A PAZ DO CORAÇÃO.
A paz
do coração está ligada à vida emocional e sentimental. É óbvio que essa paz é
impossível de ser adquirida por todos aqueles que abrigam pensamentos de ódio,
maldade, inveja, ciúme, vingança, intolerância e demais sentimentos que os
tornam escravos de si mesmos.
Esses
sentimentos criam desordens emocionais muito destrutivas. Na verdade, dão
margem a uma forma de envenenamento mental que afeta o equilíbrio do nosso
corpo psíquico e, por consequência, a harmonia do corpo físico.
Esse
veneno emocional é, como vemos, um inimigo, tanto para a paz do coração quanto
para a paz do corpo. Por consequência, ele vai levando progressivamente à
autodestruição do Ser.
Muito
raros são os seres humanos que nunca passam ou nunca passaram pela experiência
da guerra interior, provocada pelos pensamentos negativos.
Temos
os meios para neutralizar o efeito destrutivo de nosso pensamento negativo e, o
que é extremamente importante, a possibilidade de nos proteger de pensamentos
maus que outras pessoas possam ter a nosso respeito.
Quando
for necessário anular as consequências nocivas de nossos próprios pensamentos
discordantes, basta reconhecê-los pelo que são no momento em que surgem em
nossa mente e transformá-los em pensamentos positivos e construtivos.
Não
se combate um pensamento negativo reprimindo-o ou criando uma relação de forças
com ele. É muito mais produtivo trazê-lo à luz, analisá-lo, aceitá-lo e
substituí-lo por um pensamento de natureza oposta.
Querer
combater frontalmente nossos pensamentos negativos seria atribuir-lhes uma
importância ainda maior, mais forte presença, além de acentuar seus efeitos
perniciosos.
É
mais sábio substituí-los por pensamentos construtivos, realizando assim uma
transmutação mental e emocional.
Nesse
sentido, a prece é a chave do coração, que nos possibilita levar a bom termo
essa alquimia mental e emocional. Assim, quando percebermos um pensamento de
ódio, nem que seja só por um segundo, devemos entronizar um pensamento de amor
em nosso coração e ali mantê-lo por vários instantes.
Se a
sombra do ciúme ou da inveja paira sobre nós, devemos substitui-la pela luz da
alegria compartilhada. Se o espectro da vingança se desenha por trás de nossas
emoções, devemos transformá-la em uma imagem vívida de perdão.
Efetuando
sistematicamente essa substituição mental e emocional, neutralizamos os efeitos
destrutivos de nossos próprios pensamentos negativos e vivenciamos a Paz do
Coração.
Quando
nos sentirmos agredidos por pensamentos negativos que outras pessoas abriguem a
nosso respeito, cabe-nos ignorá-los, ou, no mínimo, negar-lhes uma importância
tal que eles acabem por suscitar em nós pensamentos igualmente negativos, o que
nos tornaria vítimas e cúmplices da maldade alheia e faria de nós mesmos os
culpados por nosso próprio envenenamento mental.
Ao
invés disso, envolvamo-nos com o manto místico que nos torna insensíveis aos
ataques da ignorância e façamos o bem sem nos preocuparmos com o que corações
inimigos possam pensar de nós.
Estas
poucas sugestões se referem à responsabilidade que assumimos quando deixamos a
guerra mental e emocional corroerem a paz do nosso coração. Essa paz, não
obstante, pode ser também lesada por acontecimentos problemáticos que não foram
necessariamente causados por nós.
A
vida de todos nós, desde o nascimento até a morte, é marcada por dores de
diferentes graus, que perturbam consideravelmente nosso equilíbrio interior.
A falta de afeto, as decepções sentimentais, a
dor das separações, o profundo desalento que advém da perda de um ente querido,
são problemas emocionais que afetam a paz do coração. Nesse caso, devemos ir
buscar na espiritualidade o conforto de que tanto necessitamos.
Por
outro lado, uma vez que recebemos, na medida em que damos, temos o dever de
irradiar pensamentos de amor, compaixão e conforto para todos os que sofrem em
seu coração, para auxiliá-los a realizar com êxito a alquimia emocional, que
lhes propiciará a paz do coração, e, algum dia, a volta da alegria de viver.
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