MINHAS REFLEXÕES...!
“Durante muito tempo caminhei pelo vale de lágrimas e vaguei na floresta do erro.
Cometi erros de extrema gravidade e muitos
sofreram por minha culpa. Meu próximo, eu o julguei e atormentei.
Julguei e atormentei a mim mesmo.
Orgulhoso, mentiroso, invejoso e ávido, tudo
isso fui no curso de minhas vidas sucessivas.
Seres
choraram e perderam toda esperança por causa de atos nefastos que perpetrei.
Com meu comportamento indigno, semeei a dúvida
e o horror entre aqueles que no decurso do tempo me eram mais caros.
Toquei o mais profundo do abismo e me
acreditei para sempre perdido, para sempre condenado. Isto eu acabo de
reviver aqui.
Conheci o sofrimento daqueles que tinham
sofrido por minha culpa. Conheci seu julgamento e seu tormento, sua dúvida e
horror.
Conheci os efeitos, os crimes de meu orgulho,
de minhas mentiras, de minha inveja e minha avidez.
Compreendi a causa dos terríveis sofrimentos
que suportei durante minhas encarnações: era a ação da justa lei do carma,
mas foram-me necessárias muitas provações e lágrimas para resgatar o mal que
tinha sido feito, pois durante muito tempo, enganado pelo meu ego e optando
pelas soluções mais fáceis, jogava sobre os outros a responsabilidade das
minhas desgraças, querendo ignorar que eles decorriam de ações por mim
cometidas no passado, e que eu devia aprender, experimentar e compreender as
lições da vida para me regenerar.
Foi
então que a luz veio, durante uma provação dificílima de suportar, tão
difícil que jamais acreditei em poder superá-la.
No mais profundo de mim mesmo, enquanto toda
esperança me abandonava, ouvi o apelo e me dirigi para a montanha que me era
indicada para atingir a paz.
Ah! Como era difícil a estrada, quantas vezes
me perdi embora me houvessem mostrado
o caminho.
É que a
desgraça resultante de minha conduta passada ainda me perseguia. Mas, desde o
apelo, esta desgraça eu sabia justa e, em lugar de me lamentar, em vez de
temer, comecei a partilhar o sofrimento dos outros, a ajudá-los, a
sustentá-los, a tomá-los pela mão para conduzi-los ao pé da montanha da paz e
da regeneração.
Não foi senão depois, após muitos retornos
àqueles que gemiam nos vales, encurvado sob o peso de minhas próprias e
justas provações, que por minha vez atravessei a porta estreita e entrei na
senda. Naquele momento, já tinha compensado, muitos dos meus erros passados.
A Lei
que me havia imposto era: humildade e amor em todas as circunstâncias, em
todas as situações.
Minhas dificuldades, eu as aceitava. Jamais
fui resignado. Aceitava para compreender.
Foi subindo a senda que eu soube
verdadeiramente e medi os sofrimentos que devo ter imposto a outros, para
merecer esses que tinha que suportar então.
Eu me
alegrava por ter podido, antes mesmo de me ser permitido entrar no
conhecimento libertador, impor-me a regra de vida cujo valor agora
compreendia.
Mas a
esta satisfação misturava-se a dor e o arrependimento pelos atos cometidos no
passado, atos que levaram a muitos tantas dor e tantas penas.
Assim meus pensamentos e meus atos
carregaram-se de ainda maior amor e humildade.
E, finalmente, conheci a PAZ, não apenas
progredindo em direção a um maior conhecimento, mas também pondo este
conhecimento a serviço do próximo.
Esquecia-me de mim mesmo, diante dos outros.
Nada
mais podia atingir-me.
O amor que me animava transformava tudo e eu
rendia graças a cada experiência vivida.
A PAZ
tinha descido sobre meu coração, minhas provações tornavam-se cada vez mais
leves.
Minhas
reconciliações comigo mesmo, com o meu eu verdadeiro, estava começada.
Devia
em seguida reforçar-se e tornar-se total.
“Depois de ter revivido o período obscuro, revivi, aqui mesmo, diante dos mestres, e do maior dentre eles, as etapas de minha regeneração. Aí que me foi dado o dom mais sublime.
A PAZ
PROFUNDA – esta paz por mim tão “desejada” e que eu mesmo tinha tantas vezes
“desejado” aos outros – desceu sobre mim e tomou, para sempre, posse do meu
ser.
“Devo agora retornar ao mundo, para trabalhar, para servir”.
Minha responsabilidade é imensa.
Fui
advertido para guardar-me vigilantemente dos perigos aos quais sucumbira
outrora, mas uma oportunidade me foi dada para servir mais e melhor.
Minha Lei é humildade e amor, e os maiores Mestres
me assistirão.
“Possa minha experiência servir a todos que me ouvem, que me compreendem”.
Não há circunstância, não há situação por mais
trágica que seja que não tenha razão de ser.
Não há abismo por mais profundo de onde não se
possa emergir para reencontrar a LUZ.
A
involução sucede à evolução, e dentro de cada um de nós reside este segmento
da Eternidade Cósmica que está sempre pronto a responder ao menor apelo para
ajudar a quem quer que realmente queira tomar o caminho da verdade.
Avancem
para o conhecimento, apliquem este conhecimento e lembrem-se de que o
discípulo não deve tanto pedir para ser servido como para servir e que o serviço
é cumprido em qualquer parte, principalmente onde nos encontramos, onde as
circunstâncias e a existência nos colocaram, pois, é lá que devemos estar e
assumir nossa função de servidor.
Humildade e amor...
Amar sem nada pedir em troca, sem exigir nada.
Amar simplesmente... Amar! ”
Extraído do livro” Mensagens do Sanctum Celestial” (Raymond Bernard). |
Conteúdo místico, cultural e filosófico, voltado aos simpatizantes e membros da Ordem Rosacruz.
Artigos e Informações ligados ao Rosacrucianismo
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
MINHAS REFLEXÕES...!
Postado por
Lourdes Lescano
às
10:13
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