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sábado, 15 de dezembro de 2018

COMO SE MEDE UMA PESSOA!?

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COMO SE MEDE UMA PESSOA!?

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.
Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada.
É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto.
É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será que ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições?
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, e sim de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
Autora Martha Medeiros

A ARTE DE SER MÃE!

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A ARTE DE SER MÃE!

A arte de ser mãe não se ensina nas escolas, não se herda, nem se aprende nos livros. Ela nasce como uma couraça que recobre e dá forças, como você jamais achava que teria em seu interior.
Ser pai, ser avó, avô, tio ou tia é também descobrir de repente como uma parte da nossa essência ganha forma e conquista os nossos corações. É maravilhoso. Contudo, o simples fato de dar à luz uma criatura estabelece um vínculo extremamente forte, e ao mesmo tempo íntimo, entre a mãe e o filho.
Ser mãe é dar forma a um amor que você nunca pensou que existisse. E embora você tenha clareza de que qualquer mulher pode dar à luz, você sabe que a sua experiência é única, que você se sente muito mais viva, e que cada dia você se surpreende com como algo tão pequeno pode ser tão grande…
Ser mãe é uma aventura que vale a pena
Quando a mulher segura seu filho nos braços, estabelece às vezes pequenos pactos entre o seu filho e ela. Em voz baixa, e quase entre sussurros, promete fazer o possível para transformá-lo em uma pessoa feliz, protegê-lo de todo mal, e apoiá-lo a cada dia da sua vida em cada decisão que tomar.
O seu coração de repente ficou maior e, com ele, a sua capacidade de amar. É um amor diferente e tão poderoso que fará você perdoar o que outros não perdoam, e não importarão as noites em claro, todas essas horas cuidando deles quando estiverem doentes, quando chamarem você porque têm medo do escuro…
Eles serão crianças uma só vez na vida, mas você sempre será a sua mãe. E esse é um pacto que você aceita com imensa serenidade entendendo muito bem o que isso implica. A responsabilidade. Porque ser mãe, ser pai, é uma aventura que sempre valerá a pena.
Ser mãe: um laço invisível que nutre, educa e liberta
Existem aquelas que percebem o “seu momento”. O momento em que decidem ser mães porque sentem que é a hora, e porque a sua situação pessoal o permite. Em outros casos, surge como um imprevisto que no início desconcerta, logo se aceita e no fim, surge como o melhor evento não programado de nossas vidas.
Ser mãe é estar ligada a seus filhos por um fio invisível que não se pode arrancar. É como quem quer arrancar uma flor, e ao fazê-lo incomoda uma estrela…
Se existe um aspecto que muitas mulheres (e pais) temem é falhar em alguma coisa. Não fazer algo direito. Às vezes, muitos de nós temos em mente os erros dos nossos próprios pais, esses que não desejamos repetir:
Um desapego profundo que nunca nos permitiu estabelecer um vínculo adequado com eles.
Sentir até o dia de hoje algumas carências gestadas desde a nossa infância: falta de reconhecimento, insegurança, críticas.
Ter recebido um estilo de educação autoritário, onde nunca houve um diálogo adequado, somente rigidez, distância e frieza.
Ou ao contrário, ter sofrido as consequências de uma educação superprotetora que vetou o crescimento pessoal, a capacidade de escolha, para ter segurança…
Fica claro que ninguém dispõe do manual perfeito da boa mãe, do bom pai, mas o que devemos compreender é que não se trata de ser a mãe perfeita, trata-se simplesmente de “ser mãe”, de estar, e por isso convém aplicar estes princípios.
Você acompanhará os seus passos, lhe oferecerá os seus valores para educar uma pessoa livre e feliz
Se existe algo que toda mãe deseja para seus filhos é a sua felicidade. Para isso é bom criar um vínculo significativo e forte, desde o primeiro momento em que chegam ao mundo.
As crianças precisam sentir segurança por meio do apego nos seus primeiros anos. Com isso, elas se sentirão amadas, integradas nessa primeira esfera social que é a família.
Uma criança reconhecida, querida e valorizada na sua família se sente muito mais segura para explorar o mundo.
Como mãe, você está lhe oferecendo os valores essenciais que a definem: o respeito por si mesmo e pelos outros, o amor, a compreensão, a empatia, a liberdade, o respeito pela natureza, a superação pessoal, a humildade…
Ser mãe é, antes de mais nada, propiciar a sua felicidade para que no dia de amanhã também sejam adultos livres, maduros e capazes de dar felicidade a outros.
Laços afetivos que não julgam, que não submetem, laços que envolvem e cuidam
Existem mães que se surpreendem com a personalidade dos seus filhos, como se desejassem, de alguma forma, que estes fossem cópias exatas de si mesmas ou dos pais. Os julgam e inclusive os recriminam por certas coisas em voz alta na frente dos outros.
Ser mãe também é aceitar que os filhos são como são, para levá-los pela mão pelo melhor caminho. Mais tarde, iremos encorajar a sua independência através da responsabilidade e as implicações das decisões.
Não é uma tarefa fácil, mas sim um projeto de vida onde o laço que você estabelecer com seus filhos sempre será esse motor incombustível que lhe dará força, que lhe dará fôlego. Porque tudo valerá a pena enquanto você fizer com amor.

