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segunda-feira, 31 de março de 2014

OUTONO: TEMPO DE PERDAS E GANHOS...



Outono: tempo de perdas e ganhos...

Estação faz um convite à renovação da vida e ao amadurecimento

Se prestarmos mais atenção aos detalhes da natureza, perceberemos que cada estação do ano traz mensagens e convites específicos. No entanto, muitas vezes não conseguimos enxergar esses sinais porque insistimos em achar que não somos parte integrante do meio ambiente.
Cada estação do ano nos convida a novas posturas e nos oferece uma série de aprendizados para a vida.
O outono é uma época especialmente recheada de significados que podem enriquecer nossas percepções. Esse período chega logo após o verão, aquela estação de tempo quente, aberto, de plena luz e em que nossos movimentos tendem para o mundo externo. Não é à toa que para chegar a uma estação intermediária precisamos das "águas de março", uma chuvinha persistente que vai resfriando o tempo aos poucos.

O outono é uma época de transição entre os extremos de temperatura verão-inverno.
Qual é a principal imagem que lhe vem à mente quando pensa em outono? É bastante provável que a maioria das pessoas responda a essa pergunta lembrando-se da clássica imagem das árvores perdendo suas folhas.
 Mas você sabe por que acontece essa perda?
Se as árvores não as deixassem ir, não sobreviveriam à próxima estação. As folhas se queimariam com o frio do inverno e, assim, os ciclos de respiração da árvore se findariam bruscamente, o que resultaria no fim da vida.
 A natureza nos mostra mais uma vez a beleza de sua sabedoria: é preciso entrega, é preciso deixar ir o que não serve mais, para proteger o que é mais importante.
 "A natureza nos mostra mais uma vez a beleza  de sua sabedoria: é preciso entrega, é preciso deixar ir o que não serve mais, para proteger o que é mais importante."

O que a princípio pode parecer uma perda é na verdade um ganho: ela ganha mais tempo de vida, e chega renovada às próximas estações.

Reflita a partir disso:
o que você precisa deixar ir, do que você precisa abrir mão para seguir firme para os próximos ciclos, para continuar a crescer? O outono é também estação de amadurecimento dos frutos. É o tempo de deixar ir inclusive os resultados de nossos esforços, para que novas forças possam gestar outros futuros projetos.

Durante essa época é válido observar quais elementos em você precisam ser sacrificados para que o mais sagrado para sua vida seja preservado ou resgatado. Pense na palavra sacrifício a partir de sua etimologia: é um sagrado ofício, um trabalho, uma ação que possui um caráter sagrado, para além do superficial, que transcende o banal, que tem um significado maior.

Abra-se ao nascer de um novo tempo...

No outono, é importante questionar se o medo e a dúvida estão impedindo seus ideais maiores de serem realizados.
Reflita se alguns comportamentos repetitivos lhe afastam do seu real potencial criativo.
Talvez seja chegado o momento de tomar consciência e assumir uma atitude de compromisso consigo, desapegando-se daquilo que não lhe serve mais, daquilo que esteja impedindo seus passos rumo às próximas estações de seu crescimento.

Não é simples, nem fácil, mas também não é impossível.
Como tudo na natureza, nossos processos de mudança carecem de tempo para se instalarem.
Tempo para ir amadurecendo, até que seja o momento da colheita.
Passo a passo, reflita sobre os pesos desnecessários que podem estar atrasando seu caminhar, vá se desapegando e deixando ir.

Lembro agora as palavras de Tom Jobim: "São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no meu coração".
Mesmo que as águas pareçam dar fim ao melhor da festa do verão, na verdade, elas estão nos mostrando que a vida segue e novas estações virão!
Acredite: observando a natureza podemos concluir que depois da noite sempre vem o dia.

 Acredite que vale a pena se libertar para deixar nascer um novo tempo.

Juliana Garcia.

SOFREMOS PORQUE COMPLICAMOS A VIDA.



Sofremos porque complicamos a vida.

