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terça-feira, 18 de setembro de 2018

O MEDO!

Medo


O MEDO!
Permitam-me que hoje vos venha falar do Medo.
Ocorreu-me este tema ao tomar conhecimento, através dos noticiários televisivos, dos recentes acontecimentos, envolvendo, de início, alguns países orientais.
Quase todos tendemos a ser demasiado rápidos em julgar e muitos até raramente se enganam e nunca têm dúvidas.
No que pessoalmente me toca, confesso-vos, muito sinceramente, que nem sequer cheguei a esboçar uma opinião, mesmo provisória, sobre o assunto. Ouvindo diversos comentaristas idóneos e experientes, pareceu-me concordar com aquilo que dizem, embora com opiniões diferentes uns dos outros. Depois, fico confundido, sem conseguir valorar aceitavelmente os prós e os contras desta ou daquela opinião, ficando cada vez mais confuso do que antes. Julgar parece não ser fácil!
Felizmente, não me compete, no imediato, tomar qualquer decisão sobre o assunto, caso contrário, poderiam ocorrer graves e irreparáveis erros.
Ao arrepio destas premissas, observo tomadas de posição, por parte de alguns dirigentes, umas incitando à desarmonia, outras proibindo radicalmente actos lícitos e livres no particular das civilizações mais próximas da nossa, como sejam a liberdade de pensamento e de expressão.
Não quero aprofundar mais o assunto, ele só pretende servir de introdução na abertura do tema Medo.
Pessoalmente, acho que todos agem sob o signo do Medo, tanto aqueles que pretendem “adular” e agradar ao dito seu profeta, através da violência e do sangue (os tão praticados medos religiosos), como os outros que, temendo uma eventual represália, permitem que possam cair por terra direitos civilizacionais importantes, que tantas dificuldades superaram para se implantarem nas sociedades. Também estes parecem terem o Medo como director geral.
Vamos então aos MEDOS. O MEDO é o mais potente veneno do homem do sec. XXI, porque ele é o causador de grande parte das doenças dos foros psíquico e, em menor escala, do físico. É quase sempre o causador de depressões, de fobias, de esgotamentos, de esquizofrenias e de tantas outras desarmonias na condição do homem.
Não é meu desejo alongar-me demasiado neste espaço necessariamente curto, mas tão somente poder proporcionar-lhes algum material reflexivo ou meditacional.
O Medo resulta sempre de dois factores de suprema e sublime importância para o homem, que têm por base a falta de consciência e a falta de confiança em “quem” se deve ter. Se procurarmos adaptar a Lei do Triângulo, teremos:
Não é por acaso que, nas sociedades modernas, acontecimentos relacionados com os Medos caminham a par da falta de interesse pelos assuntos metafísicos e místicos.
Parece fundamental desenvolver um nível aceitável de autoconsciência, no dia a dia, visando todas as nossas atitudes, actos, estados de alma, actividades, relações humanas, extra-humanas e ultra-humanas, procurando, como Maat, pesar todos os acontecimentos relacionados conosco, fazendo-os passar, um a um, para a outra margem, a positiva, levados pela barca sagrada.
Essa prática fornecer-nos-á pistas correctivas, quiçá participadas pelo nosso Eu Superior que, falando com Deus, também falará com o nosso Eu Interior.
Somos uma minúscula centelha divina, habitando um relativamente enorme corpo físico. Está ao alcance de todos harmonizar essas dimensões, proporcionando-as. Se pensarmos que somos primordial e maioritariamente um espírito que habita a única residência possível para “viver” no planeta Terra e que, a qualquer momento, podemos “mudar de casa” sem necessidade de constituir outro crédito pessoal que não seja a harmonia com o Cósmico e que o meu espírito sobreviverá a tudo, mercê da sua condição imortal, então, nada mau me acontecerá! Faço parte de Deus, estou com o Pai e regressarei tranquilamente à realidade Cósmica logo que seja convocado, pois será nessa ocasião que estão reunidas as condições necessárias.
Portanto, primeira condição, avaliando a cada momento a minha conjuntura no sentido da relação universal, através do desenvolvimento da consciência e, segunda condição, desenvolvendo os níveis de confiança para com o Deus do meu coração, desenvolvendo a Fé Nele. A perfeição das Suas Obras não pode levar-nos a negar que o Seu Plano (no qual nos incluímos com as graças e desgraças) se possa, nalgum momento, aproximar do erro. A partir daqui, afirmávamos, não pode existir o lugar do Medo. Aqui, ele é pura e simplesmente destruído.
Comigo consciente e na Fé Divina, nada me acontecerá!
Fratres e Sorores, vai longa a nossa dissertação, neste pequeno espaço, perdoem-me.
Termino com o seguinte apelo:
Não permitam mais que o Medo entre nas vossas personalidades-alma. Não sintam Medo de nada e sobretudo de ninguém em particular.
Isto não significa que ponham de lado a prudência, pois ela não é mais do que a aplicação da consciência a um estado.
Como Rosacuzes, todos temos ao nosso dispor as ferramentas que nos conduzirão à imunidade ou à cura, conforme o caso.
Que a Paz Profunda esteja com todos nós e com toda a humanidade!
Cristóvao Enguiça, FRC
*Por respeito ao autor, mantivemos neste artigo o Português conforme escrito em Portugal.
Compartilhado - AMORC

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