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sábado, 27 de agosto de 2022

QUAL É O SENTIDO DA VIDA...?

 


 

QUAL É O SENTIDO DA VIDA?

 

Apesar de um pouco engraçado o final dessa história, ela nos trás verdadeiras lições...

Reflitam!!

As sandálias do discípulo ressoavam surdamente nos degraus de pedra que levavam aos porões do velho mosteiro.

Empurrou a pesada porta de madeira que cerrava os aposentos do ancião.

E custou a localizá-lo na densa penumbra, o rosto velado por um capuz, sentado atrás de enorme escrivaninha, onde, apesar do escuro, fazia anotações num grande livro, tão velho quanto ele.

E o discípulo o inquiriu:

- Mestre, qual o sentido da vida?

O idoso monge, permanecendo em silêncio, apenas apontou um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede.

Logo após, seu indicador ossudo e encarquilhado mostrou, no alto do aposento, o vidro da janela, opaco sob décadas de poeira e teias de aranha.

O discípulo pegou o pano e subiu em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros.

Conseguiu alcançar a vidraça e começou então a esfregá-la com vigor, retirando a sujeira que impedia sua transparência.

O sol inundou o aposento, banhando com sua luz estranhos objetos, instrumentos raros e dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações e signos cabalísticos.

O discípulo, sem caber em si de contentamento, a fisionomia denotando o brilho da satisfação, declarou:

- Entendi, mestre.

- Devemos nos livrar de tudo que ATRAPALHE nosso aprendizado...

Retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem O RECEBER da luz do conhecimento e então enxergaremos A VERDADE, com mais nitidez.

O jovem discípulo fez então uma reverência, e deixou o aposento, agora iluminado, a fim de dividir com os outros a lição recém aprendida.

O velho monge, o rosto enrugado ainda encoberto pelo largo capuz, os raios do sol da manhã banhando-o com uma claridade a que se desacostumara, olhou o discípulo se afastando.

Deixou escapar um tênue sorriso e pensou:

- Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga!

E murmurou baixinho:

- Eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu.

Autor do Texto: Hugo Pinto Homem

Queridos Amigos!!

O principal sentido da vida é a nossa própria evolução... Procurar encontrar as respostas para nossas perguntas... "Ninguém é tão sábio que não tenha algo pra aprender e nem tão tolo que não tenha algo pra ensinar."

Blaise Pascal

Velho Sábio!!

 


A CASA DO JARDIM DE TULIPAS

 





A CASA DO JARDIM DE TULIPAS

 

Por muitos anos uma senhora em nossa vizinhança foi notada por seu belo jardim de tulipas.

 Passar por aquela exposição colorida fazia o coração cantar; seu jardim era um grande representante da beleza da Terra.

 

Ao lado de sua casa era o desleixado lar de um solteirão.

Sua cerca estava quebrada, mato espalhado por toda parte e a pintura descascando.

Tais extremos de aparência, creio,  não podem coexistir por muito tempo.

Os vizinhos se perguntavam por que a senhora não reclamava.

Mas nenhum confronto jamais ocorreu.

O lindo jardim de tulipa e o terreno sujo permaneceram os mesmos por muito tempo.

Mas nesta primavera, algo inusitado aconteceu.

Descendo a rua, fui surpreendida ao ver algumas fileiras de coloridas tulipas na frente da velha casa do homem.

O resto do terreno ainda estava um desastre, mas as tulipas eram deslumbrantes.

Curioso, parei meu carro e caminhei até a casa da senhora.

Ela estava do lado de fora cuidando com carinho de suas flores.

- Olá! Cumprimentei.

 Eu gosto de sempre dar uma paradinha para admirar suas lindas tulipas.

- Obrigada, ela disse sorrindo.

Se você puder esperar um pouquinho, eu corto algumas para você levar.

 Não duram muito tempo, mas podem iluminar uma sala!

Em pouco tempo, ela tinha cortado uma dúzia de deslumbrantes flores para mim.

 Agradeci e disse,

- Notei que seu vizinho também plantou tulipas.

- Oh, não, ela disse, piscando para mim.

Eu plantei essas flores para o Sr. James.

Ele perdeu sua esposa há alguns anos e suas crianças cresceram e se mudaram para longe.

 Ele vive uma amarga vida solitária, suspirou. Eu chamo o que fiz de minha trama de esperança.

- Trama de esperança? Perguntei sem ter entendido o que ela quis dizer.

- Sim, para devolvê-lo à esperança de que seu lar pode ser lindo novamente, que ainda há bondade na vida e fazê-lo saber que Deus o ama tanto quanto me ama.

Agarrei meu buquê de tulipas e deixei aquele jardim sentindo que tinha aprendido muito mais sobre o significado de amor fraternal.

 

Para tratar as coisas sabiamente basta fazer com bondade.

Que nós possamos também, oferecer esperança em vez de crítica.

 

QUAL É O SEU VALOR?

 


QUAL É O SEU VALOR?

“Um pai disse ao filho: - Você se formou com honra, aqui está um 'Volkswagen' que eu comprei há muitos anos ...

