Artigos e Informações ligados ao Rosacrucianismo

quinta-feira, 16 de julho de 2020

VIVA E SORRIA...!

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé

VIVA E SORRIA...!


Ei! Sorria...

Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
 Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente!
A vida não passa de uma tentativa.
Ei!
Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Deles depende a sua felicidade completa.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome! Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distância, e sim uma aproximação.
Aceite!
A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda!
Entenda as que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe...
Olhe à sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
 Ei! Não corra.
 Para que tanta pressa?
Corra apenas para dentro de você.
Sonhe!
Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere!
Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute!
Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
 Ei! Ouça...
 Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba...
faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo, mas não se esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.

Ei! Descubra!
Descubra tudo aquilo que há de Bom em você!
                                                     VIVA... !  SORRIA

SÓ AS FLORES TEIMAM EM VIVER!



SÓ AS FLORES TEIMAM EM VIVER!

Só as flores teimam em viver
Mal o lusco fusco espreitava
Era um corrupio de vida
Arrimava-se lenha ao lume
Enquanto o café se preparava
Lá se encetava a descida
Para dar vianda à marrã,
Sempre a grunhir com azedume;
Abrir a capoeira às pitas;
Dar à vaca feno ou ferrã…
No alto balcão das escaleiras
Alguém se lavava a preceito;
Da cozinha vinha o tlintar
E o fumegar das cafeteiras,
Que a mãe vazava com seu jeito
Para as malgas, com pão migado,
E leite vindo de ordenhar.
Depressa findava o repouso
Prosseguindo igual cirandar
Todo o dia era de labuta
Num vai e vem muito apressado
Como se alguém corresse atrás
Mas tivesse logrado a luta
Deixando tudo abandonado
À chuva e ao vento a correr
E, nessa casa que hoje jaz
Num silêncio sombrio e frio,
Só as flores teimam em viver

Georgina Ferro
Esta foto é de Carlos Pedro de ‎Vila Garcia - Trancoso





MALHANDO O PÃO NA EIRA!

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, céu, nuvem, montanha, ar livre e natureza


MEMÓRIAS DE INFÂNCIA!

MALHANDO O PÃO NA EIRA

Chegam os malhadores convidados
Aos pares como manda a tradição
Desenfaixam-se os molhos atados
Espalha-se, na laje, a eirada
Ao de cima as espigas de grão
Depois do “mangual” verificado
Colocam-se todos em posição
Fica a metade de cada lado,
Dá-se por começada a malhada:
Um cantar uníssono e ritmado
Que vai marcando o compasso do malho
Bem como o uivo chicoteado
Dos “manguais” a fustigar o grão
Desvendam quão duro é o trabalho,
Que deixa um lamento magoado
Esculpido em nosso coração
Os malhadores limpam o suor
“Espalhadeiras” retiram a palha
E sacodem-na bem de qualquer grão
(Mas há sempre um ou outro que falha!)
Apertando-a, de novo, em “fachas”
Lançam uma “eirada” maior
E recomeça a operação
Ao mesmo ritmo das vozes e marchas
Concluída a malhada na eira
Puxa-se a palha com um ancinho
Lançam-se pazadas de grão ao vento
Ou arremessa-se de uma “ceira”
Adequada a este evento
Os homens bebem um copo de vinho
Que enganam com um naco de pão
Bom presunto, chouriço, requeijão
As “rebuscadeiras” dão mais um “geio”
Com vassouras feitas do “almeirão”
“Acuanheiras” juntam o centeio
Que ficou espalhado pelo chão
E dá-se por acabado o malho
O grão é medido e ensacado
E colocado no carro de bois
Com destreza e máximo cuidado
Para ser acarretado depois
E irá ficar muito bem guardado
Em arcas de castanheiro ou carvalho.

georgina esteves ferro
Compartilhado

EU QUERIA... TER!

A imagem pode conter: nuvem, céu, ave e ar livre


  EU QUERIA... TER!
Queria ter por amiga a ave
Que me levasse até ao céu
Me poisasse, eu voo suave,
Naquela nuvem de alvo véu

Queria que mergulhasse comigo
Sobre os campos, rios, céus e mar
Ter as suas asas por abrigo
A sua alma com quem falar

De visita aos nossos amores
Por esses jardins cheios de flores
Levaríamos sonhos em nós
Em abraços, sorrisos e beijos
Realizávamos os desejos
A qualquer ser, ainda sem voz!

Georgina Ferro



domingo, 12 de julho de 2020

O ISOLAMENTO, EM CASA!



                                                    O ISOLAMENTO, EM CASA!

- Mestre, como posso enfrentar o isolamento?
- Limpe sua casa. Muito bem. Em todos os cantos. Mesmo aqueles que você nunca teve vontade, coragem e paciência de tocar.
Torne sua casa brilhante e cuidada. Remova a poeira, as teias, as impurezas. Até as mais escondidas.
Sua casa representa você mesmo: se você cuida dela, você também cuida de si.
- Mestre, mas o tempo está longo.
Depois de cuidar de mim através da minha casa, como posso viver o isolamento?
- Conserte o que você pode consertar e elimine o que você não precisa mais.
Dedique-se ao remendo, borda os arranques das suas calças, costura bem as bordas desfiadas dos seus vestidos, restaura um móvel, conserte tudo o que vale a pena reparar.
O restante joga fora, com gratidão e com consciência de que seu ciclo terminou.
Arrumar e eliminar fora de você, permite consertar ou eliminar o que está dentro de você.
- Mestre e depois fazer o quê? O que posso fazer o tempo todo sozinho?
- Semeia.
Uma semente em um vaso. Cuide de uma planta, regue-a todos os dias, fale com ela, dê um nome, tire as folhas secas e as ervas daninhas que podem sufocá-la e roubar energia vital preciosa.
É uma maneira de cuidar das suas sementes interiores, dos seus desejos, das suas intenções, dos seus ideais.
- Mestre e se o vazio vier me visitar?... Se o medo da doença e da morte chegar?
- Fale com ele.
Prepare a mesa para ele também; reserve um lugar para cada um dos seus medos.
Convide-os para jantar com você. E pergunte-lhes por que eles chegaram de tão longe até sua casa. Que mensagem querem trazer. O que eles querem te comunicar?
- Mestre, acho que não consigo fazer isso...
- Não é o isolamento o seu problema, mas sim o medo de enfrentar seus dragões interiores. Aqueles que você sempre quis afastar de você. Agora você não pode fugir. Olhe nos olhos deles, ouça-os e descobrirá que foi colocado contra a parede.
Você foi isolado para poder falar com você.
Como as sementes, que só podem brotar, se estiverem sozinhas.

Autor desconhecido
 :