. As explosões de Durval fazem com que todos se sintam muito
constrangidos!
E se tentarem pedir calma, ele se irrita ainda
mais, fazendo longos discursos em defesa de sua razão de estar tão indignado!
Mas não é a sua motivação que está necessariamente errada, e sim, sua forma de
lidar com os eventos!
Na verdade, Durval não gosta de ser assim! Ele tem
medo de que um dia desses, seu coração estoure, pois quando é acometido por um
ataque de raiva, tem taquicardia, sua pressão sanguínea sobe e sua respiração
fica ofegante.
Porém, antes que consiga raciocinar, já explodiu!
Depois, Durval sente muita vergonha de ter se comportado dessa forma. E às
vezes não há, sequer, como ele tentar pedir desculpas e ser perdoado, devido à
gravidade de suas atitudes. Durval quer mudar, mas não sabe como!
Todos temos um certo lado Durval! Às vezes lidamos
melhor, nos controlamos a tempo de raciocinar e não permitir que a emoção tome
conta, outras nem tanto.
O
PRIMEIRO PASSO É ADMITIR O QUE SENTE:
A primeira coisa que precisamos fazer ao ficarmos
frente a frente com algum sentimento incômodo, seja ele qual for, é admiti-lo.
Precisamos admitir o que estamos sentindo, sem
tentarmos minimizar o sentimento!
Dizer para nós mesmos o que estamos sentindo de
verdade pode parecer ser extremamente simples. Mas seria, de fato, sempre real
a nossa avaliação do que estamos sentindo?
Muitas vezes, nossa percepção da realidade, do que
de fato sentimos, estará mascarada, pois podemos estar escondendo de nós mesmos
um sentimento que não aprovamos que não queremos ver, por achá-lo mau, indigno
ou até mesmo perverso!
RAIVA
É UMA EMOÇÃO DE ASSALTO E ALARME:
De todas as emoções, talvez a raiva seja a mais
difícil de ser controlada! Isso porque é uma emoção aparentemente repentina,
imprevisível e que nos pega de assalto.
Essa conturbada emoção funciona como um alarme, um
alerta de que algo externo nos põe supostamente em perigo, seja esse perigo
real ou apenas imaginário.
A raiva, seja ela explosiva ou não, é um tipo
determinado de reação que nos avisa de que algo em nossas expectativas foi
frustrado. Raiva é frustração!
A raiva pode ser uma reação de alarme e
autopreservação, que pode nos servir para mostrar que algo não está exatamente
como prevíamos, e que precisamos assumir alguma postura de lutar ou fugir de
algum perigo físico eminente.
Pode ser, também, o soar de um alarme interno para
que observemos melhor nossas expectativas, percebendo qual desejo nosso foi
frustrado e qual o novo rumo a seguir em direção à meta.
Nesse sentido, quando percebida antes da explosão,
a raiva pode ser vista como um alerta positivo, pois foi imediatamente
direcionada para um foco interno e produtivo e não de ataque. Porém esse alarme
pode extrapolar para sentimentos destrutivos, que geram violência física ou
moral, quando nosso olhar se volta apenas para o externo.
Nesse caso, vemos o evento externo e as pessoas
envolvidas como sendo nossos inimigos e como algo a ser controlado à força ou
destruído.
VONTADE
DE CONTROLAR OS EVENTOS OU AS PESSOAS:
Esse é o tipo de pensamento que precisa ser
trabalhado em quem tem problemas em lidar com a raiva e a frustração.
Não há como pretendermos controlar totalmente os
eventos e muito menos as pessoas!
Só podemos controlar a nós mesmos!
Não temos aqui, espaço para trabalhar todos os
aspectos envolvidos, mas esses e outros sentimentos destrutivos são amplamente
discutidos e trabalhados em diversos de nossos livros, textos e cursos. Procure
as postagens relativas, aqui em nosso Blog!
Poder trabalhar esses sentimentos, entendê-los e
também aprender a lidar com pessoas que costumam ter esse tipo de reação é
vital para a nossa saúde emocional e de nossos relacionamentos!
Vale a pena trabalhar esses sentimentos que podem
estar destruindo sua vida e autoestima!
Pois quanto mais nos sentirmos impotentes e
frustrados, mais nosso poder pessoal sofre e, com isso, nossa autoestima,
também.
Desapegar, não é largar o que é importante para o
nosso crescimento como seres humanos! É soltar as amarras, o peso excedente,
fútil e desnecessário, os lastros que nos auto impomos!
Se formos totalmente honestos conosco, ao fazermos
uma lista de nossas reais necessidades, constataríamos a quantidade imensa de
penduricalhos que carregamos! Penduricalhos emocionais, mentais e materiais!
Somos acumuladores inconscientes! Guardamos muito lixo!
Como, com tantos apegos e amarras, podemos
pretender virar alguma página de nossa vida?
Precisamos fazer uma lista consciente! Ter plena
consciência de nossas escolhas e o que é de fato importante para a nossa vida
emocional, mental, material e espiritual também! Temos muitas facetas de nós
mesmos para cuidar! Qualquer sobrepeso é nefasto!
Cada situação de nossa vida carrega consigo um ônus
a ser pago e um bônus a receber! Quando a balança está equilibrada, sequer
percebemos o ônus como sacrifício! É apenas algo a ser feito, de bom grado! Mas
quando a balança desequilibra e pende somente para o ônus, tudo fica difícil,
sacrificante e, o suposto bônus, não parece compensar! Esse é o nosso sinal
para soltarmos os lastros, pois existe sobrepeso em nossa balança!
Não adie sua vida por muito tempo! Descubra o que
está acumulando desnecessariamente, desapegue e viva diversas vidas!
Viver muito tempo pode não estar totalmente sob o
nosso controle, mas viver bem está!
Compartilhando de uma amiga
Nenhum comentário:
Postar um comentário