Tem mais de 50 anos, mas antes de eu dar a você, leve-o ao estacionamento do centro e diga a eles: "Quero vendê-lo" e descubra quanto eles oferecem a você. O filho foi ao estacionamento, voltou para o pai e disse:

- Eles me ofereceram 2.000 porque parece muito desgastado. O pai disse:

- Leve-o à loja de penhores. O filho foi à loja de penhores, voltou e disse-lhe: - A loja de penhores ofereceu apenas 1.000, supostamente porque o carro é muito antigo.

Finalmente, o pai pediu ao filho para ir a um clube de carros antigos e mostrar-lhes o carro.

O filho levou o carro ao clube, voltou e disse ao pai:

- Algumas pessoas no clube ofereceram 70.000! para ele, uma vez que é um carro único e procurado entre os membros do clube.

O pai disse ao filho:

- Eu queria que você soubesse que o lugar certo valoriza você da maneira certa!

Se você não é valorizado, não fique com raiva, isso significa que você está no lugar errado;

"Quem conhece sabe realmente o valor que tem!"

 

 

 


BONDADE/SOLIDARIEDADE

 





BONDADE/SOLIDARIEDADE

Aquele moço seguia todos os dias pelo mesmo caminho. Em suas viagens diárias do subúrbio, onde morava, ao centro da cidade, onde trabalhava, o trem sempre passava por um viaduto de onde se podia ver o interior de alguns apartamentos no prédio localizado em nível inferior.

Naquele lugar o trem diminuía a velocidade e por isso o rapaz podia observar através da janela de um dos apartamentos, uma senhora idosa deitada sobre a cama. Ele via aquela cena há mais de um mês. A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava.

O jovem teve pena dela e desejou vê-la restabelecida.

Num domingo, achando-se casualmente naquelas imediações, cedeu a um impulso sentimental e foi até o prédio onde a senhora morava.

Perguntou ao porteiro o nome da anciã e depois lhe enviou um cartão com votos de restabelecimento, assinando apenas: "Um rapaz que passa diariamente de trem."

Dali a uma semana mais ou menos, a caminho de casa no trem, o jovem olhou como sempre, para a janela. No quarto não havia ninguém e a cama estava cuidadosamente arrumada.

No parapeito da janela, porém, estava afixado um pequeno cartaz escrito à mão e iluminado por uma lâmpada de cabeceira. Mostrava apenas uma frase singela de gratidão, dizendo: "Deus o abençoe"

Aquele jovem do trem não tinha outra intenção a não ser ajudar anonimamente a uma pessoa desconhecida, atendendo a um apelo do seu coração generoso. E é por essas e outras razões que vale a pena acreditar que ainda encontramos pessoas boas no mundo.

Um gesto de solidariedade não custa nada, não tem contraindicação e está ao alcance de todos.


A LIÇÃO DO SILÊNCIO

 


A LIÇÃO DO SILENCIO

Um fazendeiro descobriu que tinha perdido o relógio no celeiro, muito valioso e de grande valor sentimental.


Após extensa procura em vão, ele recorreu à ajuda de um grupo de crianças e prometeu uma valiosa recompensa para quem encontrasse o seu relógio. 

Quando o fazendeiro estava prestes a desistir, um menino lhe pediu uma chance para tentar, já que todos os outros não conseguiram.

Por que não? Seria uma tentativa a mais.
Então, o fazendeiro autorizou o menino a entrar no celeiro .


Depois de um tempo, o menino saiu com o relógio em sua mão!!!
Todos ficaram espantados. Então o fazendeiro perguntou: “Como conseguiu encontrar?”
O menino respondeu: “Eu não fiz nada a não ser ficar sentado no chão.
No silêncio, eu escutei o tique-taque do relógio e apenas olhei para a direção certa.”
Uma mente em Paz pode pensar melhor do que uma mente confusa.

Dê alguns minutos de silêncio à sua mente todos os dias, pois assim você ouvirá a voz de Deus que te conduzirá na direção certa e lhe ajudará a definir a sua vida!
Que nós possamos silenciar, porque só no silêncio, podemos ouvir a voz de DEUS..

 

 


NÓ NO LENÇOL

 



NÓ NO LENÇOL

Numa reunião de pais, numa escola da periferia de uma grande cidade, a diretora incentivava o apoio que os pais deveriam dar aos filhos.

 Ela insistia que eles deveriam dar um jeito e mesmo encontrando-se todos a trabalhar fora, deviam encontrar uma forma de se fazer presentes.

 Ela ficou muito surpresa quando um pai levantou e contou, no seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de ver o filho durante a semana, pois quando ele muito cedo saía para trabalhar, a criança ainda estava a dormir.

Depois à noite quando voltava, já era tarde e o filho tinha ido para a cama.

Se ele não tivesse esse horário não teria como sustentar a sua família.

Ele tentava redimir-se  beijando o filho todas as noites quando chegava em casa.

E, para que o filho tivesse certeza da sua presença, dava um nó na ponta do lençol.

Isso acontecia religiosamente todas as noites!

Quando o menino acordava, sabia através do nó, que o pai havia estado ali para beijá-lo.

O nó era o elo de comunicação entre eles.

