O AMOR ... É A LEI!
Embora o amor seja humanamente
expresso e humanamente concentrado, é sem dúvida uma emoção divina. Pelo menos,
é a mais divina, a mais infinita de todas as emoções que permeiam a consciência
humana.
O amor, em sua plenitude e perfeição,
é a suprema dádiva às dignidades essenciais do homem. Foi o amor que fez do
homem animista uma imagem de seu criador e o tornou ímpar no universo. O amor
constitui a ligação eterna, indestrutível, do homem com o Ser Maior.
Nas espécies inferiores do reino
animal, percebe-se os sentimentos de adoração, afeição ou estima compreensiva.
Estes, todavia, não se assemelham, em essência ou efeito, ao sentimento de amor
de que é capaz a consciência humana.
O cão, o cavalo e outros animais de
sentimentos domésticos desenvolvidos podem expressar simpatia, estima, lealdade
e companheirismo em alto grau. Estas emoções provêm do raciocínio elementar ou
dos impulsos finitos.
O amor provém da intuição cósmica, da
inspiração infinita, e raramente está em concordância com o raciocínio finito,
do qual jamais se deriva.
O amor é criativo. Aumenta como
decorrência de sua expressão. Não pode gastar-se nem se consumir. Amor gera
amor; ele busca seu próprio poder em todas as partes, e sublima-se em sua
devoção.
O amor é reativo. Aperfeiçoa a pessoa
do amante à proporção que este sublima o ideal de seu amor. O amor do belo e
pelo belo promove maior percepção de tudo que é belo. O amor pela nobreza da
vida transforma essa nobreza em sensação. O amor pelos valores espirituais (nas
relações humanas e universais) imprime o valor do espírito em nossa
compreensão.
Aquele que ama constrói o ser amado
com o melhor potencial que existe dentro dele. Antoine de Saint-Exupéry
escreveu que o amor é o processo “… pelo qual eu levo delicadamente o ser amado
ao encontro de si mesmo…”.
À medida que o ser humano aumenta o
amor, aumenta a harmonização com seu interior, seu centro, com seu criador,
pois é sua essência. Às vezes o amor surge espontaneamente, mas é infantil. O
desejo superficial leva a uma infelicidade profunda quando insistimos nele.
Porém o amor é sempre positivo, jamais neutro. A ausência de amor permite que o
ódio, a inveja, o ciúme e o egoísmo venham a se manifestar. O amor não pode ser
restringido e ainda ser verdadeiro. A autossuficiência e a autossatisfação são
concepções pessoais, elas expressam um falso amor e geram o egoísmo.
Quando em contato com o que há de
melhor dentro de si mesmo, o ser que ama é capaz de perceber o que há de melhor
no ser amado.
Expressemos reconhecimento pela vida,
ao conhecimento e pelo próprio amor. Permitamos que o amor ilumine nossa vida e
a vida de nosso semelhante. Envolvamo-nos em uma crescente corrente de amor
dissipando as sombras da tristeza e da depressão. Uma lei universal propiciará
a todos os seres a concretização de seus mais acalentados desejos. A lei está
em nosso interior. O Amor é a Lei!
Compartilhado - AMORC
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