Se pararmos para pensar e analisar todas as aflições que nos atingem, poderemos perceber que grande parte dos problemas  que surgem em nossas vidas são e foram criados por nós mesmos.
 Estamos sempre buscando algo que muitas vezes nem sabemos o que é.
A nossa falta de tolerância, de paciência com o próximo geralmente nos coloca em situações difíceis, seja em casa, no trabalho, no trânsito.
 Por que nos maltratamos tanto?
Sim, porque com essa forma de agir somos os primeiros a sofrer.
Complicamos aquilo que é simples, querendo sempre o impossível, e nos esquecendo de que para sermos felizes não precisamos de tantas coisas que se encontram no mundo material.
A PAZ  e a FELICIDADE se encontram dentro de nós.
Todo o resto é ilusão.
Por isso busquemos viver simplesmente, sendo mais tolerantes, mais compassivos, menos orgulhosos, mais humildes, mais caridosos, mais amorosos.

 A vida é simples, nós é que a complicamos. Pensemos nisso!


UM ANJO...!




  

UM ANJO...!

Para iluminar seu caminho,
Para colocar ordem na sua vida,
Para você ter sempre a certeza,
De que ele está ao seu lado,
Em todos os momentos.

Em qualquer situação,
Na sua tristeza e na sua alegria.
E mesmo que você se esqueça dele às vezes,
Ele estará sempre do seu lado,
Lhe ajudando, lhe dando conselhos,
Lhe conduzindo na sua estrada,
Às vezes triste, às vezes alegre.

Ele sempre vai dar o melhor de si,
Para lhe ajudar, e em troca disso,
Ele só quer que você saiba dele,
Que acredite nele.

Não precisa saber o nome do seu anjo,
Basta lembrar  dele como uma luz,
A iluminar o seu caminho.

E você pode ter certeza de que ele é assim,
Uma imensa luz, que não se apaga nunca,
Que não fica fraca,
Que jamais perde sua força e seu brilho.
Um lindo anjo para você...
Que você possa contar com ele,
Sempre... sempre..!

A TÊMPERA...!


A Têmpera...!


Um ferreiro, depois de uma juventude cheia de excessos, decidiu entregar sua alma a Deus. Passou então, a trabalhar com afinco, a praticar a caridade, mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecia dar certo em sua vida. Ao contrário, seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.

Numa tarde, um velho amigo, que se compadecia de sua difícil situação, comentou com ele:

- É realmente estranho que, justamente depois de você se tornar um homem temente a Deus, sua vida tenha piorado. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de sua crença espiritual, nada tem melhorado na sua vida.

O ferreiro já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender, no entanto, o que acontecia em sua vida. Porém, acreditava numa coisa e procurou explicá-la amigo:

- Eu recebo nesta oficina, o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas.

Primeiro, eu aqueço a chapa de aço ao rubro. Em seguida, sem qualquer piedade, pego o martelo mais pesado e aplico vários golpes até que adquira a forma desejada. Depois, eu a mergulho numa tina de água fria e a oficina inteira se enche de vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita. Uma vez apenas, não é suficiente.

O ferreiro fez uma longa pausa e continuou:

- Às vezes, o aço que chega às minhas mãos não consegue aguentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. Eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada.

Então, simplesmente coloco-o no monte de ferro velho que você viu na entrada da ferraria.

Mais uma pausa e o ferreiro concluiu:

- Sei que Deus está colocando-me no fogo das aflições. Tenho aceitado as marteladas da vida e, às vezes, sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço.

Mas a única coisa que peço, é que Deus não desista até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim.

Que Ele tente da maneira que achar melhor, mas que
jamais me coloque no monte de ferro velho das almas.

Então amigo, aguenta mais umas marteladinhas...
Deus quer vc bem forjado e bonito... 
Entendeu?

A ESCADA...!



A escada...!

Minha amiga Mildred fazia progresso, recuperando-se lentamente de um derrame cerebral. Ela ainda lutava para sentar-se direito e para falar.

A cada vez em que eu a visitei no asilo, as linhas de frustração 
em seu rosto estavam um pouco mais profundas. A frase que ela mais pronunciava era,

- Por quê?

E nada que eu dissesse trazia-lhe conforto. Lutei também. Em minhas orações eu pedi, - Senhor, como posso ajudar?

Certa noite me despedi de Mildred e fui jantar com minha mãe. 
Fui ao banheiro lavar as mãos e notei algo peculiar: uma longa faixa de papel higiênico cobria boa parte da bacia da pia.
- Mãe, o que este papel está fazendo aqui? Perguntei.
- Havia uma aranha na pia.

Ela deslizava toda vez que tentava sair e eu quis ajudá-la, então eu fiz uma escada. Minha mãe respondeu.
- Acho que funcionou. Ela não está mais aqui. Respondi.