GRATIDÃO!


GRATIDÃO!

Consciência da Gratidão

À medida que a psique desenvolve a consciência, fazendo-a superar os níveis primitivos recheados pela sombra, mais facilmente adquire a capacidade da gratidão.
A sombra, que resulta dos fenômenos egoicos, havendo acumulado interesses inferiores, é a grande adversária do sentimento de gratulação. Na sua ânsia de aparentar aquilo que não conquistou, impedida pelos hábitos enfermiços, projeta os conflitos nas demais pessoas, sem a lucidez necessária para confiar e servir. Servindo-se dos outros, supõe que assim fazem todos os demais, ante a impossibilidade de alargar a generosidade, que lhe facultaria o amadurecimento psicológico para a saudável convivência social, para o desenvolvimento interior dos valores nobres do amor e da solidariedade.
A miopia emocional defluente do predomínio da sombra no comportamento do ser humano impede-o que veja a harmonia existente na vida.
As imperfeições morais que não foram modificadas pelo processo da sua diluição e substituição pelas conquistas éticas atormentam o ser, fazendo-o refratário, senão hostil a todos os movimentos libertários.
Não há no seu emocional, em conseqüência, nenhum espaço para o louvor, o júbilo, a gratidão.
Desse modo, os conflitos que se originaram em outras existências e tornaram-se parte significativa do ego predominam no indivíduo inseguro e sofredor, que se refugia na autocompaixão ou na vingança, de forma que chame a atenção, que receba compensação narcisista, aplauso, preservando sempre suspeitas infundadas quanto à validade do que lhe é oferecido, pela consciência de saber que não é merecedor de tais tributos…
Acumuladas e preservadas as sensações que se converteram em emoções de suspeita em de ira, de descontentamento e amargura, projetam-nas nas demais pessoas, por não acreditar em lealdade, amor e abnegação.
Se alguém é dedicado ao bem na comunidade, é tido como dissimulador, porque essa seria a sua atitude (da sombra).
Se outrem reparte alegria e constrói solidariedade, a inveja que se lhe encontra arquivada no inconsciente acha meios de denominá-lo como bajulador e pusilânime, pois que, por sua vez, não conseguiria desempenhar as mesmas tarefas com naturalidade. A ausência de maturidade afetiva isola o indivíduo na amargura e na autopunição.
Tudo quanto lhe constitui impedimento mascara e transfere para os outros, assumindo postura crítica impiedosa, puritanismo exagerado, buscando sempre desconsiderar os comportamentos louváveis do próximo que lhe inspiram antipatia.
Assim age porque a sua é uma consciência adormecida, não habituada aos vôos expressivos da fraternidade e da compreensão, que somente se harmonizando com o grupo no qual vive é que poderá apresentar-se plena.
Autoconscientizando-se da sua estrutura emocional mediante o discernimento do dever, o que significa amadurecer, conseguirá realizar o parto libertador do ego, dele retirando as suas mazelas, lapidando as crostas externas qual ocorre com o diamante bruto que oculta o brilho das estrelas que se encontram no seu interior.
Urge, pois, adotar nova conduta para se libertar das fixações perversas. Conseguindo despertar dos valores nobres, é inevitável a saída da sua individualidade para a convivência com a coletividade, onde mais se aprimorará, aprendendo a conquistar emoções superiores que o enriquecerão de alegria e de paz, deslumbrando-se ante as bênçãos da vida que adornam tudo, assimilando-as em vez de reclamando sempre, pela impossibilidade de percebê-las.
O ingrato, diante do seu atraso emocional, reclama de tudo, desde os fatores climatéricos aos humanos de relacionamentos, desde os orgânicos aos emocionais, sempre com a verruma da acusação ou da autojustificação assim como do mal-estar a que se agarra em seguro mecanismo de fuga da realidade.
Nos níveis nobres da consciência de si e da cósmica, a gratidão aureola-se de júbilos, e os sentimentos não mais permanecem adstritos ao eu, ao meu, ampliando-se ao nós, a mim e a você, a todos juntos.
A gratidão é a assinatura de deus colocada na Sua obra.
Quando se enraíza no sentimento humano logra proporcionar harmonia interna, liberação de conflitos, saúde emocional, por luzir como estrela na imensidão sideral…
Por extensão, aquele que se faz agradecido torna-se veículo do sublime autógrafo, assinalando a vida e a natureza com a presença dEle.
Quando o egoísta insensatamente aponta as tragédias do cotidiano, as aberrações que assolam a sociedade, somente observa o lado mau e negativo do mundo, está exumando os seus sentimentos inconscientes arquivados, vibrantes, sem a coragem de externá-los, de dar-lhes campo livre no consciente.
A paz de fora inicia-se no cerne de cada ser. Também assim é a gratidão. Ao invés do anseio de recebê-la, tornar-se-lhe o doador espontâneo e curar-se de todas as mazelas, ensejando harmonia generalizada.
A vida sem gratidão é estéril e vazia de significado existencial.
Autor: Joanna de Ângelis

AMAR ALGUÉM SÓ PODE FAZER BEM!!!

