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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

REFLEXÃO...



                            REFLEXÃO...

Muitas vezes a nossa vida se compara à de uma árvore.
 Assim como a árvore, nós também vivemos diferentes estações.
Não há como fugir delas.
O inverno talvez seja a estação mais triste. As folhas começam a murchar até caírem completamente. As flores já não existem mais, os frutos desaparecem.
 O que resta, para quem observa as pobres árvores, são os galhos retorcidos que, uma vez expostos, revelam as imperfeições antes escondidas pela beleza superficial.
 Mas não devemos nos enganar: aquilo que parece estar matando a árvore na verdade é essencial para sua sobrevivência.
Ainda que o inverno esteja rigoroso, seco, sem cor ou perfume, as árvores não estão mortas.
A vida ainda está dentro dela.
As forças, antes usadas para embelezar a árvore, agora são gastas para fazê-la crescer, onde ninguém vê, aprofundando suas raízes.
Dizem ainda que em muitos lugares onde não há inverno as árvores não produzem frutos.
E assim também acontece conosco.
Muitas vezes Deus nos guia até o deserto para ali nos revelar o nosso próprio coração Toda a beleza superficial desaparece e passamos a enxergar as nossas próprias falhas e limitações.
Nossa justiça própria se revela como um "trapo de imundície" e nós murchamos como as folhas de uma árvore que seca.
 As circunstâncias que não podemos mudar e os sonhos que parecem não se realizar nos levam a um estado de desconsolo e desesperança semelhante ao de uma árvore no inverno, adoecendo o nosso coração.

Muitos se perdem exatamente aí, no inverno de suas vidas.
Mas, em vez disso, podemos nos render ao processo divino de fazer morrer o que é superficial e ganhar vida no interior.
São mudanças de valores que fazem parte do nosso crescimento espiritual.
 O inverno é uma oportunidade de conhecermos a nós mesmos e de sermos transformados "à medida  em que conhecemos a Deus intimamente."
 É no inverno da alma que podemos aprender a dependência total para com o Senhor e a desfrutar o descanso em sua soberana vontade.

É na morte do "eu" que renascemos para uma nova vida: aquela que Deus tem para nós. 
É na falência de nossas próprias tentativas que passamos a experimentar o braço do Senhor agindo em nosso lugar, é quando não podemos mais seguir adiante que Deus nos carrega em Seu colo paterno e, então, podemos chegar onde devemos ir. 
É na nossa limitação que experimentamos o poder de Deus se aperfeiçoando em nossa fraqueza. 
É assim que trocamos os trapos da nossa justiça própria pela obra perfeita e graciosa de Cristo na cruz.
Durante o inverno podemos simplesmente nos render e adorar.
 É verdade que "às vezes" nos debatemos, mas quando enfim nos rendemos, entramos como que em um estado de hibernação, onde "dormimos" interiormente.

Nossos sonhos, projetos, as promessas de Deus para nós, parecem estar em um "estado de espera". E realmente estão,  elas não morreram.
As palavras de vida, proclamadas por Deus a nosso respeito, estão dentro de nós, aguardando o tempo oportuno.
 São promessas do Senhor para o nosso casamento, para nossos filhos, para nossos ministérios.
 E enquanto descansamos no Senhor, Ele trabalha para cumprir cada uma de suas palavras.

Durante o inverno tudo o que podemos fazer é esperar; é ter a esperança da próxima estação.
 E quando a primavera chegar, aquela pobre e sofrida árvore sofrerá uma maior transformação!
 As águas irão regá-la novamente e ela voltará a dar flores, frutos e suas folhas verdes serão mais bonitas do que nunca!
Creia: a primavera vai chegar!
 E aquilo que  tanto  se espera deixará de ser esperança, pois você tocará as flores, comerá os frutos e viverá o cumprimento das promessas!
 Assim como a noite escura passa e a alegria vem com o amanhecer, em breve a Luz do Senhor vai acender o seu coração adormecido.

"Quero trazer à memória  o que me pode dar esperança.
As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se a  cada manhã.

Pensemos nisso!

Mary
  

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