Mais surpresa ficou a diretora quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da sala.

 Essa história nos faz refletir como são muitos os jeitos de um pai, mesmo sem tempo, se fazer presente.

Você já deu hoje um “nó no lençol”?

Autor Desconhecido

 


LENDA DO MANACÁ.

 



LENDA DO MANACÁ

 

Numa terra bem distante onde as flores encantavam a  todos,o rei pediu novas flores a seus súditos.

Em cada casa era cultivada com muito carinho sementes diferentes para levar a apreciação do rei.

Neste ano em especial ele não queria  as plantas florescidas.

Pediu para cada um colocar as sementes em vasos,  quando florescessem ele  chamaria o ganhador.

O rei também dizia que se a flor conquista-se o coração de alguma de sua filhas o jardineiro poderia  com ela se casar.

Numas destas famílias, dois irmãos se mantinham ocupados  a criar belas  plantas.

Um criou uma delicada flor branca  e o outro a mesma delicada  flor num tom lilás bem suave.

A vontade de vencer era muita. Mas estava deixando os irmãos  infelizes .

O amor fraternal falava mais alto.

Man semeou a flor branca e Acá  semeou a lilás.

E em cada vaso tinha o nome do criador da nova planta.

Durante a noite Man resolveu mudar as semente porque acreditava que a sua seria a vencedora.

E assim colocou a sua  semente no vaso do irmão.

Ele  pensou :meu irmão é mais velho e vai ficar muito feliz casando com a filha do rei.

Eu tentarei no próximo ano.

Uma fada vendo o acontecido se encheu de ternura e durante a noite  dividiu e misturou as sementes.

.

No dia marcado todos levaram ao palácio os vasos com as sementes plantadas.

Caberia as filhas  do  rei  aguá-las até florescerem.

E poderiam escolher casar com o dono da mais bela flor, se esta  fosse a sua vontade.

E assim na primavera todos os vasos estavam floridos.

E as princesas se encantaram com dois vasos em especial.

Eles tinham flores lilases e brancas.

Em dois vasos nasceram flores idêntticas. Flores de duas cores nascidas de uma só planta.

Cada vaso tinha o nome de quem plantou.

Numa estava escrito Man e no outro Acá.

O rei  anunciou que  as duas plantas  iguais seriam as vencedoras e teriam um só nome.

e assim nasceu o manacá.

E as filhas do rei  ao conhecerem os  nobres irmãos  jardineiros , criadores de tão lindas flores se apaixonaram como que por encanto.

E neste  reino ,reina paz e harmonia a sombra dos “manacás”.

 


domingo, 7 de agosto de 2022

OS PAIS MAIS BOBOS E INSEGUROS DA HISTÓRIA...!!!

 



Os pais mais bobos e inseguros da história !!

  

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores.

E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos mas,  por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.

    O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.

Assim, somos a última geração de filhos que  obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos...

    Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos.

Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.

 E o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos (às vezes sem escolha...) que nossos filhos nos faltem com o respeito.

    Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal.

Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito.

 E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.

Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.

E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver.

 E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim.

    Quer dizer; os papéis se inverteram, e agora são os pais quem tem que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado.

Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "dar tudo" a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem.

    Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão  débeis e perdidos como eles.

    Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.

 Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.

Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os, e rendidos à sua vontade.

    É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no  qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.

Os limites abrigam o indivíduo.

 Com amor ilimitado e profundo respeito.

 


A VIAGEM... NOSSAS MALAS...

 



A VIAGEM – NOSSAS MALAS

O perigo da viagem mora nas malas. Elas podem nos impedir de apreciar a beleza que nos espera. Experimento na carne a verdade das palavras, mas não aprendo. Minhas malas são sempre superiores às minhas necessidades. É por isso que minhas partidas e chegadas são mais penosas do que deveriam.

Ando pensando sobre as malas que levamos…

 

Elas são expressões dos nossos medos. Elas representam nossas inseguranças. Olho para o viajante com suas imensas bagagens e fico

curioso para saber o que há dentro das estruturas etiquetadas. Tudo o que ele leva está diretamente ligado ao medo de necessitar. Roupas diversas: de frio, de calor – o clima pode mudar a qualquer momento! Remédios, segredos, livros, chinelos, guarda chuva – e se chover? Cremes, sabonetes, ferro elétrico – isso mesmo! Microondas? Comunique-me, por favor, se alguém já ousou levar.

 

O fato é que elas representam nossas inseguranças. Digo por mim. Sempre que saio de casa levo comigo a pretensão de deslocar o meu mundo. Tenho medo do que vou enfrentar. Quero fazer caber no pequeno espaço a totalidade dos meus significados. As justificativas são racionais. Correspondem às regras do bom senso, preocupações naturais para quem não gosta de viver privações. Nós nos justificamos. Posso precisar disso, posso precisar daquilo...

 

 

Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?

 

As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?

 

Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.

 

É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.

 

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar:

 

“Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É consequência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

 

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.

 

Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias.... Hospitais, asilos, internatos...

 

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

 

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro.

 

Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve!

 

“A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes; O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos”.

 

Fernando Pessoa – “Livro do Desassossego”