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AMAR ALGUÉM SÓ PODE FAZER BEM!!!

Porque amar é bom demais!

Amor deveria ser um bem comum.
Amor deveria ser grátis. Deveria ser fácil, leve e solto. Tal qual espontaneidade de bicho do mato.
Amor deveria ser cachoeira de águas cristalinas, que dá de beber a quem se aproxima. E deveria também ser terra fértil, pronta pra quem quiser cultivar com as próprias mãos. Deveria ser como o mar, a planta, a areia que nasceu neste planeta muito antes de nós e não há cerca que pudesse forjar uma obrigação, uma definição, uma possessão. Sem drama, sem decisão.
Amor não deveria ser público e nem privado, porque não pertence a nenhuma empresa e nem ao estado. Amor vem da terra, vem do mato, vem na gente antes de saber falar e entender, antes de conhecer a carga pesada da palavra ‘amor’.
Amar não deveria ser livre. Porque amar é a própria liberdade em si.
Todo mundo deveria ter direito ao amor, porque amor que é amor não exclui.
Amor não deveria ter cor, raça, nação… Amor deveria ser cego, surdo, mudo e pobre. Tão rico quanto uma alma solta, tão farto como uma floresta e seus encantos, tão fácil quanto a vida antes dos significados.
Amar deveria ser pomar em território de ninguém.
O amor não deveria deixar uns desnutridos e outros empapuçados.
O amor não deveria ser dividido, pensado, organizado, catalogado, exigido, ignorado. O amor deveria ser apenas compartilhado. Pega-se o que se quer, dá-se o que se tem.
Amar não deveria exigir que a gente fosse melhor do que ninguém pra poder merecer o que já é nosso por essência!
Amar é só energia de cura, de carinho, de compaixão. É deitar num ombro sem saber qual a razão.
É uma expressão de beleza dos olhos, de uma verdade das mãos.
Amor é bom, amor está antes e além de tudo o que convém.
Amar alguém só pode fazer bem.

Texto de Clara Baccarin
Clara Baccarin é poeta, escritora e tradutora. Autora do romance Castelos Tropicais (Ed. Chiado, 2015), e do livro de poemas Instruções para Lavar a Alma (Ed. Sempiterno, 2016). É uma contadora de histórias que adora poetizar o mundo. Escreve por amor e rebeldia: desconstruindo verdades, brincando com as palavras e ressignificando a vida.

NÓS, OS FABRICANTES DE SOLIDÃO!

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NÓS, OS FABRICANTES DE SOLIDÃO!

É um erro acreditar que a experiência de se relacionar superficialmente irá gerar experiência para um relacionamento duradouro. Relacionar-se superficialmente ensina a ser cada dia melhor nisso, enquanto a experiência de fazer durar só se adquire fazendo durar.
Somos tão livres como nunca fomos. Pode-se escolher carreira, viagens, hobbies, pessoas. Acima de tudo pessoas. Pode-se trocar de carreira, de hobbies e de pessoas, o tempo todo. Por que o resultado disso não é maravilhoso? Por que os cidadãos da era tinder são tão solitários? Por que os pregadores do desapego nas redes sociais parecem tão felizes e divertidos por lá e na realidade estão em desespero, viciados em remédios? E de onde foi que eles saíram?
Estas pessoas são solitárias, não por que não socializem, não saiam com os amigos, não se divirtam. Elas fazem tudo isso e ainda têm um tinder que bomba. Mas não criam laços. Todas essas coisas e pessoas (excetuando um bom amigo ou outro) são efêmeras e desaparecem quando se está doente ou sem dinheiro. Puf!
O trabalho do sociólogo polonês Zygmunt Bauman nos emprestou as palavras para falarmos desse fenômeno social que estamos vivendo.
As explicações sobre a atual liquidez de tudo vieram a calhar, para aqueles que têm a coragem de admitir e que têm interesse no que se passa ao nosso redor. Em trabalhos como: “modernidade líquida” e “amor líquido” encontram-se temas chave que nos ajudam a nos situar no caos moderno. Tais como: a perda de espaço e tempo implicados pelo avanço tecnológico, a fragilidade dos laços humanos, a substituição de relações presenciais por on-line e etc.
Mas este artigo não é para falar de Zygmunt e sim para entendermos através do embasamento que seu trabalho nos oferece, como nos tornamos fabricantes de solidão e legitimadores da mesma.
Quando falo do que “vivemos hoje”, não é por empatia com tempos passados, falo do fenômeno social ocorrido como consequência de avanços tecnológicos e culturais, principalmente a ideologia moderna da “liberdade”. A ideia de ser livre e de poder fazer o que quiser, a desconstrução de valores, que agora são extremamente relativos.
Você começa uma família se quiser e quando quiser, você tem filhos se quiser, você viaja para onde quiser, você não precisa se relacionar com o gênero oposto, você é livre! Estamos todos inseridos na cultura do respeito às diferenças. E tudo isso são avanços inegáveis, mas ainda não estamos no paraíso por quê?
Todos os nossos avanços vieram acompanhados de evoluções tecnológicas que nos tiraram a noção de espaço e tempo interligados, como disse Bauman: “O tempo se tornou dinheiro depois de se ter tornado uma ferramenta (ou arma?) voltada principalmente a vencer a resistência do espaço: encurtar as distâncias, tornar exequível a superação de obstáculos e limites à ambição humana.” (BAUMAN, Modernidade Líquida, 2001, p.130)
Está dada a largada então, para a conquista de espaço no menor tempo possível e os competidores são, as um dia crianças, ensinadas que podiam ser o que quisessem. E isso é o que importa agora, sucesso financeiro, aquisição de espaço, ambição. Laços de afeto e a espiritualidade são complementos necessários na vida de um cidadão moderno, saudável e bem-sucedido, mas apenas complementos. E é muito bom que todos tenham esses complementos, assim como carimbos no passaporte. E o ideal é que sejam colocados em um futuro seguro e incerto (porque nada é certo), onde não possam afetar suas prioridades de carreira e dinheiro.
É preciso um espaço só seu para se concentrar nas prioridades, para focar e competir no dia a dia com máxima eficiência. Cria-se uma bolha.
E de dentro das bolhas do individualismo olha-se para fora, para uma imensidão de possibilidades. As redes sociais disseminam a sensação de que há uma infinidade de pessoas a nossa volta, todas legais e felizes, tentando parecer mais bonitas e mais felizes que outros. Todas postando seus momentos de alegria e sucesso. Cria-se um ideal inalcançável, pois é atualizado o tempo todo nas redes. Então cá no nosso dia a dia como escolher alguém?
Com uma escolha feita parece-se estar perdendo tanto! Como amar alguém e perder as experiências maravilhosas com as pessoas maravilhosas que lotam o facebook e o instagram?
Além disso, as pessoas presenciais são humanas e falhas, dão trabalho e nunca correspondem ao ideal disseminado pelas redes. E aí é que são descartadas e trocadas por outras. Sempre na compulsão de tentar de novo, de achar a pessoa certa, que “cabe no sonho”, como disse Cazuza. É muito fácil dizer que não deu certo e se desprender de responsabilidades na tentativa, dizer: “é a vida”.
E volta-se para casa só e começa-se tudo de novo amanhã.
Fazemos-nos todos descartáveis e reclamamos quando somos descartados, reclamamos da solidão dentro da bolha. Coloca-se a culpa num mundo louco e insensível, quando nós somos o mundo. E a coisa real que todos compartilhamos no fim das contas é a solidão. Ninguém está realmente lá, todos estão indo e vindo. Bauman explica o fenômeno dos laços frouxos e repetitivos que fazemos:
O cidadão de nossa líquida sociedade moderna — e seus atuais sucessores são obrigados a amarrar um ao outro, por iniciativa, habilidades e dedicação próprias, os laços que porventura pretendam usar com o restante da humanidade. Desligados, precisam conectar-se… Nenhuma das conexões que venham a preencher a lacuna deixada pelos vínculos ausentes ou obsoletos tem, contudo, a garantia da permanência. De qualquer modo, eles só precisam ser frouxamente atados, para que possam ser outra vez desfeitos, sem grandes delongas, quando os cenários mudarem — o que, na modernidade líquida, decerto ocorrerá repetidas vezes. (BAUMAN, Amor Líquido, 2004, p.6)
As consequências da liberdade são assustadoras. Ela é um fenômeno que a maioria ambiciona entender, uma fonte de prazeres e dores de que ninguém abre mão. Talvez todos pensem entender a liberdade, pois têm um conceito individual da mesma, mas ela está acima das ideias.
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AH! A VIDA!!!

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AH! A VIDA!!!

