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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ACEITE-SE!...

          Aceite-se!...
Sentir-se rejeitado pelos outros é um sentimento que poucos conseguem superar facilmente, pois depende de uma elevada confiança em si mesmo, o que nem sempre temos.
Quanto mais rebaixada nossa auto-estima, quanto menos gostamos de nós mesmos, mais vulneráveis somos à rejeição.
Quando uma pessoa com baixa auto-estima perde uma pessoa que ama ou uma colocação profissional, passa a acreditar que não merece nada, que é indigna de ter o que deseja, sentindo-se completamente só e, principalmente, abandonada.

Mesmo as pessoas com elevada auto-estima, ou seja, conscientes de seu valor, tendem a sentir os mesmos sentimentos quando há uma perda, pois neste momento perdem também o controle da situação que até então acreditavam ter e isso tende a abalar todas as emoções.
Lidar com a rejeição não é nada fácil, pois geralmente nos remete inconscientemente às situações de abandono durante a infância.
 Se alguém nos rejeita, de alguma forma não nos aceita, e se tentamos mudar em função disso para agradar, tudo tende a piorar.
 Mas, na maioria dos casos, o outro,  dificilmente é a causa real do sentimento de rejeição, pois a sensação de sentir-se abandonado já existe internamente na pessoa. A dificuldade está em lidar com estes sentimentos anteriores somados aos atuais.  
O principal antídoto ao sentimento de rejeição é não limitar todas as esperanças da vida a um relacionamento, ou seja, dedicar-se apenas ao marido, filho, a esposa, a mãe, ou a um emprego, não tendo mais nenhum outro objetivo, esquecendo-se de outras pessoas ou fatos importantes e principalmente de si mesmo.
Mas não há nada pior do que acreditar cegamente e… ser abandonado.
Se você admitir que pode  um dia ficar só e ainda assim sobreviverá, correrá menos riscos de se sentir rejeitado. E também terá maior liberdade para mudar sua vida sem sentimentos de culpa.

Não devemos nunca perder nosso referencial interno, nem reduzir nossas esperanças ou colocar nossa expectativa de vida sob a direção de algo que não controlamos: o sentimento e a reação do outro.
Por vezes, podemos ser preteridos e não é por isso que a vida deixará de existir ou que as coisas que desejamos deixaram de ser realizáveis, muito pelo contrário, pode ser a chance que temos de ter a possibilidade para irmos em busca daquilo que realmente queremos.
 Não podemos nunca depender da atitude  de outra pessoa para termos certeza de nosso real valor.
É preciso que estejamos sempre conscientes de que as atitudes de outras pessoas nem sempre estão relacionadas à nossa pessoa, e, portanto, não são respostas a nós.
 Precisamos entender que os outros são seres humanos como nós e que às vezes podem nos dar um não ou  uma resposta agressiva muito mais em função dos próprios conflitos internos e que nada têm a ver com sua pessoa.
 Mas como muitas vezes não consideramos a realidade interna do outro, imaginamos que estamos sendo rejeitados, mas muitas vezes a rejeição faz mais parte do nosso mundo interior do que da realidade.
 Por isso, é importante saber diferenciar a reação dos outros em cada momento.
Procuremos  entender as razões do outro, pois muitas vezes o problema para agir assim pode ser mais dele do que seu.
Seja como for, de nada adianta dramatizar a situação e colocar-se no papel de vítima. O drama e o sentimento de culpa só irão aumentar a sua dor.
 Encare a dificuldade do momento,  de frente e procure aprender com tudo isso.
 No mínimo, você conquistará maior autoconfiança e isso lhe será útil pelo menos na próxima vez.
Muitas vezes, o sentimento de rejeição é acentuado pela insistência em supervalorizarmos a opinião e aprovação dos outros de nosso modo de ser, pensar e agir.
Damos aos outros o poder de juiz e permitimos que comandem nossa forma de viver. A excessiva importância dada à opinião e aos valores dos outros, por mais que estes queiram apenas o nosso bem, retrata uma irresponsabilidade quase infantil e inconsciente de acreditar que são eles que devem assumir e suprir nossas necessidades.

Cabe a cada um de nós satisfazer as próprias carências e não a quem está ao nosso lado.
Acreditamos que ninguém deve nos dizer não, para que não nos sintamos rejeitados e abandonados, mas, na verdade, a principal rejeição não vem dos outros, mas está dentro de nós mesmos e resulta na falta de amor-próprio.
Pare de se criticar, mude o que acha que tem de mudar em si e torne-se mais independente da aprovação de outras pessoas.
                                                    Aceite-se!
Torne-se responsável pelo que você é e deixe que o outro seja responsável pelo o que ele é.
Faça sua vida ser conduzida sob sua responsabilidade e seus valores, e não sob os do outro.
Pense que você tem a responsabilidade de se amar, se aceitar, aprovar e valorizar.
 Se atribuir essa responsabilidade ao outro, cada vez que ele negar, surgirá a rejeição, um sentimento que só você poderá se isentar de senti-lo.
 E lembre-se:
Nenhuma pessoa merece suas lágrimas e quem as merece não te fará chorar, jamais!
Rosemeire Zago

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