À MINHA E A TODAS AS MÃES DESTE MUNDO! (Neste
Dia das Mães)
Minha mãe foi, com certeza, a mulher que mais
profissões exerceu em toda sua longa vida, sem ter sequer concluído o curso
fundamental.
Tudo que ela aprendeu foi nas primeiras quatro séries que cursou, quando criança. Contudo, era de uma sabedoria sem par.
Descobri que minha mãe era uma decoradora de grandes qualidades, à medida que eu crescia e observava que ela sempre tinha um local no melhor móvel da casa, para as pequenas coisas que fazia na escola, meus irmãos ainda eram bem menores e não iam à escola.
Em nossa casa da estrada, nunca faltou espaço para colocar os desenhos.
Tudo, tudo ganhava um espaço privilegiado. E tudo ficava lindo, no lugar que ela colocava.
Descobri que minha mãe era uma diplomata, formada na melhor escola do mundo, nosso lar, todas as vezes que ela resolvia os pequenos conflitos entre meus irmãos e eu.
Fosse a disputa, pela bola, pelo último bocado de bolo, de forma elegantemente diplomática ela conseguia resolver. E a solução, embora pudesse não agradar a todos, era sempre a mais viável, correta, honesta ponderada. A todos aconselheva, ajudava a tomar decisões, sempre sábias!
Descobri que minha mãe era uma escritora de raro dom, quando eu precisava colocar no papel as ideias desencontradas de minha cabecinha infantil.
Ela me fazia dizer em voz alta as minhas ideias e depois ia me auxiliando a juntar as sílabas, compor as palavras, as frases, para que a redação saísse a contento, por vezes escritas no papel de pão, lembra-se?
Tudo que ela aprendeu foi nas primeiras quatro séries que cursou, quando criança. Contudo, era de uma sabedoria sem par.
Descobri que minha mãe era uma decoradora de grandes qualidades, à medida que eu crescia e observava que ela sempre tinha um local no melhor móvel da casa, para as pequenas coisas que fazia na escola, meus irmãos ainda eram bem menores e não iam à escola.
Em nossa casa da estrada, nunca faltou espaço para colocar os desenhos.
Tudo, tudo ganhava um espaço privilegiado. E tudo ficava lindo, no lugar que ela colocava.
Descobri que minha mãe era uma diplomata, formada na melhor escola do mundo, nosso lar, todas as vezes que ela resolvia os pequenos conflitos entre meus irmãos e eu.
Fosse a disputa, pela bola, pelo último bocado de bolo, de forma elegantemente diplomática ela conseguia resolver. E a solução, embora pudesse não agradar a todos, era sempre a mais viável, correta, honesta ponderada. A todos aconselheva, ajudava a tomar decisões, sempre sábias!
Descobri que minha mãe era uma escritora de raro dom, quando eu precisava colocar no papel as ideias desencontradas de minha cabecinha infantil.
Ela me fazia dizer em voz alta as minhas ideias e depois ia me auxiliando a juntar as sílabas, compor as palavras, as frases, para que a redação saísse a contento, por vezes escritas no papel de pão, lembra-se?
Que grande professora era ela, pois quando
entrei na escola ela já havia me alfabetizado...
Descobri que minha mãe era enfermeira, com menção honrosa, toda vez que nós nos machucávamos.
Ela lavava nossos joelhos ralados, as feridas abertas no roçar das paredes, no arame farpado, no cair do muro, no estatelar-se no chão de terra...
Depois, passava o produto antisséptico e sabia exatamente o que usaar para cada ferimento.
Descobri que minha mãe cursara a mais famosa Faculdade de Psicologia, quando ela conseguia, apenas com um olhar, descobrir a arte que tínhamos acabado de aprontar, o vaso que tínhamos quebrado ou outros...
E, depois, já quase na adolescência, a frustração de um passeio que não deu certo, um desentendimento na escola; lembra mãe? Quando atirei um seixo na testa do primo Moisés, no caminho da escola, das Moreirinhas pra A Do Cavalo?
Era uma analista perfeita. Sabia sentar-se e ouvir, ouvir e ouvir. Depois, buscava nos conduzir para um estado de espírito melhor, propondo algo que nos recompusesse o íntimo e refizesse o ânimo.
Era também pós graduada em Teologia. Sua ciência a respeito de Deus transcendia o conteúdo de alguns livros existentes no mundo.
O seu era o ensino que nos mostrava a gota a cair da folha verde na manhã orvalhada e reconhecer no cristal puro, a presença de Deus.
Que nos apontava a fúria do temporal, os vendavais que levavam as telhas do telhado da nossa casa... a neve que cobria os telhados e por vezes até os arriava um pouco e dizia: Deus vela e cuisa de nós... Não se preocupem!
Que nos alertava a não arrancar as flores das campinas porque estávamos pisando no jardim de Deus. Um jardim que Ele nos cedera para nosso lazer, e que devíamos preservar.
