A CARREIRA
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As camionetas da Viúva Monteiro
As saudosas camionetas da carreira
Percorriam as estradas o dia inteiro
Entre Vilas e Aldeias da minha Beira
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Davam as sete da manhã no campanário
Quando ela se aprumava no Pocinho
Franqueando as portas do seu relicário
Para quem precisasse de fazer caminho
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E, pelas sete da noite ou do sol pôr
Voltava empoeirada a fumegar
Cumprindo os seus horários com rigor
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E, nós, a canalhita daquela altura
Exibíamos a idade da candura
Indo atrás dela para a apanhar
Georgina Ferro
Ah! como me lembro da última vez que a peguei pra Celorico da beira, e de lá o comboio pra Lisboa.
Foi dia 30 de abril de 1953 a caminho do Brasil.
SAUDADES!!!
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