O MEDO!
Permitam-me
que hoje vos venha falar do Medo.
Ocorreu-me
este tema ao tomar conhecimento, através dos noticiários televisivos, dos
recentes acontecimentos, envolvendo, de início, alguns países orientais.
Quase
todos tendemos a ser demasiado rápidos em julgar e muitos até raramente se
enganam e nunca têm dúvidas.
No
que pessoalmente me toca, confesso-vos, muito sinceramente, que nem sequer
cheguei a esboçar uma opinião, mesmo provisória, sobre o assunto. Ouvindo
diversos comentaristas idóneos e experientes, pareceu-me concordar com aquilo
que dizem, embora com opiniões diferentes uns dos outros. Depois, fico
confundido, sem conseguir valorar aceitavelmente os prós e os contras desta ou
daquela opinião, ficando cada vez mais confuso do que antes. Julgar parece não
ser fácil!
Felizmente,
não me compete, no imediato, tomar qualquer decisão sobre o assunto, caso
contrário, poderiam ocorrer graves e irreparáveis erros.
Ao
arrepio destas premissas, observo tomadas de posição, por parte de alguns
dirigentes, umas incitando à desarmonia, outras proibindo radicalmente actos
lícitos e livres no particular das civilizações mais próximas da nossa, como
sejam a liberdade de pensamento e de expressão.
Não quero aprofundar mais o assunto, ele só pretende servir de introdução na abertura do tema Medo.
Não quero aprofundar mais o assunto, ele só pretende servir de introdução na abertura do tema Medo.
Pessoalmente,
acho que todos agem sob o signo do Medo, tanto aqueles que pretendem “adular” e
agradar ao dito seu profeta, através da violência e do sangue (os tão
praticados medos religiosos), como os outros que, temendo uma eventual
represália, permitem que possam cair por terra direitos civilizacionais
importantes, que tantas dificuldades superaram para se implantarem nas
sociedades. Também estes parecem terem o Medo como director geral.
Vamos
então aos MEDOS. O MEDO é o mais potente veneno do homem do sec. XXI, porque
ele é o causador de grande parte das doenças dos foros psíquico e, em menor
escala, do físico. É quase sempre o causador de depressões, de fobias, de
esgotamentos, de esquizofrenias e de tantas outras desarmonias na condição do
homem.
Não é
meu desejo alongar-me demasiado neste espaço necessariamente curto, mas tão
somente poder proporcionar-lhes algum material reflexivo ou meditacional.
O
Medo resulta sempre de dois factores de suprema e sublime importância para o
homem, que têm por base a falta de consciência e a falta de confiança em “quem”
se deve ter. Se procurarmos adaptar a Lei do Triângulo, teremos:
Não é
por acaso que, nas sociedades modernas, acontecimentos relacionados com os
Medos caminham a par da falta de interesse pelos assuntos metafísicos e
místicos.
Parece
fundamental desenvolver um nível aceitável de autoconsciência, no dia a dia,
visando todas as nossas atitudes, actos, estados de alma, actividades, relações
humanas, extra-humanas e ultra-humanas, procurando, como Maat, pesar todos os
acontecimentos relacionados conosco, fazendo-os passar, um a um, para a outra
margem, a positiva, levados pela barca sagrada.
Essa
prática fornecer-nos-á pistas correctivas, quiçá participadas pelo nosso Eu
Superior que, falando com Deus, também falará com o nosso Eu Interior.
Somos
uma minúscula centelha divina, habitando um relativamente enorme corpo físico.
Está ao alcance de todos harmonizar essas dimensões, proporcionando-as. Se
pensarmos que somos primordial e maioritariamente um espírito que habita a
única residência possível para “viver” no planeta Terra e que, a qualquer
momento, podemos “mudar de casa” sem necessidade de constituir outro crédito
pessoal que não seja a harmonia com o Cósmico e que o meu espírito sobreviverá
a tudo, mercê da sua condição imortal, então, nada mau me acontecerá! Faço
parte de Deus, estou com o Pai e regressarei tranquilamente à realidade Cósmica
logo que seja convocado, pois será nessa ocasião que estão reunidas as
condições necessárias.
Portanto,
primeira condição, avaliando a cada momento a minha conjuntura no sentido da
relação universal, através do desenvolvimento da consciência e, segunda
condição, desenvolvendo os níveis de confiança para com o Deus do meu coração,
desenvolvendo a Fé Nele. A perfeição das Suas Obras não pode levar-nos a negar
que o Seu Plano (no qual nos incluímos com as graças e desgraças) se possa,
nalgum momento, aproximar do erro. A partir daqui, afirmávamos, não pode
existir o lugar do Medo. Aqui, ele é pura e simplesmente destruído.
Comigo
consciente e na Fé Divina, nada me acontecerá!
Fratres
e Sorores, vai longa a nossa dissertação, neste pequeno espaço, perdoem-me.
Termino com o seguinte apelo:
Termino com o seguinte apelo:
Não
permitam mais que o Medo entre nas vossas personalidades-alma. Não sintam Medo
de nada e sobretudo de ninguém em particular.
Isto
não significa que ponham de lado a prudência, pois ela não é mais do que a
aplicação da consciência a um estado.
Como
Rosacuzes, todos temos ao nosso dispor as ferramentas que nos conduzirão à
imunidade ou à cura, conforme o caso.
Que a
Paz Profunda esteja com todos nós e com toda a humanidade!
Cristóvao
Enguiça, FRC
*Por
respeito ao autor, mantivemos neste artigo o Português conforme escrito em
Portugal.
Compartilhado - AMORC
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