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segunda-feira, 9 de julho de 2012

SAKURA - A FLOR DE CEREJEIRA.


      
     SAKURA - A FLOR DE CEREJEIRA .        

 A flor de cerejeira ou Sakura como é chamada no Japão é a flor símbolo da primavera. Em todo o país, o Hanami (contemplação das flores) é esperado ansiosamente por todos, e é uma das mais tradicionais comemorações do Japão.
A cerejeira floresce apenas uma vez ao ano, e a beleza de suas flores pode ser contemplada num período aproximado de uma semana, e um singelo soprar da brisa é capaz de derrubá-las.
No Japão, as flores de cerejeira também simbolizam as nuvens devido à sua natureza de floração em massa, além de ser uma metáfora sobre a efemeridade da vida, um aspecto da tradição cultural japonesa que é frequentemente associada com o budismo.
A transitoriedade das flores, a beleza extrema e morte rápida, têm sido muitas vezes associado com a mortalidade; e seu simbolismo é tão forte que o sakura está presente nas mais diversas manifestações artísticas japonesas como o mangá, anime filmes e músicas populares, além de estar estampado em todos os tipos de bens de consumo como vestuário, papelaria, e objetos de decoração.
 O ideograma Sakura é composto por três partes: Ki - árvore. kazari - decoração. onna - mulher.
Na Mitologia japonesa, a Flor de Cerejeira é o símbolo da delicadeza e da efemeridade da vida terrena, representada por Konohana ou Sakuya-hime, a Princesa das flores e filha Ohoyama, o deus das montanhas.
De acordo com a mitologia, quando Ninigi, o Deus do Mar, desceu a terra a pedido de Amaterasu, conheceu Konohana numa praia.
Encantado com sua beleza e delicadeza, se apaixonou perdidamente e logo pediu sua mão em casamento. Seu pai, OhoYama foi contra essa união e ofereceu-lhe sua filha mais velha, Iwanaga (a princesa das Rochas), mas ela não tinha a beleza de Konohana e Ninigi a recusou.
Ohoyama, com muita relutantância teve que aceitar o casamento. Mas apesar de ter permitido a união do deus com sua filha, não esqueceu a humilhação de Iwanaga, e proferiu que seus descendentes não teriam vida eterna.
Suas vidas humanas seriam curtas e fugazes, como as flores de sakura, ao invés de duradouras, como as pedras.
Na mesma noite em que se casaram, Konohana engravidou, e o anúncio de sua gravidez causou desconfiança em Ninigi.
Inseguro, ele questionou se esse filho era realmente seu. Magoada com acusação de Ninigi, Konohana refugiou-se em uma cabana, durante toda a sua gravidez.
No momento em que ia parir, houve um incêndio na cabana, e em meio ao fogo, Konohana deu a luz a três filhos, que saíram ilesos desse incidente, provando a ascendência celestial de sua prole e a honestidade de Konohana, que morreu queimada. Por isso, Konohana Sakuyahime é o símbolo da beleza e da efemeridade da vida.
A vida é efêmera e fugaz, e com "um singelo soprar da brisa" também pode esvair. Segundo a lenda, um dos filhos de Konohana com Ninigi foi Hori no Mikoto, o pai do primeiro Imperador do Japão, Jinmu Tenno.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o simbolismo da flor de cerejeira foi completamente desvirtuado pelo governo japonês, que usou a forte ligação dos japoneses com essas flores para motivar o povo ao nacionalismo e militarismo.
Os pilotos japoneses passaram a pintar as flores de sakura nas laterais de seus aviões antes de embarcar em uma missão suicida, simbolizando a intensidade e efemeridade da vida.
Dessa forma, o simbolismo do sakura foi alterado de tal forma que o cair das pétalas passaram a representar o sacrifício da juventude em missões suicidas para homenagear o imperador.
Com o incentivo do governo, as pessoas eram levadas a acreditar que as almas dos soldados mortos eram reencarnados nas árvores de sakura.

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Colaboração: Lescan Jr.

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