PAZ MENTAL!
Em nossa esfera social, em qualquer camada que vivamos, nos deparamos com muitas espécies de influências, sendo as principais a religião, a política e as convenções. Devemos nos unir a elas ou evitá-las, sem jamais a elas nos opormos agressivamente, se desejamos felicidade social, a menos que a nossa liberdade ou bem-estar pessoal sejam ameaçados. Se determinada religião não estiver de acordo com as nossas convicções pessoais, a ignoremos. Não nos arvoremos em reformadores, a menos que, repetimos, nossa vida e liberdade pessoais estejam em jogo. Se as convenções sociais nos parecem desarrazoadas, trabalhemos pelos canais devidamente estabelecidos para promovermos uma transformação. Não nos tornemos um cruzado conspícuo e independente. Muitas pessoas têm permanentes dores de cabeça sociais porque estão constantemente, por vontade própria, se imiscuindo com problemas de terceiros. Mantenhamos relações de boa vizinhança, mas não nos arvoremos em juiz de nosso vizinho ou seu conselheiro.
Muitos indivíduos se queixam de que a sociedade parece colocá-los no ostracismo. As pessoas que encontram lhes são hostis. Os membros da sociedade, como um todo, psicologicamente falando, são indiferentes uns para os outros. Eles nem gostam, nem desgostam de outra pessoa, a menos que algo ou alguém lhes dê suficiente razão para assim fazer. É óbvio, portanto, que se não somos queridos por muitas pessoas, ou se todos parecem evitar-nos, é porque demos causa a esse sentimento em virtude de algo que fazemos ou fizemos.
A primeira coisa que o indivíduo deve fazer é analisar-se a si próprio, não perguntando: “Que está errado com a sociedade?”, mas: “Que está errado em mim?” Comece com a sua personalidade. Você irradia felicidade? É triste, tímido? Desconfiado? Arrogante? Afetado? Fleugmático? Ou egoísta? Depois, examine o exterior. Estude a sua aparência. É asseado, limpo e ordeiro? A atração física é muito importante. Algumas das maiores personalidades mundiais no campo da política, do cinema e do teatro, eram, na verdade, pessoas rudes, mas irradiavam beleza interna e caráter.
Ninguém gosta de companhia ignorante ou insípida, do tipo que provoca bocejos, ao invés de admiração e respeito. A mentalidade cintilante atrai, para si mesmo, amigos de real valor, da mesma forma que um imã atrai limalha de ferro. A espécie de amigos que cada um deve ter é aquela que pode aumentar as nossas qualidades pela associação e conservação. Jamais se fez declaração mais verdadeira do que esta: “Fazemos amigos pelas nossas atitudes, ações e palavras”. Se não gostamos de nossos amigos, ou se não prosperamos pela nossa associação com eles, temos de agradecer unicamente a nós mesmos, pois nós os fizemos. Leia bons livros. Cultive a A paz mental é uma das belas joias da sabedoria. É resultado de longo e paciente esforço de autocontrole. Sua presença é indicação de experiência amadurecida e, de um conhecimento acima do normal das leis e operação do pensamento. Um indivíduo se torna calmo na medida em que compreende a si mesmo como um ser originado do pensamento (pois que esse conhecimento necessita da compreensão de outros como resultado do pensamento), e que enxerga mais claramente as relações internas das coisas pela ação de causa e efeito. Cessa, então, de se aborrecer com ninharias, de se preocupar e se afligir, e mantém-se equilibrado, firme e sereno.
A pessoa calma, tendo aprendido a governar-se a si mesma, sabe adaptar-se aos outros; e estes, em troca, reverenciam sua fortaleza espiritual, pois sentem que dela podem aprender e nela confiam. Quanto mais tranquila se torna uma pessoa, maior seu sucesso, influência e poder para o bem. Mesmo o comum comerciante sentirá seus negócios prosperarem na medida em que ele desenvolver maior equanimidade e autocontrole, pois as pessoas sempre preferem tratar com alguém cuja conduta seja bastante equilibrada.
A pessoa forte e calma é sempre amada e reverenciada, como uma árvore que provê sombra numa terra árida, ou uma rocha segura em meio a uma tempestade.
Quem não ama uma pessoa de coração tranquilo, de vida equilibrada e de bom temperamento? Não importa dias de chuva ou de sol, ou que mudanças ocorram aos que possuem essas bênçãos, porque eles são sempre amáveis, serenos e pacíficos. O refinado equilíbrio de caráter que chamamos de serenidade é a última lição do aperfeiçoamento; é o florescimento da vida, é a face da alma. É tão preciosa quanto a própria sabedoria e mais desejável que o ouro – mesmo o mais puro. Como parecem insignificantes aqueles que só buscam o dinheiro em comparação com os de vida serena – uma vida que habita no oceano da VERDADE, abaixo das ondas turbulentas, além do alcance das tempestades, na Calma Eterna!
Quantas pessoas conhecemos que azedam sua vida, arruínam tudo o que é doce e belo por seu comportamento explosivo, ou que destroem seu equilíbrio de caráter? Muitas pessoas arruínam sua vida e frustram sua felicidade por falta de autocontrole. Quão poucos encontramos na vida que são bem equilibrados, que demonstram o refinado equilíbrio típico dos que possuem um caráter plenamente amadurecido!
A humanidade soçobra com a paixão incontrolada, é tumultuada por aflições desgovernadas e é arrastada pelos ventos da ansiedade e da dúvida! Só o homem sábio, de pensamentos controlados e purificados, faz com que os ventos e tempestades interiores lhe obedeçam.
Almas sacudidas por tempestades onde quer que se encontrem, sob quaisquer condições que vivam, saibam disto: no oceano da vida, ilhas de bem-aventurança sorriem, e a praia ensolarada do seu ideal espera sua vida. Mantenham sua mão firme no leme do pensamento. No veleiro de sua alma descansa o MESTRE comandante. Ele apenas dorme. Acordem-no!
AMORC/GLP
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