Retirei a "escada," pensando em minha amiga Mildred. 
Ela estava presa também, e eu já tinha trabalhado muito tentando levantá-la. Talvez o que ela precisasse fosse mais 
como o que minha mãe tinha oferecido à aranha.

Em minha visita seguinte, Mildred outra vez perguntou,

- Por quê?

Eu não tentei achar uma razão. Eu peguei em sua mão e, no silêncio, eu vi como a amizade pode ser uma escada. 
Palavras ou explicações deixaram de ser necessárias, apenas a simples confiança da amizade e minha amiga Mildred percebeu 
que não encararia sua luta sozinha.

Não deixe quem você ama encarar uma luta como essa
sozinha... que a amizade pura seja a escada que lhe trará
uma alegria para toda vida...

LÁGRIMAS: PALAVRAS DA ALMA!




Lágrimas: palavras da alma!


Muitas vezes, na vida, vivenciamos situações em que a emoção é tamanha que nos faltam palavras para expressar nossos sentimentos.
Podemos considerar as lágrimas como as palavras de nossa alma.
Através delas, somos capazes de demonstrar incontáveis sentimentos.
As lágrimas, na maioria das situações, escorrem de nossos olhos sem que tenhamos controle sobre elas.
Em alguns momentos, elas contam histórias de dores, mas também têm na sua essência, algo de belo.

Quando elevamos o pensamento, sintonizando com nosso anjo protetor, com o amado amigo Jesus ou com Deus, sentimos os olhos marejados.
Observando a natureza, temos a oportunidade de presenciar alguns espetáculos que ela nos oferece.
 Emocionamo-nos percebendo a grandeza e a perfeição Divina na presença de um pôr do sol, de uma queda d’água ou de um arco-íris.
Diante do nascimento de uma criança, somente as lágrimas são capazes de traduzir e qualificar a magnitude desse instante Divino.

Quando estamos sensíveis, por vezes carentes de alguma manifestação de afeto, um simples aperto de mão ou um afago carregado de amor é suficiente para provocar nossas lágrimas.
Quando deixamos que o som de uma música elevada alcance nosso coração, somos capazes de chorar de emoção, pois sentimos a alma tocada e acariciada por aquela doce e vibrante melodia.
Tanto a dor emocional quanto a dor física nos chegam sem pedir licença, ocupando espaço considerável em nossa alma e em nosso corpo.

Lágrimas são derramadas pela dor da partida de um ente querido, pela dor da ausência e da saudade, pela dor do erro cometido e do arrependimento.
Ao constatarmos a dor do próximo, lágrimas jorram de nossos olhos.
 Deparamo-nos com tantas carências, tantas necessidades não atendidas, enfermidades, privações e abandono.

Cada lágrima derramada tem seu significado. Seja ela vertida pela dor ou pela alegria, nos diz que somos seres movidos pela emoção, capazes de exteriorizar os nossos sentimentos.
Demonstra que nos sensibilizamos em momentos simples e efêmeros, indicando que estamos sintonizados com o que há de belo na vida.
E, quando as lágrimas derramadas forem de dor, façamos com que o motivo que nos comove seja também o mesmo motivo que nos move.
Que o movimento seja no sentido da modificação íntima.
Que seja impulso para olhar a vida sobre um novo ângulo, para trabalhar em nós mesmos a resignação, a paciência, a esperança, a fé e a confiança em Deus.

Derramemos sempre que necessário... as LÁGRIMAS DA ALMA!

FAZER ALGUÉM FELIZ...!



Fazer alguém feliz...!

Pode ser que não tenhamos dever de psicologia para fazer em casa.
Pode ser que nem estejamos estudando.
 Não importa!

Na universidade da vida, o curso não acaba nunca.
 Sempre é tempo de aprender e exercitar.
 Por isso, tentemos hoje, fazer alguém feliz.

Pode ser nosso filho, nosso cônjuge, nossa mãe.
Que tal um amigo, um irmão?
Simplesmente alguém que transite em nosso caminho.
Observemos, ofereçamos nosso tempo, nossa companhia.

Façamos um comentário gentil.
 Abracemos, beijemos, conversemos.
 Proponhamos um passeio. Um programa diferente.

E descobriremos como é bom fazer alguém feliz.
E importante em nossa vida...!

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar à parte dos destroços para ficar boiando.
 Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada e fora de qualquer rota de navegação, e ele agradeceu novamente.

Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva e de animais e para guardar seus poucos pertences, e como sempre agradeceu a Deus.

Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia... No entanto, um dia, quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça.
 Terrivelmente desesperado ele se revoltou... gritava  chorando:

"O pior aconteceu ! Perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?"

Chorou tanto, que adormeceu, profundamente cansado...
No dia seguinte bem cedinho, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.

"Viemos resgatá-lo" -- disseram. "Como souberam que eu estava aqui?" -- perguntou ele.
 "Nós vimos o seu sinal de fumaça"!

É comum sentirmo-nos desencorajados e até desesperados quando as coisas vão mal.
Mas Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento.

Lembrem-se: se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas,
esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até você a
Graça Divina.
 Para cada pensamento negativo nosso,
Deus tem uma resposta positiva...!

Pensemos nisto!

rivalcir

NA HORA DO SILÊNCIO...




Na Hora do Silêncio...

Quando te encontrares em qualquer dificuldade emocional, recorda o silêncio como instrumento divino de construção e paz.
Confuso, ele te ajudará a encontrar soluções adequadas.
Indeciso, ele te ajudará a fortalecer a idéia de maior equilíbrio. Desacreditado, ele te ajudará a reconhecer que o mais importante é acreditares em ti mesmo.
Perseguido, ele te ajudará a compreender os perseguidores.

Injuriado, ele te ajudará a continuar apesar dos espinhos.
Vencido, ele te ajudará no refazimento de tuas forças.
Revoltado, ele te ajudará a entender o valor da resignação no processo de auto aperfeiçoamento.  
Ressentido, ele te ajudará a lutar contra o melindre.

Injustiçado, ele te ajudará a perceber que o perdão rompe a cadeia do mal.
 Incompreendido, ele te ajudará a sustentar a paciência.

Toda vez que te sentires em dificuldades emocionais, pensa um pouco mais antes de qualquer atitude impetuosa e recorda que, diante de Pilatos, o silêncio de Jesus representou, para sempre, a vitória do bem imperecível sobre a incompreensão. 


SILENCIA...!

A JANELA E O ESPELHO.


A janela e o espelho.

Um jovem muito rico foi ter com uma conversa com seu mestre rabi, e lhe pediu um conselho para orientar sua vida.

Este o conduziu até a janela e perguntou-lhe:
- O que vê através dos vidros?
- Vejo homens que vão e vêm, e um cego pedindo esmolas na rua. Então o rabi mostrou-lhe um grande espelho e novamente o interrogou:

- Olha neste espelho e diz-me agora o que vês.
- Vejo-me a mim mesmo.

- E já não vê os outros!
Repara que a janela e o espelho são ambos feitos da mesma matéria prima, o vidro; mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada ao vidro, não vê nele mais do que a tua pessoa.
Deves comparar-te a estas duas espécies de vidro.

Pessoas de fé, de boa índole, enxergam os outros e têm compaixão por eles.

Coberto de prata - o egoísta, hipócrita, pobre de espírito -vê apenas a si mesmo.

Só vales alguma coisa, quando tiveres coragem de arrancar o revestimento de prata que tapa os olhos, para poderes de novo ver e amar aos outros.

FILOSOFIA DE VIDA...!



FILOSOFIA DE VIDA...!

Um homem sentou no banco de uma praça muito bonita em sua cidade. Era domingo de uma manhã fresca e agradável. No mesmo banco, havia um senhor lendo um livro. O homem puxou um livro de sua bolsa, e tal qual o senhor, começou a ler.

O homem ficou curioso em saber o que aquele senhor de idade estaria lendo num domingo de manhã no banco da praça. Olhou para o livro, mas não conseguiu ler o título. O senhor, vendo que o homem se interessara por sua leitura, disse:

- Olá, do que se trata o livro que você está lendo?

O homem, meio sem graça, respondeu:

- Ah, é um livro que fala sobre a arte de viver; sobre como conseguir prosperidade, saúde, bons relacionamentos, etc.

- Muito bom, respondeu o senhor. O meu é sobre a arte de se assumir.

O homem ficou ainda mais curioso sobre o livro que o senhor estava lendo e perguntou:

- A arte de se assumir? Como assim?

