TEMPESTADES!!!
Você já ouviu
alguém dizer: “Que tempo horrível! Não há o que fazer senão ficar em casa,
olhando para as paredes”? – Bem, esta conclusão talvez seja um tanto
precipitada.
Embora certas
condições de clima realmente não sejam propícias à passeios, elas podem
proporcionar oportunidade para a expressão do nosso Eu psíquico. Algumas
pessoas afirmam que a atmosfera de um dia tempestuoso suscita introspecção.
Durante um período assim, parece ocorrer um impulso de “olhar para dentro”, que
às vezes resulta em “exacerbada sensibilidade aos nossos próprios pensamentos”,
como o expressou um jovem. Pode até ocorrer uma intensificação da nossa
capacidade criadora. Como escritor, posso endossar esta impressão. Algumas de
minhas ideias mais fecundas sucedem quando a atmosfera está carregada ou quando
está chovendo, precisamente devido ao sentimento de introspecção que estas
condições suscitam em mim.
Se certas
condições atmosféricas comumente expressas como “atmosfera carregada” realmente
nos afetam, como foi acima descrito, talvez nos seja útil encarar esses dias
como particularmente propícios à exploração do nosso próprio âmago. É possível
que ideias muito úteis e fecundas ocorram mais facilmente nesses dias em que o
Eu exterior se torna mais sereno e mais receptivo a impulsos interiores.
Se nos
detemos para pensar nisso tudo, não parece inconcebível que certas condições
atmosféricas possam afetar nossa natureza psíquica, especialmente se aceitamos,
como aceitam os Rosacruzes, a ideia de que somos partes intimamente integrantes
da energia cósmica, em nós mesmos e ao nosso redor, de modo que um impulso que
ocorra num dado ponto há de afetar todos os outros pontos, de algum modo. Os
chineses chamaram essa energia de Ch ‘i e, os hindus, de Prana; e, para os que
assistiram ao filme Guerra nas Estrelas, este conceito foi sintetizado na ideia
de “a Força”.
Pode-se
argumentar que é simplesmente a diminuição da atividade normal, durante dias
chuvosos, que nos torna mais introspectivos e que isto nada tem a ver com as
reais energias que nos cercam. Talvez isto seja verdadeiro, pois a existência
dessas energias ainda não foi plenamente comprovada. Não obstante, aqueles que
estão apenas interessados em aproveitar cada dia ao máximo podem concluir que
essa comprovação não é criticamente importante. Como disse alguém, muito
apropriadamente: “Não há como um dia chuvoso para fazer fluírem as ideias … “.
Da próxima
vez que uma tempestade ou uma chuva comum lhe impedir de fazer um piquenique ou
dar um passeio de carro, canalize suas energias num outro sentido. Desenhe,
pinte, escreva – pense! Libere seus sentimentos. Talvez encontre alguma coisa,
em seu próprio âmago, que ignorava ali existir.
Compartilhado - AMORC
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