REFLEXÃO...
Muitas vezes a nossa vida se compara à de uma árvore.
Assim como a árvore, nós também vivemos
diferentes estações.
Não há como fugir delas.
O inverno talvez seja a estação mais
triste. As folhas começam a murchar até caírem completamente. As flores já não existem
mais, os frutos desaparecem.
O
que resta, para quem observa as pobres árvores, são os galhos retorcidos que,
uma vez expostos, revelam as imperfeições antes escondidas pela beleza
superficial.
Mas
não devemos nos enganar: aquilo que parece estar matando a árvore na verdade é
essencial para sua sobrevivência.
Ainda que o inverno esteja rigoroso, seco,
sem cor ou perfume, as árvores não estão mortas.
A vida ainda está dentro dela.
As forças, antes usadas para embelezar a
árvore, agora são gastas para fazê-la crescer, onde ninguém vê, aprofundando
suas raízes.
Dizem ainda que em muitos lugares onde não
há inverno as árvores não produzem frutos.
E assim também acontece conosco.
E assim também acontece conosco.
Muitas vezes Deus nos guia até o deserto
para ali nos revelar o nosso próprio coração Toda a beleza superficial
desaparece e passamos a enxergar as nossas próprias falhas e limitações.
Nossa justiça própria se revela como um
"trapo de imundície" e nós murchamos como as folhas de uma árvore que
seca.
As
circunstâncias que não podemos mudar e os sonhos que parecem não se realizar
nos levam a um estado de desconsolo e desesperança semelhante ao de uma árvore
no inverno, adoecendo o nosso coração.
Muitos se perdem exatamente aí, no inverno de suas vidas.
Mas, em vez disso, podemos nos render ao
processo divino de fazer morrer o que é superficial e ganhar vida no interior.
São mudanças de valores que fazem parte do
nosso crescimento espiritual.
O
inverno é uma oportunidade de conhecermos a nós mesmos e de sermos
transformados "à medida em que
conhecemos a Deus intimamente."
É no
inverno da alma que podemos aprender a dependência total para com o Senhor e a
desfrutar o descanso em sua soberana vontade.
É na
morte do "eu" que renascemos para uma nova vida: aquela que Deus tem
para nós.
É na falência de nossas próprias tentativas que passamos
a experimentar o braço do Senhor agindo em nosso lugar, é quando não podemos
mais seguir adiante que Deus nos carrega em Seu colo paterno e, então, podemos
chegar onde devemos ir.
É na nossa limitação que experimentamos o poder de Deus
se aperfeiçoando em nossa fraqueza.
É assim que trocamos os trapos da nossa
justiça própria pela obra perfeita e graciosa de Cristo na cruz.
Durante o inverno podemos simplesmente nos render e adorar.
Durante o inverno podemos simplesmente nos render e adorar.
É verdade que "às vezes" nos
debatemos, mas quando enfim nos rendemos, entramos como que em um estado de
hibernação, onde "dormimos" interiormente.
Nossos sonhos, projetos, as promessas de Deus para nós, parecem estar em um "estado de espera". E realmente estão, elas não morreram.
As palavras de vida, proclamadas por Deus a
nosso respeito, estão dentro de nós, aguardando o tempo oportuno.
São
promessas do Senhor para o nosso casamento, para nossos filhos, para nossos
ministérios.
E
enquanto descansamos no Senhor, Ele trabalha para cumprir cada uma de suas
palavras.
Durante o inverno tudo o que podemos fazer é esperar; é ter a esperança da próxima estação.
E
quando a primavera chegar, aquela pobre e sofrida árvore sofrerá uma maior
transformação!
As
águas irão regá-la novamente e ela voltará a dar flores, frutos e suas folhas
verdes serão mais bonitas do que nunca!
Creia: a primavera vai chegar!
E
aquilo que tanto se espera deixará de ser esperança, pois você
tocará as flores, comerá os frutos e viverá o cumprimento das promessas!
Assim como a noite escura passa e a alegria vem
com o amanhecer, em breve a Luz do Senhor vai acender o seu coração adormecido.
"Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.
As misericórdias do Senhor são a causa de
não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se a cada manhã.
Pensemos nisso!
Mary
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