Ah, sim. Ela era uma ecologista nata. E plantava árvores, flores e vegetais com o mesmo amor. Árvores de frutas, muitas eram plantadas por ela e pela avó Maria, pelo pai também, lembra-se? Quando colhia as verduras e legumes para as nossas refeições e dizia: Não vamos recolher tudo. Deixemos um pouco para os passarinhos. Eles alegram o nosso dia e merecem o seu salário...
Também deixava uns morangos vermelhinhos bem à mostra no canteiro exuberante, para que eles pudessem saboreá-los. Ah! Que morangos deliciosos... e as cerejas, as ginjas, os marmelos, as peras, as uvas... nosso pomar era magnífico! Era ela, o pai e a avó que cuidavam de tudo...
Era sua forma de manifestar sua gratidão a Deus pelos Seus cuidados: alimentando as Suas criaturinhas também...
Minha mãe, além de tudo, também foi exímia cozinheira, arrumadeira, passadeira, babá, lavradora, comerciante.. lembra-se de nossa Taberna? Lembra-se da marmelada que fazia dos marmelos do pomar? Ah! E os queijos na queijeira pra secar? Ah! Que saudades! E tudo isso em tempo integral.
Como ela conseguia, eu não sei. Somente sei que agora ela está na Espiritualidade. E Deus, como recompensa, por tantas profissões desempenhadas na Terra, lhe deu uma missão muito, muito especial: a de Anjo Guardião de seus filhos que ficaram na bendita escola terrena para aprenderem com seu exemplo a serem pessoas de Bem como ela foi, sempre!
Descobri que minha mãe era enfermeira, com menção honrosa, toda vez que nós nos machucávamos.
Ela lavava nossos joelhos ralados, as feridas abertas no roçar das paredes, no arame farpado, no cair do muro, no estatelar-se no chão de terra...
Depois, passava o produto antisséptico e sabia exatamente o que usaar para cada ferimento.
Descobri que minha mãe cursara a mais famosa Faculdade de Psicologia, quando ela conseguia, apenas com um olhar, descobrir a arte que tínhamos acabado de aprontar, o vaso que tínhamos quebrado ou outros...
E, depois, já quase na adolescência, a frustração de um passeio que não deu certo, um desentendimento na escola; lembra mãe? Quando atirei um seixo na testa do primo Moisés, no caminho da escola, das Moreirinhas pra A Do Cavalo?
Era uma analista perfeita. Sabia sentar-se e ouvir, ouvir e ouvir. Depois, buscava nos conduzir para um estado de espírito melhor, propondo algo que nos recompusesse o íntimo e refizesse o ânimo.
Era também pós graduada em Teologia. Sua ciência a respeito de Deus transcendia o conteúdo de alguns livros existentes no mundo.
O seu era o ensino que nos mostrava a gota a cair da folha verde na manhã orvalhada e reconhecer no cristal puro, a presença de Deus.
Que nos apontava a fúria do temporal, os vendavais que levavam as telhas do telhado da nossa casa... a neve que cobria os telhados e por vezes até os arriava um pouco e dizia: Deus vela e cuisa de nós... Não se preocupem!
Que nos alertava a não arrancar as flores das campinas porque estávamos pisando no jardim de Deus. Um jardim que Ele nos cedera para nosso lazer, e que devíamos preservar.
Ah, sim. Ela era uma ecologista nata. E plantava árvores, flores e vegetais com o mesmo amor. Árvores de frutas, muitas eram plantadas por ela e pela avó Maria, pelo pai também, lembra-se? Quando colhia as verduras e legumes para as nossas refeições e dizia: Não vamos recolher tudo. Deixemos um pouco para os passarinhos. Eles alegram o nosso dia e merecem o seu salário...
Também deixava uns morangos vermelhinhos bem à mostra no canteiro exuberante, para que eles pudessem saboreá-los. Ah! Que morangos deliciosos... e as cerejas, as ginjas, os marmelos, as peras, as uvas... nosso pomar era magnífico! Era ela, o pai e a avó que cuidavam de tudo...
Era sua forma de manifestar sua gratidão a Deus pelos Seus cuidados: alimentando as Suas criaturinhas também...
Minha mãe, além de tudo, também foi exímia cozinheira, arrumadeira, passadeira, babá, lavradora, comerciante.. lembra-se de nossa Taberna? Lembra-se da marmelada que fazia dos marmelos do pomar? Ah! E os queijos na queijeira pra secar? Ah! Que saudades! E tudo isso em tempo integral.
Como ela conseguia, eu não sei. Somente sei que agora ela está na Espiritualidade. E Deus, como recompensa, por tantas profissões desempenhadas na Terra, lhe deu uma missão muito, muito especial: a de Anjo Guardião de seus filhos que ficaram na bendita escola terrena para aprenderem com seu exemplo a serem pessoas de Bem como ela foi, sempre!
Que orgulho, MÃE querida, ser sua filha e tenho
certeza de que dos meus irmãos também!
Obrigada, minha MÂE por ter me escolhido para
ser sua filha. Sei que ainda haveremos de estar junto muitas vidas...
Receba esta minha homenagem neste Dia das Mães!
Beijo muito carinhoso, onde a senhora estiver e
sei que o receberá.
Sua filha Lourdes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário