ÀS VEZES ... É ISTO
MESMO!!!
Às vezes acordar e lidar com a gente
mesmo é um saco. Você olha no espelho e não vê exatamente o que queria, não
sabe se permanece no seu trabalho e acreditar que é capaz do que
quiser, é uma missão impossível. Tem dias que caminhar até a porta de
casa é um peso danado. São cobranças, culpas e sentimentos indecifráveis
amarrados no calcanhar. Cada passada dos pés é um desafio. Desculpe, mas
tem dia que é assim.
O que importa, em dias assim, é
conseguir a proeza de terminar o dia vivo. Sentimos pouco, nos arrastamos e
conseguimos de alguma maneira fazer com que tudo ocorra sem mais surpresas do
que a de lidar com a gente mesmo. A gente já sabe que o mundo não tem nada com
isso, que ninguém pode fazer nada e que resmungar, não vai adiantar nada. Nada.
O silêncio torna- se a melhor companhia.
Em dias assim, apesar de ser um saco,
nos vemos mais humanos do que em qualquer outro dia do ano. Notamos o
início de uma dor de cabeça aqui, dor de estômago ali, só para realmente
constar: somos de carne e osso. De certa forma, a vida é toda interligada
em sí. Quando não estamos bem em nossas profundezas, sentimos em totalidade: a
mente pesa e o corpo se torna uma caçamba dos entulhos que decidimos acumular –
ou não.
Dia desses, acordei
assim. Ninguém soube. Meu silêncio foi grande e nada poderia mudar o que
eu estava sentindo naquelas 24 horas, eu sabia. A única conclusão que tive é
que dias assim são necessários. Nos
repensamos, modelamos, sonhamos, desacreditamos para reacreditar com mais
força, com mais alma. Por isso, não me desculpe. Faz parte.
Afinal, justo a cada um coube ser quem é. Por
mais que em alguns dias seja difícil e pesado se manter em pé, nunca deixe de
ser inteiramente você. Mesmo que seja um saco: é melhor ser inteiro do que
qualquer outra coisa...
Seja como for, mas
seja, vá. A vida
também irá continuar.
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