A Entrega!
A razão nos leva a querer controlar as nossas vidas,
através de conhecimentos acumulados por nós nessa e em outras encarnações, do
estudo sistemático que fazemos de tantos assuntos diferentes, de todas as
informações que nos chegam intensamente e sem parar...
Mas a Vida nem sempre aceita este roteiro e nos faz ver que existe um comando
muito maior e mais sábio que modifica constantemente os nossos planos e muitas
vezes o faz de forma drástica, chegando a nos assustar.
Em nós existe uma Fonte de Sabedoria, que muitos denominam de Eu Superior e que
procura sempre uma oportunidade de nos enviar conselhos luminosos sobre uma
forma diferente de viver, tornando o que normalmente pensamos numa via
contraditória e nos deixando inseguros do que fazer, de como agir.
A Luz nos chega
através do canal intuitivo – ponte de acesso a este manancial que temos em nós,
muitas vezes atrofiado pelo viver frenético de todos nós.
É
principalmente quando conseguimos fazer um pouco de silêncio na mente, que esta
ajuda chega. Mas, às vezes, isto acontece quando menos esperamos e estamos no
meio de uma atividade qualquer.
Como aprender a confiar na orientação que nos chega tão pura, tão simples, de
forma tão pueril? Como viver uma entrega à Vida que é soberana e sabe
infinitamente mais do que nossas mentes limitadas podem jamais supor?
Não é fácil, mas precisamos tentar ir treinando, à medida em que os dias vão passando.
Por mais que queiramos controlar os acontecimentos,
sabemos que isto é impossível.
Por que não
vivermos com mais atenção, com mais humildade, observando mais os sinais que
estão chegando, relaxando mais e nos preocupando menos com o futuro? Acho que
podemos viver assim, se acreditarmos na existência do Guia Cósmico – tenha o lá
o nome que tiver – que harmoniza e equilibra todo o Universo!
Quando passamos por problemas emocionais que revolucionam o nosso interior,
levando-nos a me sentir como se estivéssemos no meio de um furacão, procuremos
nos aquietar e olhar o céu acima e em torno de nós, ouvir os pássaros cantando,
o barulho costumeiro do nosso ambiente existencial e... como por encanto, vamos
nos acalmando, sentindo que somos também parte desta harmonia maior que faz o
Sol nascer sempre no mesmo horário, que leva as flores a se abrirem, as
sementes a germinarem e nos entreguemos a esta maravilhosa energia, por um
tempo, pequeno que seja.
Tudo vai se equilibrando e conseguimos respirar calmamente de novo.
A mente controladora e que se considera a grande Mestra não aceita muito a
entrega. Mas a sabedoria dos seres que já privaram de momentos assim nos diz
que precisamos acreditar mais nesta Força Primária e Amorosa que permeia tudo e
todos... pois ela nos sustenta e sempre
o fará!
Mas, para que isto seja real, é preciso que acreditemos e pratiquemos a
entrega. Verdadeira, sem restrições.
Fazendo nossa parte e entregando... sabendo esperar...
respirando pausadamente, pois toda a Natureza em torno de nós age assim. Somos
parte dela.
Não somos alienígenas, como teimamos em nos
considerar.
O mal que fazemos a qualquer coisa viva e existe vida
em tudo estamos em verdade fazendo a nós mesmos.
Se nos percebemos guiados e fazendo parte intrínseca de um Todo muito maior,
também nos sentiremos apoiados e protegidos, aceitos!
Esta é uma
incrível sensação que nos leva a um bem-estar sem limites.
Onde estivermos, com quem estivermos, sempre estaremos em casa!
Mesmo que a
língua falada seja incompreensível pra nós, mesmo que os costumes daquele lugar
sejam estranhos pra nós, podemos nos conectar com tudo e todos e sentir apoio e
completude.
Ficamos apartados de todos e da Força que nos criou apenas quando teimamos em
querer saber tudo, controlar tudo.
Quando relaxamos um pouco e nos entregamos, quando nos
deixamos levar, sentindo o que nos chega, realmente vivemos!
Somos o Todo, mas nada somos sem Ele!
Viver é se relacionar, é se deixar conduzir de forma
consciente pelos caminhos que se vão abrindo pra nós, sem resistências de ego e
agradecendo às oportunidades de real conhecimento que nos chegam.
A gente teima em querer saber tudo, explicar o inexplicável e deixa muitas
vezes de viver, de sentir, de realmente aprender...
Vamos VIVER MAIS... SENTIR MAIS...APRENDER MAIS...!
Mary