A CASA DO JARDIM DE TULIPAS
Por muitos anos uma senhora em nossa vizinhança foi notada por seu belo
jardim de tulipas.
Passar por aquela exposição
colorida fazia o coração cantar; seu jardim era um grande representante da
beleza da Terra.
Ao lado de sua casa era o desleixado lar de um solteirão.
Sua cerca estava quebrada, mato espalhado por toda parte e a pintura
descascando.
Tais extremos de aparência, creio, não podem coexistir por muito tempo.
Os vizinhos se perguntavam por que a senhora não reclamava.
Mas nenhum confronto jamais ocorreu.
O lindo jardim de tulipa e o terreno sujo permaneceram os mesmos por
muito tempo.
Mas nesta primavera, algo inusitado aconteceu.
Descendo a rua, fui surpreendida ao ver algumas fileiras de coloridas
tulipas na frente da velha casa do homem.
O resto do terreno ainda estava um desastre, mas as tulipas eram
deslumbrantes.
Curioso, parei meu carro e caminhei até a casa da senhora.
Ela estava do lado de fora cuidando com carinho de suas flores.
- Olá! Cumprimentei.
Eu gosto de sempre dar uma
paradinha para admirar suas lindas tulipas.
- Obrigada, ela disse sorrindo.
Se você puder esperar um pouquinho, eu corto algumas para você levar.
Não duram muito tempo, mas podem
iluminar uma sala!
Em pouco tempo, ela tinha cortado uma dúzia de deslumbrantes flores para
mim.
Agradeci e disse,
- Notei que seu vizinho também plantou tulipas.
- Oh, não, ela disse, piscando para mim.
Eu plantei essas flores para o Sr. James.
Ele perdeu sua esposa há alguns anos e suas crianças cresceram e se
mudaram para longe.
Ele vive uma amarga vida
solitária, suspirou. Eu chamo o que fiz de minha trama de esperança.
- Trama de esperança? Perguntei sem ter entendido o que ela quis dizer.
- Sim, para devolvê-lo à esperança de que seu lar pode ser lindo
novamente, que ainda há bondade na vida e fazê-lo saber que Deus o ama tanto
quanto me ama.
Agarrei meu buquê de tulipas e deixei aquele jardim sentindo que tinha
aprendido muito mais sobre o significado de amor fraternal.
Para tratar as coisas sabiamente basta fazer com bondade.
Que nós possamos também, oferecer esperança em vez de crítica.
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