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sexta-feira, 19 de maio de 2017

O PÃO NOSSO DE CADA DIA...!

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O PÃO NOSSO DE CADA DIA...!

É tradição, em muitas religiões, incluir um pedido nas preces diárias para que o homem seja suprido nas necessidades da vida. Em todo o mundo cristão, o trecho da prece “o pão nosso de cada dia nos dai hoje” é repetido muitas vezes. Essa frase é, aparentemente, uma súplica à força divina que se acredita governar o universo, por parte daqueles que sentem que enquanto o homem reside nesse mundo físico e vive em dependência dele, as coisas de que ele tem necessidade devem ser buscadas e supridas.

É lógico questionar que tipo de interpretação deve ser dado a este ato – se o pedido do homem para que lhe sejam dadas as coisas necessárias, com as quais manter a sua existência, deve ou não ser considerado no sentido literal ou puramente simbólico. É difícil, para nós que vivemos na época atual, acreditar que a solicitação deva ser considerada como literal. Certamente, com a inteligência que o homem tem desenvolvido e aplicado às circunstâncias que encontra no seu ambiente físico, é difícil acreditar que possa pensar que uma força divina, ou Deus, possa atender literalmente ao seu pedido para supri-lo com as necessidades da vida, sem seu esforço.

Se considerarmos esta solicitação literalmente, então milhares que a repetem estão pedindo que, por intervenção Divina, sejam alimentados. O homem pareceria esperar que lhe fossem dadas as coisas que necessita para tornar a vida possível no corpo físico que ocupa. Ao contrário, se uma visão mais ampla é tomada desta solicitação e o conceito é considerado simbólico, então o pedido é mais ou menos um reconhecimento do fato de que toda manifestação, quer física ou espiritual, é dependente da fonte ou origem Divina. O ponto em questão, aqui, não é se existe uma força divina, mas, uma consideração da relação do homem com essa força.

Aqueles que acreditam num universo que tem uma causa fundamental e uma existência continuada, baseada nas manifestações das leis e forças colocadas em ação por essa causa, acreditarão que a finalidade parcial do homem em existir neste universo e com ele se relacionar, é utilizá-las. O homem que nada faz, literalmente, e espera a intervenção divina para alimentá-lo, provavelmente morrerá de fome, porque está além do nosso conceito atual acreditar que qualquer força divina, essa força benevolente ou uma espécie de tirania, suprirá o indivíduo que não faz qualquer esforço para suprir a si mesmo.

As relações do homem para com o seu ambiente, como tem sido frequentemente repetido em muitas fontes, constituem o seu desafio. Recebemos o nosso pão do nosso ambiente.  Pelo nosso próprio esforço, não que plantemos o pão, mas porque, de algum modo, entramos em negócios com o nosso ambiente; e, por compensação, suprimos as nossas necessidades físicas. Quando pedimos para ser supridos relativamente a essas necessidades, estamos pedindo conhecimento, orientação, de modo a estarmos aptos a retirar o que necessitamos do ambiente do qual somos parte e, pelo uso da nossa própria inteligência, ficarmos aptos a aplicar essa inteligência, para tal manipulação do ambiente que suprirá as nossas necessidades.

O que sejam as nossas necessidades é um problema que nós mesmos devemos decidir. Existem aqueles que acreditam que unicamente pelo acúmulo de amplas quantidades de bens materiais tem o homem sucesso, ou, antes, os homens julgam os sucessos dos demais pela quantidade daquilo que acumularam. Mas, na realidade, neste ponto de vista de extremo materialismo, o homem perde a visão do próprio conceito fundamental expressado na frase que solicita o nosso pão diário: de que a nossa existência aqui não é de uma natureza permanente, mas transitória. Estamos apelando para a capacidade de usar esse ambiente, de modo que ele possa provar ser um meio, ou um campo, no qual possamos atuar para algo melhor.

Essa ideia enquadra-se na questão metafísica do valor; isto é, devem os maiores valores ser encontrados em nosso pão diário e em outras fases físicas do nosso ambiente atual, ou é esse ambiente destinado, unicamente, a de suprir com as necessidades físicas para manter a vida enquanto crescemos em conhecimento, sabedoria e experiência? Aquele que têm uma visão teológica do universo, defendam a última teoria.

A teoria do idealismo, ao contrário, afirma que o ambiente físico pode ser bom, mas, não suficientemente bom, que os verdadeiros valores transcendem aos valores físicos e que como o homem aqui existe, ele se prepara para uma existência de maior valor. Este conceito nos ensina que o homem habita num corpo físico cercado por um ambiente físico, com a finalidade de evoluir uma parte de si mesmo, que existia mesmo antes de sua manifestação física e que continuará a existir depois que toda a energia ou forçar física tiver cessado de se manifestar, pela forma que conhecemos presentemente.

Quando pedimos nosso pão de cada dia, pedimos orientação. Pedimos direção para que possamos estar conscientes de que a nossa posição, aqui, é a de nos manter, enquanto voltamos as nossas vistas para um objetivo mais elevado que esperamos alcançar. Em virtude da nossa capacidade para enfrentar esses problemas menores, ganharemos uma visão mais ampla que fará com que fiquemos aptos a nos aproximar de mais amplas soluções

Cecil A Poole, FRC





O PÃO NOSSO DE CADA DIA...!