Não conseguiremos reabastecer nossas energias, caso estejamos sendo usados por alguém que não entende que a vida é dar e receber, ir e vir, troca, reciprocidade. É preciso estabelecer morada junto às pessoas que saberão compartilhar, distribuir e receber amor e tudo o mais que vem junto nesse encontro de vidas, de corpos, de almas.
Muitos passam pelas nossas vidas, mudando-a de alguma forma, às vezes de maneira positiva, outras vezes nos decepcionando. Será inevitável termos que lidar com as mais variadas formas de encontros que pontuarão nossa jornada, bem como com as despedidas e rupturas, sendo a nossa postura frente a isso tudo essencial, para que permaneçamos firme no propósito de alcançar a felicidade. É preciso saber dizer sim, não e nunca!
Diga sim às pessoas que se mostrarem como são, que transpirarem o ar da transparência e da verdade. Quanto mais fortemente estivermos sintonizados com tudo o que é claro e original, mais chances teremos de evitar caminhos tortuosos de dor e desesperança. A qualidade de nossa vida em muito dependerá das companhias que trouxermos para junto de nossos jardins.
Diga não àquelas pessoas que se valem da tristeza para permanecerem em pé, que são incapazes de ser e de ver alguém feliz e que estão sempre prontas a espalhar escuridão. Não poderemos nos contagiar pelo mau-humor, pela infelicidade e pela maldade de quem fica ali ao lado emanando energia negativa. Nossa determinação em sorrir deverá ser o escudo contra quem não oferece nada além de maldade e lamentação.
Diga nunca a quem não retorna coisa alguma, quem só enxerga no outro aquilo que ele possa vir a oferecer, quem só pensa em si mesmo e trata as pessoas como objetos descartáveis. Não conseguiremos reabastecer nossas energias, caso estejamos sendo usados por alguém que não entende que a vida é dar e receber, ir e vir, troca, reciprocidade.
Diga não a quem quiser permanecer ao seu lado pela metade, sem inteireza, olhando para você de tempos em tempos, somente quando não há nada mais interessante a fazer. Ninguém merece amar intensamente alguém que ama de volta sem doação integral, alguém que apressa os passos para sair ali do lado, alguém que coloca tudo menos o parceiro na lista de prioridades.
Diga nunca a quem não transmite certeza, segurança e verdade, a quem mantém os olhos distantes e intransponíveis, a quem não desnuda sua essência, quem não se posiciona com afetividade. O mundo já se encontra por demais robótico e frio, para termos que conviver com gente que não se importa, não se sensibiliza, não se emociona nem emociona ninguém. Quem não se abre não será capaz de entender e de valorizar as ofertas alheias.
Diga sim às pessoas que transbordam sentimentos, que se dignam a entender o outro, acolhendo-o com tolerância e sinceridade, colocando-se no lugar de quem sofre, de quem chora, de quem se sente diminuto. É preciso que consigamos estabelecer morada junto às pessoas que saberão compartilhar, distribuir e receber amor e tudo o mais que vem junto nesse encontro de vidas, de corpos, de almas.
Bom seria conseguirmos saber de início quais intenções guarda cada uma das pessoas que cruzam os nossos caminhos, para que nem precisássemos nos decepcionar dolorosamente com gente que machuca e fere. Como isso é impossível, será necessário nos livrarmos o quanto antes daqueles que aparecem para escurecer, bem como nos cercarmos daqueles que realmente vêm com intensidade, que procuram e ofertam, que ficam com tudo, ao longo das tempestades e das bonanças, de mãos dadas, com os olhos voltados aos nossos. Isso é amor pra vida toda.

O AMOR!!!


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O AMOR!!!

Os três tipos de amor
O amor deve ser uma benção, nunca um tormento. Se gera desconforto e ansiedade nos mostra que não compreendemos o seu real significado. Quando expressa paixão física de efêmera duração, é apenas um mecanismo de fuga da realidade.
Quem não espera encontrar o amor de sua vida, viver uma relação apaixonada, de cumplicidade e companheirismo? Mas a busca, para muitos incansável, pelo parceiro ideal tem resultado cada vez mais em desilusão, incompreensões, frustração, sofrimento. Enquanto homens e mulheres se entregam a estratégias de conquista, teorias sobre o que agrada e desagrada ao gênero oposto, e tentativas de se tornar a parceria perfeita, o amor vai se tornando mercadoria a conquistar, comprar, trocar, reter a qualquer custo.
Este é o tipo de amor mais superficial que pode existir entre dois adultos: uma forma de exteriorizar necessidades e carências imediatas, um turbilhão de emoções, ansiedades e conflitos que colocam sobre o parceiro ou parceira a responsabilidade sobre nossa felicidade. O que ocorre neste tipo de relação é simplesmente a morte do amor, pois o investimento é feito para que o outro nos preencha, o que é puramente uma ilusão. Incapacitados de nos auto-responsabilizar pela própria construção da felicidade, imputamos ao outro, ingenuamente, a utopia dessa conquista.
Imaginamos que uma relação amorosa será capaz de acalmar angústias, medos e sentimento de solidão. Doce engano do vazio existencial. Ciúme, desconfiança, insegurança e agressões transformam o amor em algoz que aprisiona e asfixia.
Quando conseguimos ultrapassar esta fase imatura do amor físico, baseado apenas no desejo de receber mais do que dar, atingimos o segundo estágio do amor, que é o amor mental. Este tipo de relacionamento baseia-se no estímulo das emoções mais elevadas, do sentimento de compreensão, do desejo de oferecer mais do que receber, da afetividade genuína. O amor mental exige amadurecimento, respeito e responsabilidade.
Já o último estágio do amor, o espiritual, é repleto de harmonia, calma, alegria de viver, bem-estar. Uma entrega mais profunda, quando se aspira ao melhor, ao belo. O amor espiritual é despido de ego. Ele ampara e dá segurança sem pedir nada em troca, sem exigências. Somente quando atingirmos este terceiro nível é que nos daremos conta da complexidade e do desafio que é vivenciar o verdadeiro amor e da mensagem de vida abundante que este sentimento carrega.
O amor deve ser uma benção, nunca um tormento. Se gera desconforto e ansiedade nos mostra que não compreendemos o seu real significado. Quando expressa paixão física de efêmera duração, é apenas um mecanismo de fuga da realidade. Não há nada de mal em querer um amor. Mas a recomendação para que o sentimento atinja níveis elevados de satisfação é apenas uma: ame, distribua afeto, não aguarde recompensas e se prepare para ser o que gostaria de ver no outro.

