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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DAR UM NOVO INÍCIO PARA SI MESMO, UMA NOVA CHANCE!





Dar um novo início para si mesmo, uma nova chance!

Assim que as festas do final de ano terminam, começamos a nos preparar para retornar à nossa rotina diária. Mas algo dentro de nós ainda nos faz sentir diferentes: afinal, iniciamos um Ano Novo!

Lama Gangchen Rinpoche nos inspira a levar a sério este sentimento de renovação. Pois a cada começo temos uma real oportunidade de mudança. Ele nos lembra que a cada início estamos plantando uma nova semente. Se a semente for boa, há a chance de crescer. Se for fraca, mesmo tendo as melhores condições, ela não irá evoluir.
Portanto, segundo ele, ao cuidarmos de nossas primeiras sementes do ano estaremos direcionando o nível energético de nossos próximos doze meses. Por isso, temos que aproveitar o início de ano para refletir sobre a chance de nos proporcionarmos um novo começo.

Não é óbvio começar. Devido ao automatismo com que seguimos nossos compromissos diários, pouco reconhecemos  nossa capacidade de zerar para dar um novo início. Zerar a vida é uma decisão consciente, tomada quando resolvemos nos desprender da pesada carga que trazemos do passado.
 

À medida que nos soltamos da sobrecarga das emoções passadas, voltamos a nos sentir disponíveis para nós mesmos. Só quando amadurece em nós a decisão de nos desprendermos, de fato, do passado é que começamos a nos sentir livres, autoconfiantes e capazes de recomeçar.
 

Lama Gangchen nos incentiva a soltar as mágoas do passado de modo direto, sem lamentos ou delongas.
Ele diz: Às vezes não é possível pensar no passado pelos mecanismos naturais da memória. Temos que abandonar estas lembranças para viver o presente e nos dar a oportunidade de um novo futuro. Caso contrário, estaremos sempre recriando o passado. Temos que trabalhar para ativar nossas mentes maiores e abandonar as mentes menores. 

Mente maior é aquela que está movida pela força de uma atitude mental positiva. Isto é, que lida com o mundo com abertura, aceitação e gentileza. Mas, infelizmente, estamos tão habituados a reagir, a desconfiar, a negar, que nem nos damos conta do quanto emanamos a energia de nossos ressentimentos passados quando nos comunicamos uns com os outros no presente.
 

Feridos, resistimos ao
 toque alheio quando negamos sua tentativa de aproximação. Em geral, evitamos escutar o que os outros têm para nos dizer, pois quando estamos reativos não temos espaço interior para escutá-los. Parece que já sabemos de antemão o que vamos ouvir e responder.
Dizemos interiormente antes mesmo do outro se expressar. Afinal, sob a tensão interna, precisamos nos defender tanto dos ataques autodestrutivos que lançamos sobre nós mesmos, quanto da hostilidade externa que reflete a mesma indisposição que o outro sente ao ser pressionado. 

O mais curioso é que, na tentativa de dominar o desconhecido, queremos
 entender tudo, saber de tudo. Mas, claro, sem nos envolver. À medida que tememos ser tocados pelos outros, nos tornamos cada vez mais superficiais e pouco compromissados com a dor alheia.

Por isso,  Rinpoche ressalta que é mais importante
 sentirmos o que ele tem para nos dizer do que entendê-lo.  Ele nos lembra que hoje sofremos da falta do sentimento de compartilhar uma mesma experiência. Estamos isolados por nossas próprias mágoas.

Com esta atitude defensiva não temos condições de fluir e seguir em frente, muito menos de nos dar uma nova chance! O que fazer?
O Lama nos dá um bom conselho: Precisamos aprender a diminuir os problemas e aumentar as coisas boas.
 Isso parece impossível, mas é possível. Buscamos grandes idéias, mas o que precisamos é abrir o coração. 


Autor:  - :: Bel Cesar :: 

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