AS PERDAS DO SER HUMANO!
Há horas em nossa vida que somos
tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio.
Questionamos o porquê de nossa
existência e nada parece fazer sentido.
Concentramos nossa atenção no lado mais cruel
da vida – aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente:
as perdas do ser humano...
Ao nascer, perdemos o aconchego, a
segurança e a proteção do útero.
Estamos, a partir de então, por nossa conta –
sozinhos, podem dizer alguns.
Começamos a vida em perda, e nela
continuamos –dizem outros.
Porém, paradoxalmente, se notarmos bem, e se
nos atrevermos a ver tudo isso sob outro ponto de vista, um ponto de vista mais
otimista, quem sabe, descobriremos algumas coisas como:
No momento em que perdemos algo,
novas oportunidades nos surgem.
Ao perdemos o aconchego do útero,
ganhamos os braços do Mundo.
Ele nos acolhe, nos assusta e nos
encanta, nos destrói e nos eleva.
E continuamos a perder…
E seguimos a ganhar.
Perdemos a inocência da infância e
ganhamos a confiança absoluta na mão que segura nossa mão.
Ganhamos a coragem de andar na bicicleta sem
rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair.
Perdemos a inocência da infância e adquirimos
a capacidade de questionar:
Por quê?
Perguntamos a todos e de tudo.
Estamos crescendo.
Nascer, crescer, adolescer,
amadurecer, envelhecer, morrer, renascer.
Cada nova fase revela perdas.
Cada nova fase aponta novos ganhos.
A vida é obra encantadora do Criador.
Nada nela existe por acaso.
Nada funciona ou acontece sem seguir uma lei
maior,
uma razão.
Nem mesmo a tão temida “morte” deve
ser considerada como oposto de “vida”.
O que chamamos de morte é apenas uma entrada
para outra estação da mesma vida.
Assim, quando achamos que “perdemos” pessoas
que amamos, deveríamos enxergar que “ganhamos” um grande amor, e este nunca se
perderá.
Cada pessoa que entra em nossa vida,
e que nela permanece através do amor, nunca mais estará distante.
Que ganho maravilhoso este!
Que certeza esperançosa, revolucionária!
A vida não começa em perda, começa em
“oportunidade”. Nascer é ganhar nova chance de seguir adiante.
Nova chance de descobrir, de conhecer e de
amar.
Quem ama nunca perde!
Quem doa nunca fica sem!
Colaboração da Mary
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