É tradição, em muitas religiões, incluir um pedido nas preces diárias para que o homem seja suprido nas necessidades da vida. Em todo o mundo cristão, o trecho da prece “o pão nosso de cada dia nos dai hoje” é repetido muitas vezes. Essa frase é, aparentemente, uma súplica à força divina que se acredita governar o universo, por parte daqueles que sentem que enquanto o homem reside nesse mundo físico e vive em dependência dele, as coisas de que ele tem necessidade devem ser buscadas e supridas.

É lógico questionar que tipo de interpretação deve ser dado a este ato – se o pedido do homem para que lhe sejam dadas as coisas necessárias, com as quais manter a sua existência, deve ou não ser considerado no sentido literal ou puramente simbólico. É difícil, para nós que vivemos na época atual, acreditar que a solicitação deva ser considerada como literal. Certamente, com a inteligência que o homem tem desenvolvido e aplicado às circunstâncias que encontra no seu ambiente físico, é difícil acreditar que possa pensar que uma força divina, ou Deus, possa atender literalmente ao seu pedido para supri-lo com as necessidades da vida, sem seu esforço.

Se considerarmos esta solicitação literalmente, então milhares que a repetem estão pedindo que, por intervenção Divina, sejam alimentados. O homem pareceria esperar que lhe fossem dadas as coisas que necessita para tornar a vida possível no corpo físico que ocupa. Ao contrário, se uma visão mais ampla é tomada desta solicitação e o conceito é considerado simbólico, então o pedido é mais ou menos um reconhecimento do fato de que toda manifestação, quer física ou espiritual, é dependente da fonte ou origem Divina. O ponto em questão, aqui, não é se existe uma força divina, mas, uma consideração da relação do homem com essa força.

Aqueles que acreditam num universo que tem uma causa fundamental e uma existência continuada, baseada nas manifestações das leis e forças colocadas em ação por essa causa, acreditarão que a finalidade parcial do homem em existir neste universo e com ele se relacionar, é utilizá-las. O homem que nada faz, literalmente, e espera a intervenção divina para alimentá-lo, provavelmente morrerá de fome, porque está além do nosso conceito atual acreditar que qualquer força divina, essa força benevolente ou uma espécie de tirania, suprirá o indivíduo que não faz qualquer esforço para suprir a si mesmo.

As relações do homem para com o seu ambiente, como tem sido frequentemente repetido em muitas fontes, constituem o seu desafio. Recebemos o nosso pão do nosso ambiente.  Pelo nosso próprio esforço, não que plantemos o pão, mas porque, de algum modo, entramos em negócios com o nosso ambiente; e, por compensação, suprimos as nossas necessidades físicas. Quando pedimos para ser supridos relativamente a essas necessidades, estamos pedindo conhecimento, orientação, de modo a estarmos aptos a retirar o que necessitamos do ambiente do qual somos parte e, pelo uso da nossa própria inteligência, ficarmos aptos a aplicar essa inteligência, para tal manipulação do ambiente que suprirá as nossas necessidades.

O que sejam as nossas necessidades é um problema que nós mesmos devemos decidir. Existem aqueles que acreditam que unicamente pelo acúmulo de amplas quantidades de bens materiais tem o homem sucesso, ou, antes, os homens julgam os sucessos dos demais pela quantidade daquilo que acumularam. Mas, na realidade, neste ponto de vista de extremo materialismo, o homem perde a visão do próprio conceito fundamental expressado na frase que solicita o nosso pão diário: de que a nossa existência aqui não é de uma natureza permanente, mas transitória. Estamos apelando para a capacidade de usar esse ambiente, de modo que ele possa provar ser um meio, ou um campo, no qual possamos atuar para algo melhor.

Essa ideia enquadra-se na questão metafísica do valor; isto é, devem os maiores valores ser encontrados em nosso pão diário e em outras fases físicas do nosso ambiente atual, ou é esse ambiente destinado, unicamente, a de suprir com as necessidades físicas para manter a vida enquanto crescemos em conhecimento, sabedoria e experiência? Aquele que têm uma visão teológica do universo, defendam a última teoria.

A teoria do idealismo, ao contrário, afirma que o ambiente físico pode ser bom, mas, não suficientemente bom, que os verdadeiros valores transcendem aos valores físicos e que como o homem aqui existe, ele se prepara para uma existência de maior valor. Este conceito nos ensina que o homem habita num corpo físico cercado por um ambiente físico, com a finalidade de evoluir uma parte de si mesmo, que existia mesmo antes de sua manifestação física e que continuará a existir depois que toda a energia ou forçar física tiver cessado de se manifestar, pela forma que conhecemos presentemente.

Quando pedimos nosso pão de cada dia, pedimos orientação. Pedimos direção para que possamos estar conscientes de que a nossa posição, aqui, é a de nos manter, enquanto voltamos as nossas vistas para um objetivo mais elevado que esperamos alcançar. Em virtude da nossa capacidade para enfrentar esses problemas menores, ganharemos uma visão mais ampla que fará com que fiquemos aptos a nos aproximar de mais amplas soluções

Cecil A Poole, FRC


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