O senhor respondeu:

- Sim, essa arte é algo que falta em muitos livros que são vendidos hoje em dia. Em sua maioria, os livros atuais ensinam as pessoas a deixarem de lado seus defeitos, seus limites, suas tristezas, seu vazio, etc, e viver a vida, buscando a prosperidade, o prazer, a alegria, etc. Esse livro trata a vida de uma forma um pouco diferente.
Ele ensina cada pessoa a não rejeitar aquilo que é ao contrário: ensina cada pessoa possuir uma posição radical de assumir a si mesma.
 Ou seja, assumimos que somos imperfeitos, que temos muitos erros, que somos eternos carentes, que somos inseguros, que somos muitas vezes pessoas tristes, vazias, e que vivemos uma busca incessante de negar todas essas coisas, e até mesmo fugir de todas elas.
Mas o essencial é que a melhor forma de consertar tudo de ruim que há em nós é assumindo que somos assim, e encarando isso de frente.

O homem estava maravilhado com estas explicações. O senhor continuou:

Isso significa nada mais nada menos do que cada um assumir a si mesmo. Sou imperfeito sim, e daí? Sou inseguro sim, e daí? Sou carente sim, e daí? Desde que meus defeitos não prejudiquem outras pessoas, não vou ficar me cobrando ou me punindo constantemente ser algo que eu não sou ou que ainda não consegui ser. Esse livro ensina talvez uma das mais preciosas lições da vida:
 o "aceitar a si mesmo".
Aceitar como somos, e não ficar lutando eternamente para nos tornarmos algo que concebemos como a maneira ideal de ser.
 Por isso, vamos seguir essa filosofia de vida e nos assumir: assumir quem somos, o quanto ainda nos falta, e viver bem com isso.
Quando identificamos nossos limites e os aceitamos de bom grado, se torna muito mais simples transpor esses mesmos limites.
Mas aqueles que ficam fugindo a vida inteira dos seus limites sequer podem conhecê-los, e por isso tem muito menos chance de superar ou transpor algo que não conhecemos.
 Portanto, vamos viver plenamente a filosofia do assumir a si mesmo e aceitar a si mesmo.

 É uma filosofia que pode nos conduzir mais diretamente à felicidade.

O homem ouviu tudo e falou brincando:

- Quer trocar de livro comigo?

Autor: Hugo Lapa 

MAR PORTUGUÊS...!



MAR PORTUGUÊS...!

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa

A LIÇÃO DO JARDINEIRO.


A Lição do Jardineiro.


Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim.

Chegando a casa, o executivo viu que era um garoto de apenas quinze ou dezesseis anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.

Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.

O garoto ligou para uma mulher e perguntou:

A senhora está precisando de um jardineiro?

Não. Eu já tenho um, foi a resposta.

Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.

Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso.

O garoto insistiu: Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.

O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora.

Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.

Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa.

Numa última tentativa, o menino arriscou: O meu preço é um dos melhores.

Não, disse firme a voz ao telefone. Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.

Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro:

Meu rapaz, você perdeu um cliente.

Claro que não, foi a resposta rápida. Eu sou o jardineiro dela. Fiz isso apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.

Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa desse jardineiro?

E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?

Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?

Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?

Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza?

E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las?

O amor floresce nos pequenos detalhes. Como gotas de chuva que umedecem o solo ou como o sol abundante que se faz generoso, distribuindo seu calor.

A gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância para que a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade.


O MÁGICO E O CAMUNDONGO...




O Mágico e o camundongo...

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.
 Um mágico teve pena dele e o transformou em gato.
 Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.

Então ele começou a temer os caçadores.
A essa altura o mágico desistiu.
Transformou-o em camundongo
novamente e disse:

- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo.
 É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.
Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as adversidades, vencendo os medos...
É isto que devemos fazer.
Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.

 Assim, jamais chegaremos aos lugares que tanto almejamos em nossas vidas...

IDOSOS E VELHOS...!


Idosos e velhos...!

Você se considera uma pessoa idosa, ou velha? Acha que é a mesma coisa?
Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos.

Idosa é uma pessoa que tem muita idade.
Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
 A idade causa degenerescência das células.
 A velhice causa a degenerescência do espírito.
 Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
 Você é idoso quando sonha.
 É velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende.
 É velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando pratica  esportes, ou de alguma outra forma se exercita.
 É velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente amor.
É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida.
 É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs.
 É velho quando seu calendário só tem ontens.
O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência.
Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro.
E é no presente que os dois se encontram.

Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão.
 Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.

O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.
 O idoso tem planos.
O velho tem saudades.
O idoso curte o que resta da vida.
O velho sofre o que o aproxima da morte.

O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos.
O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
 O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso.
 As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.

Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.


Reflitamos sobre isto!