DEIXANDO IR...!!!


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DEIXANDO IR...!!!

É preciso deixar ir quem nunca fez questão de ficar, essas pessoas de sentimentos temporários, que nos fizeram investir tempo e imaginação. Deixar ir requer coragem, mas longe de aceitar tal ato como um final, devemos vê-lo como o começo de algo novo.
Quem nunca se viu obrigado, em certa ocasião, a ter que encerrar uma etapa de sua vida? Às vezes chamam isso de “fechar ciclos“.
No entanto, esta ideia de circularidade, mais que nos dar a visão de algo que se encerra com um início e um final, nos faz visualizar melhor uma entidade que nunca termina, como uma espécie de ciclo eterno. Devemos ver estas etapas da nossa vida como uma linha pela qual avançamos, pela qual fluímos conforme crescemos.
E para crescer nos desprendemos de certas coisas, ao mesmo tempo em que ganhamos outras. A vida é um avanço que não se pode parar, que nos esmaga e tira nosso fôlego, e de nada adianta ficarmos encalhados em algo ou em alguém que nos puxa para baixo, como faz a pedra ao cair num poço.
Quem não nos reconhece, quem nos faz mal e causa erosões em nosso ser, em nossa essência como pessoa, está violando nosso crescimento.
Entretanto, pode ser que demoremos para nos darmos conta, que não desejemos ver isso durante um tempo, mas a infelicidade é algo que ninguém pode esconder. Dói, murcha e nos apaga. Então não permita que isso aconteça. Na vida, sempre chega um momento no qual é melhor melhor soltar, deixar ir…
É preciso deixar ir até quem nos abandonou
O deixar ir, encerrar uma etapa de nossa vida, não se refere somente a dizer adeus a quem compartilha a vida conosco, num ato de decisão ou coragem.
É possível que não seja você quem esteja abandonando, pode ser que, na realidade, você tenha sido abandonado. Neste caso, a ideia de soltar, de assumir essa ruptura e avançar de novo em frente, é algo vital.
Devemos deixar ir quem nos abandonou, porque ao não fazê-lo nós seguiremos presos num infinito de emoções negativas que vão nos ferir cada dia mais. E os responsáveis, nesse caso, seremos nós mesmos.
Fechar esse ciclo de nossa vida, no qual ainda existe uma dor tremenda do abandono, requer tempo. O luto deve ser vivido, chorado, assumido e, mais tarde, deve-se aceitar o ocorrido até ser possível chegar a um perdão. Uma vez cauterizada a ferida, e quando nos encontremos livre de cargas por ter podido perdoar, nos sentiremos mais aptos para deixar ir com máxima plenitude.
Até pouco tempo, tal laço era nutrido pelo amor existente na relação. Agora que o cordão umbilical está partido, devemos nos reencontrar, nos cuidar, e nos entender para podermos reforçar o vínculo com a nossa autoestima, para volar a olhar em frente. Fortalecidos.
Não alimente nostalgias, não focalize seu olhar no ontem, porque o passado não existe mais, se foi, não está mais aqui… E lembre-se, acima de tudo, de que quem vive de nostalgia não faz mais do que alimentar o sofrimento, e se prender, enquanto idealiza um passado, deixando que o presente se perca. Sua oportunidade de ser feliz é “aqui e agora”.
É preciso deixar ir sem ressentimentos
Quem alimenta a raiva, o despeito e o ressentimento torna-se prisioneiro de quem lhe fez mal. É simples assim e contundente assim, também. Quem lhe provoca a raiva e focaliza todo o seu desprezo, faz com que você seja um eterno cativo de suas próprias emoções negativas.
Perdoar não é fácil. Às vezes, assumimos que o perdão é uma renúncia a nós mesmos, que é como vacilar e nos vermos como vítimas. Nada mais longe da realidade…
Para perdoar, você deve conseguir, de novo, ter confiança em si mesmo. Ninguém é tão forte quanto a pessoa que pode conceder o perdão a quem lhe fez mal, porque demonstra, por sua vez, que superou o medo, que já não teme o inimigo e que se sente mais livre.
Ao nos desprendermos dos ressentimentos e da raiva, voltamos ao nosso estado inicial, nosso coração volta a se curar e deixa de lado as emoções negativas. Só então o ato de “deixar ir”, se transforma em algo mais fácil de se conseguir, ao mesmo tempo em que é libertador.

MUDANDO DE DIREÇÃO


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MUDANDO DE DIREÇÃO!

