SAKURA - A
FLOR DE CEREJEIRA .
A flor de cerejeira ou Sakura como é chamada
no Japão é a flor símbolo da primavera. Em todo o país, o Hanami (contemplação
das flores) é esperado ansiosamente por todos, e é uma das mais tradicionais
comemorações do Japão.
A cerejeira floresce apenas uma
vez ao ano, e a beleza de suas flores pode ser contemplada num período
aproximado de uma semana, e um singelo soprar da brisa é capaz de derrubá-las.
No Japão, as flores de cerejeira
também simbolizam as nuvens devido à sua natureza de floração em massa, além de
ser uma metáfora sobre a efemeridade da vida, um aspecto da tradição cultural
japonesa que é frequentemente associada com o budismo.
A transitoriedade das flores, a
beleza extrema e morte rápida, têm sido muitas vezes associado com a
mortalidade; e seu simbolismo é tão forte que o sakura está presente nas mais
diversas manifestações artísticas japonesas como o mangá, anime filmes e
músicas populares, além de estar estampado em todos os tipos de bens de consumo
como vestuário, papelaria, e objetos de decoração.
O ideograma Sakura é composto por três partes:
Ki - árvore. kazari - decoração. onna - mulher.
Na Mitologia japonesa, a Flor de
Cerejeira é o símbolo da delicadeza e da efemeridade da vida terrena, representada
por Konohana ou Sakuya-hime, a Princesa das flores e filha Ohoyama, o deus das
montanhas.
De acordo com a mitologia, quando
Ninigi, o Deus do Mar, desceu a terra a pedido de Amaterasu, conheceu Konohana
numa praia.
Encantado com sua beleza e
delicadeza, se apaixonou perdidamente e logo pediu sua mão em casamento. Seu
pai, OhoYama foi contra essa união e ofereceu-lhe sua filha mais velha, Iwanaga
(a princesa das Rochas), mas ela não tinha a beleza de Konohana e Ninigi a
recusou.
Ohoyama, com muita relutantância
teve que aceitar o casamento. Mas apesar de ter permitido a união do deus com
sua filha, não esqueceu a humilhação de Iwanaga, e proferiu que seus
descendentes não teriam vida eterna.
Suas vidas humanas seriam curtas
e fugazes, como as flores de sakura, ao invés de duradouras, como as pedras.
Na mesma noite em que se casaram,
Konohana engravidou, e o anúncio de sua gravidez causou desconfiança em Ninigi.
Inseguro, ele questionou se esse
filho era realmente seu. Magoada com acusação de Ninigi, Konohana refugiou-se
em uma cabana, durante toda a sua gravidez.
No momento em que ia parir, houve
um incêndio na cabana, e em meio ao fogo, Konohana deu a luz a três filhos, que
saíram ilesos desse incidente, provando a ascendência celestial de sua prole e a
honestidade de Konohana, que morreu queimada. Por isso, Konohana Sakuyahime é o
símbolo da beleza e da efemeridade da vida.
A vida é efêmera e fugaz, e com
"um singelo soprar da brisa" também pode esvair. Segundo a lenda, um
dos filhos de Konohana com Ninigi foi Hori no Mikoto, o pai do primeiro
Imperador do Japão, Jinmu Tenno.
Durante a Segunda Guerra Mundial,
o simbolismo da flor de cerejeira foi completamente desvirtuado pelo governo
japonês, que usou a forte ligação dos japoneses com essas flores para motivar o
povo ao nacionalismo e militarismo.
Os pilotos japoneses passaram a
pintar as flores de sakura nas laterais de seus aviões antes de embarcar em uma
missão suicida, simbolizando a intensidade e efemeridade da vida.
Dessa forma, o simbolismo do sakura
foi alterado de tal forma que o cair das pétalas passaram a representar o
sacrifício da juventude em missões suicidas para homenagear o imperador.
Com o incentivo do governo, as
pessoas eram levadas a acreditar que as almas dos soldados mortos eram reencarnados
nas árvores de sakura.
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árvores com maestria há 3 gerações.Caso prefira também poderá adquiri-la na www.carplago.com.br (site em construção).
Colaboração: Lescan Jr.
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