EDUCAÇÃO É UMA COISA... AMOR É OUTRA!
PAIS, RESPONSÁVEIS, CUIDADORES...!
Hoje presenciei a cena de uma mãe “obrigando” um garotinho a beijar a
vovó quando ele não queria, mas a mãe sentia-se na obrigação de apresentar essa
atitude da criança àquela avó. Ahhh, a cara da vovó de desaprovação ao mal
criado e à mamãe incompetente davam dó. Dó da criança e da mãe.
Lembrei dos meus filhos... tenho dois que hoje já são homens
lindos e que fizeram isso muitas vezes.
O meu pequeno dava a cabeça para beijar quando
insistíamos no cumprimento. Naquela época eu não sabia e insistia um pouco, não
muito a ponto de forçá-los, mas me sentia mal, como uma mãe ruim que não dá
educação ao filho... Claro, naquela
época eu estava bem dentro da caixinha das idealizações onde me colocaram.
Hoje, bem fora dela, vejo tudo diferente e acho que
vale a informação de que, principalmente no primeiro setênio, ou seja, nos
primeiros sete anos da sua vida, a criança aprende pelo exemplo, imitando os
adultos com quem convive. Nessa fase nem tanto importam as lições morais ou
valores que tentamos lhes transmitir verbalmente.
Por isso, pensem... não os obriguem a amar parentes
ausentes, distantes, ou que são próximos, mas que simplesmente não se importam
com eles, apenas por terem laços de sangue.
Cabe aos adultos criarem vínculos com os pequenos.
Ou não. Vai da disposição de cada um, porque dá trabalho mesmo, demanda tempo
mesmo… Apenas não lhes cobrem um amor e uma intimidade que não receberam.
Relacionamentos precisam ser cultivados, não
forçados...
Hoje já sabemos que o bebê sente tudo durante sua
gestação, inclusive e principalmente o amor e a rejeição.
A gente colhe aquilo que plantou, e seria muito
cruel ensinar esses seres que nos foram confiados a serem dissimulados e
fingirem o que não sentem. Nossa obrigação como guardiões é manter sua alma, sua
espontaneidade, deixá-los SER o que são e fazer o que vieram realizar.
Educação é uma coisa, amor é outra.
Ah! meus
filhos, sobreviveram a tudo e estão muito bem, obrigada!
Com amor.
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