O que faz a gente se empolgar com a vida? Às vezes falta motivos para sorrir à toa. Muita gente reclama do estresse diário e da falta de tempo. É, nas últimas décadas, foram muitas as mudanças por que passamos: computadores, sistemas de informação e Internet. A vida ficou muito mais acelerada e complexa! E nós somos, muitas vezes, escravos dela.
Hoje em dia, mesmo vivendo em um mundo super informatizado, temos muito mais obrigações do que momentos de lazer. E tudo isso é porque o mercado exige. O mercado quer. O mercado manda. Ficamos sem saída? Talvez não. Trabalhar menos e se divertir mais continuam na pauta do dia, ou melhor, virou meta para todo mundo. Relaxar, descansar a mente, se preocupar menos e dar valor ao que se deve é uma boa receita. O ocidente está mais oriental. Que bom!
Pois é. Minha maior demanda é descobrir… ou redescobrir a beleza da vida. Porque a cada dia constato que o mais importante nesta ciranda é não se perder de si mesmo. É relembrar que satisfazer o básico é o fundamental. Não dá pra correr atrás daquilo que está na última moda, nas vitrines mais concorridas ou no livro das 100 coisas mais importantes pra você fazer antes de morrer!
E, para viver de forma plena, o que falta para todo mundo é um pouco mais de simplicidade, de coragem e de ousadia para resgatar princípios, valores e nossas mais saudáveis utopias. Vamos nos lembrar de que o trabalho é apenas uma parte da vida… E que o prazer da existência é mais do que necessário!
Vamos nos relembrar do amor dos nossos pais, dos nossos primeiros amigos, do nosso primeiro namorado, dos nossos tesouros pessoais guardados naquela caixinha. Sentimentos são ferramentas maravilhosas que nos fazem agir ou reagir!
Nossas ações podem parecer pequenas no dia a dia, mas se cada um se inspirar aqui e lá, as vozes de uma nova consciência vão surgir. O mundo está cheio de bons exemplos para serem mostrados. Coisas boas e simples para se fazer não faltam: acreditar, sorrir e plantar uma nova ideia.
O tempo flui e também ajuda. Tanto as pequenas como as grandes mudanças são processadas em milésimos de segundos assim como o bater das asas de uma borboleta. Tudo pode acontecer. Vamos realizar nossos sonhos. Vale a pena ser leal consigo mesmo!
“Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”

João Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas.


EMPODERE-SE, MULHER!!!

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EMPODERE-SE, MULHER!!!


“Quem foi que disse que só é bonito ser esquelética, que perna grossa dispensa roupas curtas, que não é para rir alto, que é feio chegar sozinha aos lugares, que mulher come pouco, que batom tem a cor certa, que chapéu não combina sem sol? Quem disse isso nunca foi capaz de admirar a beleza de uma mulher recém-saída de um banho, naturalmente linda.”
Essa mania que temos de dar uma atenção demasiada à opinião dos outros, de ficar levantando hipóteses sobre o que vão dizer sobre nós e de fugir ao que se quer, com medo de olhares acusatórios, acaba nos afastando de reais possibilidades de encontrarmos o nosso melhor e de sermos muito mais do que pensamos. É prudente ponderar o alcance de nossos atos na vida do outro, mas anular-se por conta de ditames e regras insustentáveis neutraliza o potencial de encanto, beleza e brilho que todo mundo tem dentro de si.
E, infelizmente, as mulheres, muito mais do que os homens, parecem se importar em excesso com as opiniões alheias, prestando absurda atenção ao que vestir, como se maquiar, de que forma dizer, de que maneira se comportar. A mídia possui um forte papel nesse comportamento, haja vista os ideais femininos que veicula diariamente, impondo juízos de valor homogeneizantes, nocivos ao fortalecimento do que é próprio de cada ser humano, em suas essências diversas. As mulheres perdem muito com isso; a sociedade também. Todos, enfim, perdemos.
Quem disse isso nunca foi capaz de admirar a beleza de uma mulher recém-saída de um banho, naturalmente linda. Ninguém sabe a melhor forma de se sentir à vontade e de bem com a vida, a não ser você mesma. Se não estiver prejudicando ninguém ao seu redor, o que importa é estar feliz – e ser feliz é ser o que você quiser verdadeiramente.


JULGAR OS OUTROS...



Julgar os outros: um hábito comum em pessoas frustradas

As pessoas, seja qual for sua religião, condição social ou procedência, esperam que a justiça seja aplicada na sociedade.
Falar de justiça implica tratar incontáveis questões, mas neste artigo vamos nos centrar em um plano que não tem nada a ver com o direito canônico: falaremos do sentir psicológico de julgar e ser julgado na vida diária.
Poderíamos dizer que certas pessoas não julgam situações de forma pontual e isolada, mas assumiram o papel de juízes para os pequenos eventos da existência dos outros, sem que ninguém tenha pedido que fizessem isso.
Por que a sociedade está cheia de falsos juízes? Por que assumem seus julgamentos de valor como válidos para eles e para outros? Como chegaram até esse ponto?
Será interessante ver algumas características que esses juízes sem toga compartilham, já que exercem como executores das sentenças mais daninhas e tóxicas em relação a todos os que estão ao seu redor.

