O PÃO NOSSO DE CADA DIA...!
É tradição,
em muitas religiões, incluir um pedido nas preces diárias para que o homem seja
suprido nas necessidades da vida. Em todo o mundo cristão, o trecho da prece “o
pão nosso de cada dia nos dai hoje” é repetido muitas vezes. Essa frase é,
aparentemente, uma súplica à força divina que se acredita governar o universo,
por parte daqueles que sentem que enquanto o homem reside nesse mundo físico e
vive em dependência dele, as coisas de que ele tem necessidade devem ser
buscadas e supridas.
É lógico
questionar que tipo de interpretação deve ser dado a este ato – se o pedido do
homem para que lhe sejam dadas as coisas necessárias, com as quais manter a sua
existência, deve ou não ser considerado no sentido literal ou puramente
simbólico. É difícil, para nós que vivemos na época atual, acreditar que a
solicitação deva ser considerada como literal. Certamente, com a inteligência
que o homem tem desenvolvido e aplicado às circunstâncias que encontra no seu
ambiente físico, é difícil acreditar que possa pensar que uma força divina, ou
Deus, possa atender literalmente ao seu pedido para supri-lo com as
necessidades da vida, sem seu esforço.
Se
considerarmos esta solicitação literalmente, então milhares que a repetem estão
pedindo que, por intervenção Divina, sejam alimentados. O homem pareceria
esperar que lhe fossem dadas as coisas que necessita para tornar a vida
possível no corpo físico que ocupa. Ao contrário, se uma visão mais ampla é
tomada desta solicitação e o conceito é considerado simbólico, então o pedido é
mais ou menos um reconhecimento do fato de que toda manifestação, quer física
ou espiritual, é dependente da fonte ou origem Divina. O ponto em questão,
aqui, não é se existe uma força divina, mas, uma consideração da relação do
homem com essa força.
Aqueles que
acreditam num universo que tem uma causa fundamental e uma existência
continuada, baseada nas manifestações das leis e forças colocadas em ação por
essa causa, acreditarão que a finalidade parcial do homem em existir neste
universo e com ele se relacionar, é utilizá-las. O homem que nada faz,
literalmente, e espera a intervenção divina para alimentá-lo, provavelmente
morrerá de fome, porque está além do nosso conceito atual acreditar que
qualquer força divina, essa força benevolente ou uma espécie de tirania,
suprirá o indivíduo que não faz qualquer esforço para suprir a si mesmo.
As relações
do homem para com o seu ambiente, como tem sido frequentemente repetido em
muitas fontes, constituem o seu desafio. Recebemos o nosso pão do nosso
ambiente. Pelo nosso próprio esforço, não que plantemos o pão, mas
porque, de algum modo, entramos em negócios com o nosso ambiente; e, por
compensação, suprimos as nossas necessidades físicas. Quando pedimos para ser
supridos relativamente a essas necessidades, estamos pedindo conhecimento,
orientação, de modo a estarmos aptos a retirar o que necessitamos do ambiente
do qual somos parte e, pelo uso da nossa própria inteligência, ficarmos aptos a
aplicar essa inteligência, para tal manipulação do ambiente que suprirá as
nossas necessidades.
O que sejam
as nossas necessidades é um problema que nós mesmos devemos decidir. Existem
aqueles que acreditam que unicamente pelo acúmulo de amplas quantidades de bens
materiais tem o homem sucesso, ou, antes, os homens julgam os sucessos dos
demais pela quantidade daquilo que acumularam. Mas, na realidade, neste ponto
de vista de extremo materialismo, o homem perde a visão do próprio conceito
fundamental expressado na frase que solicita o nosso pão diário: de que a nossa
existência aqui não é de uma natureza permanente, mas transitória. Estamos
apelando para a capacidade de usar esse ambiente, de modo que ele possa provar
ser um meio, ou um campo, no qual possamos atuar para algo melhor.
Essa ideia
enquadra-se na questão metafísica do valor; isto é, devem os maiores valores
ser encontrados em nosso pão diário e em outras fases físicas do nosso ambiente
atual, ou é esse ambiente destinado, unicamente, a de suprir com as
necessidades físicas para manter a vida enquanto crescemos em conhecimento,
sabedoria e experiência? Aquele que têm uma visão teológica do universo,
defendam a última teoria.
A teoria do
idealismo, ao contrário, afirma que o ambiente físico pode ser bom, mas, não
suficientemente bom, que os verdadeiros valores transcendem aos valores físicos
e que como o homem aqui existe, ele se prepara para uma existência de maior
valor. Este conceito nos ensina que o homem habita num corpo físico cercado por
um ambiente físico, com a finalidade de evoluir uma parte de si mesmo, que
existia mesmo antes de sua manifestação física e que continuará a existir
depois que toda a energia ou forçar física tiver cessado de se manifestar, pela
forma que conhecemos presentemente.
Quando
pedimos nosso pão de cada dia, pedimos orientação. Pedimos direção para que
possamos estar conscientes de que a nossa posição, aqui, é a de nos manter,
enquanto voltamos as nossas vistas para um objetivo mais elevado que esperamos
alcançar. Em virtude da nossa capacidade para enfrentar esses problemas
menores, ganharemos uma visão mais ampla que fará com que fiquemos aptos a nos
aproximar de mais amplas soluções
Cecil A Poole, FRC
O PÃO NOSSO DE CADA DIA...!
