CONCURSO DE QUADROS: A PAZ!
Certa vez, houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor
representasse a PAZ.
Ficaram, dentre muitos, três finalistas
igualmente empatados.
O primeiro retratava uma imensa pastagem, com
lindas flores e borboletas que bailavam no ar, acariciadas por uma brisa suave.
O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve, em meio ao azul anil do
céu.
O terceiro mostrava um grande rochedo sendo
açoitado pela violência das ondas do mar, em meio a uma tempestade estrondosa e
cheia de relâmpagos.
Para surpresa e espanto dos finalistas, o
escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das
ondas contra o rochedo.
Indignados, os dois pintores que não foram
escolhidos questionaram o juiz que deu o voto de desempate:
Como este quadro tão violento pode representar a
PAZ , sr. Juiz?
E o juiz, com uma serenidade muito grande no
olhar, disse:
Vocês repararam que, em meio à violência das
ondas e à tempestade, há numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus
filhotes dormindo tranquilamente?
E os pintores sem entender responderam: Sim,
mas...
Antes que eles concluíssem a frase, o juiz
ponderou:
Caros amigos, a VERDADEIRA PAZ é aquela que,
mesmo nos momentos mais difíceis, nos permite repousar tranquilos.
Talvez muitas pessoas não consigam entender como
pode sentir a PAZ em meio à tempestade, mas não é tão difícil de entender.
Considerando que a PAZ é um estado de espírito, podemos concluir que, se a consciência está
tranquila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa
serenidade.
Fazendo uma comparação com o quadro vencedor,
poderíamos dizer que o ninho do pássaro, que repousava serenamente com seus
filhotes, representa a nossa consciência.
A consciência é um refúgio seguro, quando nada
tem que nos reprove.
... E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar
tranquilo e nossa consciência arder em chamas.
A consciência, portanto, é um tribunal
implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós.
É ela que nos dará possibilidades de permanecer
em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção.
Sendo assim, concluiremos que a PAZ não será
implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual
de cada criatura, portas a dentro da sua
intimidade.
Um dia, a PAZ vestiu-se de Homem e conviveu com
a Humanidade sofredora e aflita.
Conservava-Se em PAZ mesmo diante das situações
mais turbulentas e assustadoras.
Agredido... manteve-Se sereno.
Caluniado... exemplificou tranquilidade.
Diante da tempestade no mar... pediu calma.
Pregado na cruz, permaneceu em PAZ.
Todavia, antes de partir teve ensejo de dizer:
A minha PAZ vos deixo, como exemplo.
A minha PAZ vos dou, como modelo a ser copiado.
E nós... estamos plantando...
semeando a PAZ...!!!???
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