As pessoas que julgam os outros:

– Costumam detestar grande parte de sua vida e por isso tentam, na medida do possível, conseguir intoxicar a dos outros.
– Não estão satisfeitas com o que fazem e não lidam bem com o fato de que alguém esteja satisfeito.
– Não são fáceis de detectar porque não são pessoas frias ou más, mas estão tremendamente frustradas e a frustração conduz à agressão, que se manifesta de muitas formas diferentes.
– Estão atormentadas pelas decisões que tomaram, possivelmente impostas por outros ou pelas circunstâncias sem terem sido desejadas. Elas mantêm uma relação de conflito psíquico com esse tipo de evento de sua vida.
– Querem justificar a trajetória de sua vida desacreditando a vida dos outros. Em algumas situações aludem ao famoso enunciado: “Não estou tão mal assim, olhe a vida da fulana”.
– Sem dúvida nenhuma, falam de pessoas e não de ideias.
– Dão opiniões em relação aos outros não sob um prisma global que compreenda tanto as falhas quanto os acertos cometidos por essa pessoa. Julgam se apoiando em heurísticos que lhes ancoram no reducionismo, na simplicidade e na subjetividade.
– Costumam ter valores que não são usados para dar calma a eles mesmos e ao seu entorno, a não ser para julgar os outros de forma constante.
– Não possuem hobbies e atividades que considerem interessantes.
– São muito pouco autocríticos com o que eles realizam. Não gostam de se sentirem julgados em uma tarefa que implique demonstrar seu desempenho.
– Irritam-se com facilidade.
– Os sucessos dos outros se devem a causas externas, instáveis e específicas, e os seus a causas internas, não decorrentes da situação. Ou seja, seu sucesso é justificado, mas o dos outros normalmente é produto da sorte.
–Não costumam expressar opiniões na presença de muitas pessoas. Não é interessante para eles como prática, pois pode deixá-los em evidência.
– Suas críticas refletem na maioria das ocasiões o desejo por experimentar o que a vida lhes negou ou que eles não puderam alcançar.
– Não se preocupam em melhorar. Consideram que a melhor via para se destacarem é apagando o brilho de outras pessoas.
– Seus julgamentos podem ser desde leves e privados a públicos e perigosos.
Devemos ignorar essas pessoas e jamais entregar a elas o poder para que possam danificar nossa reputação pessoal ou profissional frente a um grande número de amigos, familiares ou qualquer outro público.
Diante destas pessoas só cabe a ignorância como arma, embora devamos estar alertas e preparados para que não ultrapassem os limites da nossa intimidade e privacidade.

*TEM PÃO VELHO?*



*Tem pão velho?*

Era um fim de tarde de sábado.
Eu estava molhando o jardim da minha casa, quando vi um menino parado junto ao portão, me olhando.
– Dona, tem pão velho? – perguntou ele. Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou…
Olhei para aquele menino tão nostálgico e perguntei: – Onde você mora?
– Depois do zoológico, disse ele.
– Bem longe, hein?
– É… mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
– Você está na escola?
– Não. Minha mãe não pode comprar material.
– Seu pai mora com vocês?
– Ele foi embora e nunca mais voltou…
E o papo prosseguiu, até que eu disse:
– Vou buscar o pão. Serve pão novo?
– Acho que não precisa mais não. A senhora já conversou comigo, isso já foi bom.
Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor daquela criança. Tão nova e já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitada de um papo, de uma conversa amiga. Quantas lições podemos tirar desta resposta: “Não precisa mais não, a senhora já conversou comigo, isso já foi bom!”. Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor!
Os anos se passaram e continuam pedindo “pão velho” na minha casa… E eu dando “pão novo”, mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que acolhem e promovem.
Este pão de amor não fica velho, porque é fabricado no coração de quem acredita Naquele que disse: “Eu sou o pão da vida!”. Verifique quantas pessoas talvez estejam esperando uma só palavra sua…
Hei amigo(a), tem pão velho?

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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

PROMETA A SI MESMO!!!




PROMETA A SI MESMO!!!

Ser forte de maneira que nada possa perturbar a sua paz de espírito.

Falar de saúde, felicidade e prosperidade a toda pessoa que encontrar; não por vaidade nem por ostentação.


Fazer os seus amigos sentirem que há alguma coisa superior dentro deles.


Olhar para o lado glorioso de todas as coisas, e fazer com que o seu otimismo se torne uma realidade.


Pensar sempre no melhor, trabalhar sempre para o melhor e esperar sempre o melhor.


Esquecer os erros do passado e preparar-se para melhores realizações no futuro.


Conservar em todas as ocasiões um semblante alegre,

distribuindo nos lugares por onde passar, a semente do bom humor.

Ter tanto interesse e entusiasmo pelo sucesso alheio como pelo próprio.


Dedicar tanto tempo ao próprio aperfeiçoamento, que não lhe sobre um minuto para criticar os outros.

Ser calmo na contrariedade, nobre na cólera, forte no temor e receber alegremente as experiências da vida.
Fazer um bom juízo de si mesmo e proclamar este fato ao mundo, não em altas vozes, mas em grandes feitos.

Viver na certeza de que o mundo estará ao seu lado, enquanto lhe dedicar o que há de melhor dentro de si !! 


(Cristian D. Larson)

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