É tradição,
em muitas religiões, incluir um pedido nas preces diárias para que o homem seja
suprido nas necessidades da vida. Em todo o mundo cristão, o trecho da prece “o
pão nosso de cada dia nos dai hoje” é repetido muitas vezes. Essa frase é,
aparentemente, uma súplica à força divina que se acredita governar o universo,
por parte daqueles que sentem que enquanto o homem reside nesse mundo físico e
vive em dependência dele, as coisas de que ele tem necessidade devem ser
buscadas e supridas.
É lógico
questionar que tipo de interpretação deve ser dado a este ato – se o pedido do
homem para que lhe sejam dadas as coisas necessárias, com as quais manter a sua
existência, deve ou não ser considerado no sentido literal ou puramente
simbólico. É difícil, para nós que vivemos na época atual, acreditar que a
solicitação deva ser considerada como literal. Certamente, com a inteligência
que o homem tem desenvolvido e aplicado às circunstâncias que encontra no seu
ambiente físico, é difícil acreditar que possa pensar que uma força divina, ou
Deus, possa atender literalmente ao seu pedido para supri-lo com as
necessidades da vida, sem seu esforço.
Se
considerarmos esta solicitação literalmente, então milhares que a repetem estão
pedindo que, por intervenção Divina, sejam alimentados. O homem pareceria
esperar que lhe fossem dadas as coisas que necessita para tornar a vida
possível no corpo físico que ocupa. Ao contrário, se uma visão mais ampla é
tomada desta solicitação e o conceito é considerado simbólico, então o pedido é
mais ou menos um reconhecimento do fato de que toda manifestação, quer física
ou espiritual, é dependente da fonte ou origem Divina. O ponto em questão,
aqui, não é se existe uma força divina, mas, uma consideração da relação do
homem com essa força.
Aqueles que
acreditam num universo que tem uma causa fundamental e uma existência
continuada, baseada nas manifestações das leis e forças colocadas em ação por
essa causa, acreditarão que a finalidade parcial do homem em existir neste
universo e com ele se relacionar, é utilizá-las. O homem que nada faz,
literalmente, e espera a intervenção divina para alimentá-lo, provavelmente
morrerá de fome, porque está além do nosso conceito atual acreditar que
qualquer força divina, essa força benevolente ou uma espécie de tirania,
suprirá o indivíduo que não faz qualquer esforço para suprir a si mesmo.
As relações
do homem para com o seu ambiente, como tem sido frequentemente repetido em
muitas fontes, constituem o seu desafio. Recebemos o nosso pão do nosso
ambiente. Pelo nosso próprio esforço, não que plantemos o pão, mas
porque, de algum modo, entramos em negócios com o nosso ambiente; e, por
compensação, suprimos as nossas necessidades físicas. Quando pedimos para ser
supridos relativamente a essas necessidades, estamos pedindo conhecimento,
orientação, de modo a estarmos aptos a retirar o que necessitamos do ambiente
do qual somos parte e, pelo uso da nossa própria inteligência, ficarmos aptos a
aplicar essa inteligência, para tal manipulação do ambiente que suprirá as
nossas necessidades.
O que sejam
as nossas necessidades é um problema que nós mesmos devemos decidir. Existem
aqueles que acreditam que unicamente pelo acúmulo de amplas quantidades de bens
materiais tem o homem sucesso, ou, antes, os homens julgam os sucessos dos
demais pela quantidade daquilo que acumularam. Mas, na realidade, neste ponto
de vista de extremo materialismo, o homem perde a visão do próprio conceito
fundamental expressado na frase que solicita o nosso pão diário: de que a nossa
existência aqui não é de uma natureza permanente, mas transitória. Estamos
apelando para a capacidade de usar esse ambiente, de modo que ele possa provar
ser um meio, ou um campo, no qual possamos atuar para algo melhor.
Essa ideia
enquadra-se na questão metafísica do valor; isto é, devem os maiores valores
ser encontrados em nosso pão diário e em outras fases físicas do nosso ambiente
atual, ou é esse ambiente destinado, unicamente, a de suprir com as
necessidades físicas para manter a vida enquanto crescemos em conhecimento,
sabedoria e experiência? Aquele que têm uma visão teológica do universo,
defendam a última teoria.
A teoria do
idealismo, ao contrário, afirma que o ambiente físico pode ser bom, mas, não
suficientemente bom, que os verdadeiros valores transcendem aos valores físicos
e que como o homem aqui existe, ele se prepara para uma existência de maior
valor. Este conceito nos ensina que o homem habita num corpo físico cercado por
um ambiente físico, com a finalidade de evoluir uma parte de si mesmo, que
existia mesmo antes de sua manifestação física e que continuará a existir
depois que toda a energia ou forçar física tiver cessado de se manifestar, pela
forma que conhecemos presentemente.
Quando
pedimos nosso pão de cada dia, pedimos orientação. Pedimos direção para que
possamos estar conscientes de que a nossa posição, aqui, é a de nos manter,
enquanto voltamos as nossas vistas para um objetivo mais elevado que esperamos
alcançar. Em virtude da nossa capacidade para enfrentar esses problemas
menores, ganharemos uma visão mais ampla que fará com que fiquemos aptos a nos
aproximar de mais amplas soluções
Cecil A Poole, FRC
Nenhum comentário:
Postar um comentário