APRENDER
A PARTILHAR!
Dois
rapazes moravam na mesma fazenda quando o pai morreu.
O
que era solteiro ficou morando na casa em que o pai morreu.
O
casado morava na casa ao lado.
Eles
tinham uma plantação imensa de arroz e combinaram de trabalhar
juntos e dividir tudo.
Colheram
dezenas de sacos de arroz, metade para um e metade para o outro, e
assim fizeram dois celeiros.
Fizeram
uma boa colheita, estavam com os depósitos cheios.
No
final da tarde, o irmão solteiro começou a pensar que aquela
divisão não estava certa.
Pensava:
*“Eu sou solteiro e meu irmão é casado, tem mulher e filhos. Ele
precisa de mais arroz que eu, pois sou sozinho.”*
À
noite, ele se levantou, foi ao celeiro dele, pegou um saco de arroz,
escondido, e colocou no celeiro do irmão.
O
irmão acordou na manhã seguinte e começou a pensar:
*“Essa
divisão não está justa, pois sou casado, tenho minha mulher e meus
filhos. E eles vão crescer e poderão me ajudar. Mas meu irmão,
coitado, ele é sozinho. E se ele não casar, não vai ter ninguém
por ele. O certo é ele ganhar uma parte a mais que eu.”*
Levantou,
foi ao seu celeiro, pegou um saco de arroz e colocou no celeiro do
irmão.
E
assim foram vivendo: a cada colheita, um levava uma parte a mais para
o outro.
Só
não entendiam como é que sempre ficava a mesma quantidade para cada
um.
Uma
bela noite, o relógio biológico se confundiu.
Horário
de verão e os dois se levantaram na mesma hora e se encontram no
meio do caminho.
Um
olhou para o outro. Colocaram o arroz no chão, se abraçaram, e
choraram.
A
partir daquele dia, fizeram um único celeiro.
É
preciso partilhar os dons, é preciso dinamizar.
Para
quem pensa só em si resta somente a estagnação.
É
preciso frutificar os dons.
Peça
ao Senhor a graça de fazer a experiência do amor infinito, que
divide, que cura e transforma sua história.
*Dá-me,
Senhor, a graça de aprender partilhar.*
Amém!
(Buscai
as coisas do alto e amai-vos infinitamente).